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        Acordei cedo,quase não tinha conseguido dormir na noite anterior.O motivo?Era segunda-feira.E daí?Era “só” o grande dia da minha peça.

        Almocei cedo,pois trabalharia na hora do almoço,já que a peça seria a noite.Depois de pegar minha roupa,para a peça,fui para o restaurante.No meio do caminho,já começava a sorrir,sabia que não ia simplesmente trabalhar,ia encontrar o amor da vida.Era bom poder vê-lo todos os dias,beijá-lo,me encantar com seu sorriso,mas eu sabia que aquilo ia acabar um dia,eu tinha que voltar para casa depois que acabasse meu intercâmbio por Nova York.

        -Oi,amor.-dei um pequeno beijo na bochecha de Steven.

      Ele ficou surpreso por me ver lá,e permaneceu paralisado quando o beijei,tentando assimilar.Digamos que Steven nunca teve reflexos de gato...mas era um gato.

        -O que tá fazendo aqui?Quer dizer,eu adoro te ver,mas por que tá aqui?

        -Hoje é o dia da minha peça,então não vou poder trabalhar no turno da noite.

        -Ah,a peça!Eu tinha me esquecido.

        -Vai estar lá,não é?

       -Bom... pra falar a verdade...-disse Steven,coçando a cabeça e abaixando-a.

        -O quê?                

        -Não vou poder ir. Surgiu um imprevisto.

      -Ah... Mas o que é?-fiquei meio decepcionada com a notícia.

        -Nada demais,coisa da faculdade.

        -Ah...tudo bem.-não conseguia esconder minha decepção ao saber que ele não estaria lá.

        Tentando me animar,envolveu minha cintura de forma carinhosa,me fazendo levantar a cabeça para ouvir o que tinha a dizer.

    -Não fica assim.Eu juro que na próxima peça ou apresentação que tiver,eu estarei lá sem falta.

        -Jura...?                                                                

        -Juro.

        -De dedo mindinho?

  -De dedo mindinho!-juntamos nossos dedos mindinhos,fazendo um juramento.

        -Que lindo,ele jurou seu amor a você!Podem voltar ao trabalho?-interrompeu-nos nosso chefe.

        Rimos e começamos a trabalhar.

        Quando me dei conta do tempo,já faltavam 2 horas para a peça começar.Peguei minhas coisas,me preparando para ir embora.

         -Atrasada de novo?-perguntou Steven.

        -Como sempre!-dei-lhe um pequeno beijo e me despedi.Ele desejou boa sorte.

        Cheguei correndo no teatro,já haviam algumas pessoas na plateia.No fim do corredor,vi uma porta com o meu nome escrito.Curiosa,a abri e entrei,vendo um espelho com luzes,uma poltrona ao lado e vários acessórios de maquiagem em cima da glamorosa penteadeira.Coloquei minhas coisas em cima da poltrona e apreciei,imagina só,meu camarim,boquiaberta e maravilhada.Era como no cinema.

        Me tirando do transe,bateram na porta.Pedi que entrasse,e,logo em seguida,entrou uma moça meio...estranha...extravagante.Usava uma sombra roxa e vermelha (credo,sombra roxa),e um batom cor de vinho,um tanto quanto chamativo.

Sonhos às luzes de Nova YorkOnde histórias criam vida. Descubra agora