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- Tudo bem ... Antes eu quero que me prometa que não vai surtar.

- Fala logo, Caroline. Que saco! - Eu revirei os olhos em um claro sinal de que eu estava com raiva.

- Hey, se acalma, tá? - Ela perguntou e eu fiquei calada. - Me promete, por favor.

- Não prometo mais nada para ninguém, Carol.

- Okay. - Ela sabia bem o porquê daquilo. - Eu tive que terminar com você porque eu estava sofrendo ameaças de alguém, nem a polícia descobriu quem fez isso, mas levaram meu irmão para algum beco e deram um bilhete para ele. No bilhete dizia que era para eu terminar com você se não iriam machucar todos que eu amava, inclusive você. Eu estava sendo vigiada, disso eu tenho certeza, tinha sempre alguém me seguindo e tinham pessoas seguindo você. Day eu não queria que fizessem nada contigo. Eu estava apavorada, eu pedi ajuda a polícia, a detetives, mas eu não poderia arriscar sua vida por um capricho meu. - Ela suspirou pesado. - Olha, eu li o bilhete e continuei com você, uma semana depois assaltaram minha mãe e entregaram mais um bilhete, dizendo que a ameaça era real, machucaram ela Day. Ela levou uma facada, mas não era para ela morrer. Eles falaram que aquilo era só um aviso, mas que dá próxima alguém iria dormir a sete palmos da terra.

- Mas mesmo assim, fiquei mais uma semana com você, eles me pegaram dessa vez, eu não consegui ver nenhum rosto. Mas eles me ameaçaram, Day eu fui torturada, eu fiquei dias sem comer, trancada em um lugar escuro, por isso eu nunca mais voltei. Eles me molestavam toda hora, diziam que eu fosse parar ali de novo iriam me ensinar a ser mulher e gostar de macho. Eu estava apavorada. No último dia em que nos vimos, eu sabia que tinha alguém me seguindo. Assim que cheguei em casa não tinha ninguém, apenas um homem mascarado. Eu sabia que aquilo ia acontecer. Me perdoa. - Carol parou de falar e começou a chorar desesperadamente, logo eu ouvi um barulho de porta batendo e escutei a voz do Rafael dizendo que estava tudo bem.

Eu estava em choque.

Não poderia acreditar naquilo.

Não poderia ser real.

Porque eu sou tão egoísta?

Será que eu estraguei tudo?

Eu parei de me fazer perguntas, apenas desliguei a ligação, peguei minha carteira e minhas chaves e fui para a sala.

Meu pai estava assistindo televisão e me olhou franzindo a testa.

- Vou na casa da Carol.

- Vai lá. Eu preciso te esperar?

- Não sei papai. Melhor não. Não sei quanto tempo vou demorar lá.

- Tá bom. Dirige com cuidado.

- Pode deixar, papai.

Dei um beijo na testa do mais velho e sai do apartamento, indo para o estacionamento.

Em pouco tempo eu já estava em frente a porta da casa dos Biazin, tomando coragem para tocar a campainha.

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My Crazy Love - DayRol - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora