Até que enfim ( 04/06 )

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Any Gabrielly

Eu fiquei bem pensativa depois que Úrsula foi embora. Achei muito nobre da parte dela reconhecer que ela tinha errado com o Josh.

Estava em meu quarto com o corpo envolto numa toalha. Meu olhar encarava o vestido preto sobre a minha cama. Me sentia nervosa, não sei se eu iria conseguir ir até aquele restaurante e ver o Josh depois de um mês.

Respiro fundo e fecho os olhos, eu tenho que ir até lá, eu preciso me desculpar com ele, mesmo que a gente não fique juntos.

Deixo a covardia de lado e começo a me arrumar. Ponho o vestido que ficava colado em meu corpo. A manga dele ia até meus pulsos e um decote que deixava minhas costas nua.

Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo bem arrumado e passo unicamente um batom vermelho em meus lábios e um pouco de rímel. Calço minha sandália nude e me olho no espelho.

Me sentia muito bonita e sexy.

-você está linda querida- minha mãe elogia quando apareço na sala- Josh não vai aguentar.

-mãe, essa não é a intenção.

-tem certeza?

Nem eu sabia o que eu esperava dessa noite, só sei que eu queria muito vê-lo mais uma vez.

Peço um uber e minha mãe me acompanha até a frente da pousada para esperarmos.

-se cuida meu amor, e deixa esse medo de lado, fala pra ele tudo o que sente.

-eu vou tentar mãe.

Josh beauchamp

Eu ia arrancar a cabeça da Joalin se ela demorasse mais um pouco.

Marcamos de jantar no Aribau depois que ela voltasse do passeio com o  noivo, mas ela não apareceu até agora.

Olho a hora mais uma vez no relógio e bufo irritado. Peço ao garçom mais um copo de whisky, era o terceiro que eu tomava, mais um e eu não vou agir mais em sã consciência.

Odeio atrasos, era pra ela está aqui as oito.

O garçom trás meu pedido e bebo lentamente, acho que eu não preciso ficar bêbado hoje, já basta os outros dias que o Noah teve que me levar pra casa.

Um mês. Não pensei que fosse sofrer
tanto por uma pessoa, como eu estava sofrendo pela Any nesse um mês que
passou.

Só de pensar que estávamos na mesma cidade, meu coração já queria me trair e fazer graça. Se eu quisesse vê-la, era só entrar no carro e dirigir até a pousada, mas eu não ia fazer isso, ela que me deixou, não tenho que ir atrás.

Tomo mais um gole do whisky e nesse momento meu olhar prende na mulher que vem em minha direção sendo guiada pela recepcionista

O sorriso nos lábios dela acaba com o resto da minha sanidade.

A olho de cima a baixo e fico impressionado o quanto ela tinha mudado em apenas um mês. O corpo parecia mais curvilíneo, o cabelo preso parecia maior e os olhos estavam mais intensos.

Ela está tão linda nesse vestido, com os lábios cobertos por uma camada de batom vermelho.

Levanto no mesmo instante e ela desvia olhar parecendo envergonhada.

- Any, o que faz aqui?

A recepcionista sai e ficamos nos
olhando.

-a sua mãe me convidou, mas eu posso ir embora se você não estiver confortável-responde meio embolado.

Já entendi tudo. Joalin+Úrsula = Armação

Sorrio por dentro e já até imagino as duas fofocando no quarto do hotel.

-eu quero que você fique-digo fazendo
com que ela sorria. Puxo a cadeira pra ela sentar e sento no meu lugar.

-onde está sua familia?

Ela olha bem pra mesa e finalmente nota que a mesa é pra dois.

-eles não vem, não sei se você notou, mas a minha mãe e minha irmā aramram pra nós dois.

Ela parece surpresa. mas logo rir divertida. Eu senti falta dessa risada.

-Como você está Any?

-estou bem, obrigada por perguntar, e você?

-Melhor agora!

Entre vários risos e olhares, nosso jantar seguia numa conversa animada.

Parecia que nada tinha mudado, mas é claro que não era a mesma coisa.

Any me contou que está pretendendo se inscrever na faculdade de hortelaria, queria se especializar no mundo dos hotéis.

Dei total apoio pra ela, afinal é a sua grande paixão.

Contei pra ela dos meus planos de abrir minha própria empresa, ela ficou animada e disse que eu me sairia super bem.

Agora estavamos só comendo, porém eu sabia que ela tinha algo pra dizer, pois ela me olhava, mas sempre desviava o olhar.

-Fala- digo sorrindo e olhando pra ela - aconteceu algo?

-eu queria me desculpar com você Josh, eu meio que não pensei bem quando falei todas aquelas coisas na casa dos seus pais.

Aquilo foi o que eu quis ouvir todos os dias. Um pedido de desculpas.

-eu só não queria que você brigasse com a sua mãe, que eu descobri hoje que é uma mulher maravilhosa e divertida.

Concordo com ela sorrindo. Minha mãe nunca mediu esforços pra ver os filhos feliz.

-está tudo bem Any, de verdade, eu perdoo você.

Ela suspira aliviada e sorri.

-nos encontramos- ela diz mordendo o lábio inferior-depois de um mês.

- até que enfim nos encontramos - digo arriscado pegar a mão dela- obrigada por tudo o que compartilhamos.

-eu que agradeço Josh.

Solto a mão dela e noto seu rosto criando um tom avermelhado. Tem coisas que não mudam.

Peço a conta ao garçom e depois de um pequeno debate pra pagar a conta, eu acabo pagando.

Saímos do restaurante calados, eu não sabia o que falar. Estava muito feliz de ter me resolvido com ela, porém as coisas estavam estranhas.

Como que isso ia ser agora? Vamos ser amigos? Ou cada um vai pro seu lado?

Eu sinceramente não sei!

-obrigada pelo jantar Josh, foi bom te rever- ela diz me olhando nos olhos.

-eu que te agradeço pela companhia Any - digo tirando a chave do carro do bolso- como você vai pra casa?

-uber.

-nada disso, eu te levo, não vou deixar você voltar pra casa no carro de um marmanjo desconhecido.

Ela me olha sorridente e assente.

Vamos até meu carro e o caminho pra pousada é silencioso. Ligo o som e um pagode bem filho da puta estava tocando. Acho que Karol entrou na onda da letra, pois evita me olhar e um sorriso bobo brincava em seus lábios.

Encosto o carro no acostamento e ela me olha sem entender.

-como é que a gente fica Any?

pergunto sem delongas.

...

Ferrugem sempre fudendo com nossos sentimentos em kakaka

Mar de Amor - Adaptação Beauany ( Sendo Revisada )Onde histórias criam vida. Descubra agora