Uma Nova yorkina em Paris

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       A viagem foi longa,mas valeu a pena.Desci do avião e senti o clima frio da Europa,mesmo no verão.Fechei meu casaco e sorri para o sol e as nuvens que enfeitavam céu.Peguei um taxi,Robert estava comigo,e no caminho para o hotel pude apreciar a Torre Eiffel.Era tão linda quanto diziam e mais espetacular do que via nas fotos.

        A primeira coisa que fiz ao chegar no hotel foi ligar para Steven,enquanto Robert fazia o check-in.Ele disse que estava bem e que estava com saudades,assim como eu.Disse como Paris era incrível,mas não tão incrível quanto Nova York.

        Só depois de desligar o celular pude apreciar o hotel 5 estrelas onde ficaria.Havia um grande candelabro de cristal no teto e vasos com graciosas orquídeas.

        A única coisa mais incrível que o saguão era o meu quarto,com uma vista incrível da cidade.Minha vida estava no lugar,com minha carreira começando e junto a Steven novamente,meu coração estava cheio de alegria e vida.

        Robert disse que gravaríamos o comercial só daqui a dois dias,então podia aproveitar para conhecer a cidade .Estava cansada depois da viagem,então passei o resto do dia dormindo,sem conseguir me acostumar com os fuso horário.

        No dia seguinte sai e pude sentir o ar fresco de Paris.Tirei fotos,fui á um lindo museu de artes e,é claro,á Torre Eiffel.Era magnificamente alta e bonita,quase tão incrível quanto a estátua da liberdade.

        Não importa aonde eu vá,depois de passar por Nova York,nada é mais impressionante e magnífico.Além de não conseguir parar se pensar em Nova York,também não parava de pensar em Steven mas,agora,de um jeito bom,e sabendo que depois de uma semana o veria de novo e poderia beija-lo,sentir seus braços envolvendo minha cintura e ouvir sua voz que me acalmava.Depois de um mês longe de Steven,só queria estar perto dele todas as horas do dia,todos os dias da semana e do mês.Parece obsessão,mas é apenas amor.

        Comecei a me lembrar do sorriso de Steven e como sentia saudades dele.Infelizmente só tive um dia para matar a saudade depois daquele mês doloroso e difícil para nós dois.Liguei para ele de novo,dizendo que sentia saudades...a muito tempo.Conversamos sobre o tempo que passamos separados e como chorávamos quase todos os dias.Pedi desculpas por ser tão estúpida e não ouvi-lo,ele disse para não me desculpar e que me amava mais do que tudo.Não contei sobre o jeito que me feri,tentando ao máximo adiar a descoberta,deixando que ele visse na hora certa.

        No dia seguinte,fui para um estúdio no dia seguinte,para fazer o comercial.Coloquei um lindo vestido e cabelo e maquiagem profissional,me sentindo uma verdadeira atriz.Me disseram o que tinha que fazer,mas não consegui me concentrar muito enquanto falava,pois fixava meu olhar no perfume em suas mão.Coisas de vidro caras na minha mão sempre acabava em desastre,mas agi de forma profissional sem mostrar que tinha a coordenação motora de uma criança de 5 anos.

     Me lembrei de tudo o que me disseram e ensinaram e depois de algumas tentativas consegui finalmente concluir meu primeiro trabalho na televisão.Fiquei emocionada e muito animada,ansiosa para ver o comercial.

        No segundo dia de trabalho,fiz uma incrível sessão de fotos com roupas sofisticadas e caras que nunca pensei que usaria.Estava nervosa,mas tentei relaxar e acabei me divertindo.

        O tempo passava rápido e logo,já era meu ultimo dia em Paris.Aproveitei ao máximo,conhecendo a cidade toda e fazendo passeios turísticos.

        Foi uma experiência maravilhosa,da qual ia me lembrar pelo resto da vida,mas não via a hora de ver Steven e abraçá-lo forte.

        A viagem de volta parecia mais longa que a de ida,estava ansiosa para chegar em Nova York e nem consegui dormir no avião.Ouvi música enquanto observava as nuvens,dessa vez de um ângulo diferente do que via com Steven.De perto não tinham forma e não pareciam algodões macios,apenas...nuvens.Percebi que a fantasia era bem melhor que a realidade,tentando resgatar minha infância na memória.Nunca tinha expandido tanto minha imaginação,até conhecer Steven.Ele me mostrou um mundo novo onde as coisas não precisaram ser tão complicadas como todos dizem,bastava ser.

        Viajei tanto em minha mente,que quando voltei á realidade, já estava em Nova York.Sorri para o sol do começo do outono.Sai do avião com pressa e peguei minhas malas,não via hora de reencontrar Steven.Estava usando casaco de novo,mas não por estar com frio,e esconder minha dor de Steven me causava um dor maior.

        Ouvindo o barulho incessante das rodinhas da mala que quase não aguentavam a rapidez com que me dirigia a Steven ao vê-lo.Ele abriu os braços e finalmente o abracei.Me levantou,tirando meus pés do chão,e me girou.Eu sorria ofegante e boba alegre,como se estivesse abrindo meu presente em uma noite de natal.

        Eu e Steven nos olhamos,sorrindo, e Steven disse:

        -Senti saudade!

        -Eu também!-inclinei levemente a cabeça,bagunçando seu cabelo e ainda sorrindo.-Cortou o cabelo?

        -Ah,sim!Gostou?

        -Ficou lindo.

    O abracei novamente e lhe dei um beijo apaixonado,sentindo meu coração batendo mais forte.Essa era a parte boa de ficar longe de uma pessoa; quando a reencontra,percebe que é mais importante do que imaginava.

        Envolvi sua cintura com uma mão e com a outra carreguei minha mala,enquanto íamos para o carro.

        -Então,como foi Paris?

        -Incrível!-disse sorrindo e empolgada.-Mas senti sua falta.

        Lhe dei um leve beijo na bochecha.

        No caminho para casa,contei sobre tudo o que vi e vivenciei naquela cidade maravilhosa.Falei sobre o comercial e como era incrível estar na frente de uma câmera atuando,sabendo que logo irei estar na televisão.

Sonhos às luzes de Nova YorkOnde histórias criam vida. Descubra agora