É inevitável que...

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Comprei algumas garrafas de sakê escondidas da Shizune. E eu sei que você está por aqui me julgando e rindo da minha cara.

Te imagino sentado no meu armário da cozinha, alto, tapando toda a janela e rindo da minha cara.

Pois essa primeira garrafa vai pra você. Eu não ligo e vou beber tudo sozinha. Já sou conhecida por isso mesmo, por beber até esquecer quem sou.

Eu juro, eu havia parado com isso, mas, de uns dias pra cá, você anda muito presente, e não sei se quero comemorar por não me sentir mais tão sozinha, ou se só quero arranjar uma desculpa para voltar a beber.

Por favor, só continue fazendo o que você fazia em vida. Não me reprimia, me acompanhava na bebedeira e cuidava de mim se eu estivesse vulnerável.

Se tudo fosse diferente, hoje poderíamos ser dois velhos beberrões.

Eu fui uma burra, eu sei, e eu pago o preço todos os dias.

E é inevitável, Jiraiya, que eu sinta sua falta. Que saco!

Sempre ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora