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Mas pra que viver fingindo
Se eu não posso enganar meu coração
Eu sei que te amo.

Chitãozinho & Xororó

Acordei ouvindo a campainha tocar, olhei o horário no celular e eu juro que vou esganar alguém. Droga são oito da manhã! As pessoas não entendem que, apesar de eu amar muito minha profissão, fazer show cansa?

Me levantei, coloquei uma blusa e um short qualquer e fui abrir a bendita porta.

Quando abri, vi apenas um buquê de flor e um homem segurando ele.

- Pois não?

- Entrega para Limns. - Ele falou e me entregou o buquê.

POR QUE TODOS INSISTEM EM ME CHAMAR DE LIMNS?

Bosta! Agora lembrei da Caroline.

Que saco!

- Obrigada, bom trabalho. - Falei e fechado a porta.

Acomodei meu buquê em um vaso com água e quando eu ia começar a fazer um café, a campainha tocou novamente. Fui abrir a porta e na hora pensei:

Ferrou.

Minha mãe estava com um sorriso enorme no rosto, enquanto meu pai chegava com uma expressão nada boa. Sorri amarelo para ele e ela falou.

- Reunião familiar de aniversário? Como nos velhos tempos?

- Olha mãe, não força, okay?

- O que ela faz aqui?

- Eu olhei a mensagem antes de dormir, nem deu tempo de falar que não ia dar. - Selma desmanchou o sorriso na hora.

- Não queria que eu viesse?

- Olha, de verdade, ou vocês entram agora ou eu expulso os dois daqui.

- Mas filha ... - Meu pai tentou falar, mas eu o interrompi.

- Mas nada. Decidam!

Eles entraram de cabeça baixa e eu fechei a porta. Meu pai largou a mala dele em qualquer lugar e veio me abraçar.

- Feliz aniversário meu amorzinho. - Ele falou e deu um beijo em minha testa.

- Obrigada, papai.

- Eu amo você, minha princesa.

- Eu também amo você, meu rei. - Ele se afastou de mim e minha mãe veio ao meu encontro.

- Feliz aniversário, filha. - Ela me abraçou e eu retribui. - Mamãe ama você.

- Também amo você, mãe. - Eu sorri e ela sorriu também.

Não deu nem cinco segundos e a campainha tocou novamente.

- Essa casa está animada demais para o meu gosto. - Bufei irritada e abri a porta novamente. Havia uma mulher com uma caixa do Sedex na mão.

- Pois não?

- Entrega para Limns.

- Por acaso sabe quem mandou? - Perguntei irritada, porque justo o Limns? Saco!

- Lamento, mas não sei. - Ela falou e me entregou a caixa. - Pode assinar aqui, por favor?

Ela me estendeu uma caneta azul e eu assinei no local indicado.

Fechei a porta e me sentei no sofá, ignorando a discussão de meus pais. Abri a caixa e notei que tinha uma pequena boneca da Ariel, aquela sereia da Disney, de mãos dadas com uma boneca morena, aparentemente, seria eu.

Meu coração apertou na hora, eu me lembrei de Carol e eu comecei a chorar. Parei de ouvir meus pais brigando um com o outro e senti uma mão de cada um em meus ombros.

- Filha? - Meu pai falou receoso, assim que me acalmei um pouco. - Está bem?

- Não. - Falei e o choro se intensificou novamente.

- Sente falta dela, não é? - Ele perguntou e eu concordei com a cabeça.

Nesse momento eu soluçava sem parar, meu coração ficava cada vez mais apertado e eu senti uma dor angustiante em todo o meu corpo.

- Q-Quem fez i-isso? P-P-Por que? - Eu tentava falar, mas o ar fazia falta.

- Olha, tem um bilhete. - Minha mãe apontou para uma pequena carta que estava no chão, eu podia sentir raiva em sua voz, mas no momento eu estava triste demais para pensar nisso.

Meu pai a pegou  a carta e me entregou, mas como não tive coragem nem de olhar para o papel, ele me perguntou.

- Posso ler para você? - Eu concordei com a cabeça e ele abriu a carta.

Volto ainda hoje, mas comentem bastante. Obrigada.

My Crazy Love - DayRol - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora