Faltava um dia para a peça da faculdade,estava estressada.Steven me ligou e disse que ia me levar para sair,mas não disse para onde,era uma surpresa,mas garantiu que seria divertido.Eu concordei,meio apreensiva.
Fomos com o seu carro.Ele me levou a um lugar um pouco longe de casa,ainda não sabia que lugar era.Desci do carro,e a curiosidade tomava conta de mim,até que decidi perguntar:
-Onde estamos?
-Você vai ver.-Steven pegou minha mão e me levou até a entrada.
Quando me dei conta,era o shopping,porém,estava fechado.
-Vamos invadir o shopping?
Ele riu e respondeu:
-Não,meu pai é dono daqui.
-Ah,ta.-não conseguia esconder o quanto estava surpresa.Em seguida entendi o motivo de tanto dinheiro que a família de Steven possuía.Era um shopping famoso,espalhado por todo o país.
Ele ligou algumas luzes e colocou música em um rádio de uma loja de eletrônicos.
-Nunca sonhou em ficar no shopping,sozinha,depois de fechar,quando era crianças?
Sorri e disse:
-Não só quando criança!
Fomos a uma loja de fantasias e colocamos roupas engraçadas e bobas,enquanto dançávamos.
Brincamos de subir na escada rolante que desce.Sempre tive vontade de fazer isso quando criança,sem que meus pais ou algum guarda do shopping me proibissem.
Steven me pegou no colo e,rindo,ameaçou me jogar na fonte que havia na praça de alimentação.Ria e,aos berros,pedia para me soltar enquanto batia em seu peito.Quando me colocou no chão,olhou para um carrinho de compras que havia perto de umas mesas.
-Tive uma ideia!-correu até o carrinho e pediu que eu entrasse nele.Fiz cara de confusa,mas fiz o que ele pedia.
Steven empurrou o carrinho,e quando conseguiu impulso,entrou nele também.Eu gritava e ria ao mesmo tempo,enquanto as rodas do carrinho rolavam em alta velocidade.De repente,o carrinho trombou em uma cadeira e caímos.Não nos machucamos,começamos a rir,caídos no chão.
-Você está bem?-disse Steven,rindo.
-Sim!-respondi,rindo junto com ele.
Quando finalmente nossos risos cessaram, nos olhamos nos olhos,sorrindo.Steven colocou meu cabelo atrás da orelha e se aproximou,me beijando com seus lábios macios e gentis.
Mais tarde,Steven pegou um refrigerante em uma máquina de bebidas que havia no fim do corredor.Nos sentamos em um balcão enquanto tomávamos o refrigerante.
-Acho que seu pai tinha que pensar duas vezes antes de te deixar vir aqui sozinho!
Steven riu e concordou:
-Concordo!-fez uma pausa e tomou alguns goles de refrigerante.-Ele sempre me trazia aqui quando era pequeno, quando o shopping estava fechado e tinha que fazer algumas coisas.Mas com o tempo, a empresa cresceu,e meu pai não tinha mais tempo para mim.
Peguei sua mão,demonstrando compaixão e tentando consola-lo.
-Pelo menos tinha tempo com seu pai...-Steven segurou minha mão com mais força e continuei.- Aos oito,nove anos,meu pai foi servir para o exército.Desde então,sempre que eu voltava da escola,ficava na frente de casa esperando o carteiro,com a esperança de me trazer uma carta do meu pai.No tempo que esteve fora,me mandou umas 2 ou 3 cartas.Um dia,voltei da escola e encontrei minha mãe chorando no sofá.Recebemos uma carta...que preferia não ter recebido.Ele levou 3 tiros no peito...e não sobreviveu.
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Sonhos às luzes de Nova York
Teen FictionOlá,pessoas,essa é minha primeira fic.Fala sobre uma garota,Júlia,que após a morte do namorado,viaja para Nova York para estudar artes e se apaixona por um garoto,Steven.A ideias inicial era escrever um livro,mas uma amiga minha insistiu para que eu...