42| Uma pechincha?

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[Victoria]

Almoçámos na esplanada de um restaurante obviamente caro com Paige, Thomas, Harry e Ruth. Liam não seria Liam se não esbanjasse dinheiro em coisas assim. Ele nem sequer nos deixa pagar.

Está um dia fantástico de sol e um certo calorzinho. Liam afastou-se de nós quando recebeu uma chamada. Está há mais de 15 minutos a andar de um lado para o outro, enquanto fala com a outra pessoa do outro lado da linha. Não sei com quem fala mas sei que está irritado.

Os rapazes afastaram-se para fumar e ficámos somente nós três na mesa a beber café. Hoje é o último dia deles todos connosco. Não sei quanto tempo iremos nós ficar nesta lindíssima ilha.

- Vicky... - Paige chama, fazendo-me desviar o olhar dos rapazes. - Estou super feliz por ti. - ela confessa dando-me um abraço. - Ainda por cima com um pedaço daqueles. - eu rio.

- Ei, por acaso aquele pedaço é o meu irmão. - Ruth intervém, rindo também.

- Eu sei, eu sei. - a minha amiga olha para o meu homem e depois volta a olhar para mim. - Eu tenho uma pergunta que não quer calar.

Desvio uma madeixa de cabelo do rosto.

- Está bem. Sou toda de ouvidos. - respondo com um sorriso.

- Sei que é cedo, mas sabes que depois do casamento essas perguntas começam a surgir... - ela faz uma pausa, como se estivesse à procura das palavras certas para dizer. - Como vais fazer quando chegar à altura do Liam querer ter filhos contigo?

Suspiro.

- Acho que eventualmente iremos tentar. Quero muito conseguir dar-lhe isso, mas por outro lado, não quero dar-lhe demasiadas esperanças. - respondo tranquilamente. Tenho pensando muito nisto, não é para já mas se quisermos tentar, talvez precise de algum acompanhamento médico, não sei.

- Compreendo amiga. - Paige, responde, apertando ligeiramente a minha mão em cima da mesa.

- Quem sabe se não consigo engravidar e ser uma gravidez perfeitamente normal? Mas também pode ser uma gravidez como a outra, ou até ser normal e sofrer um aborto... E se eu também nunca conseguir engravidar? - Ruth, segura na minha outra mão e aperta-a com carinho.

- Não és menos mulher por isso, além de que o homem que ali tens - ela aponta para o Liam. - é o homem mais compreensivo que podes ter e nunca te vai exigir nada, nada que tu não queiras e que não possas.

Dou um sorriso fraco.

- Também existem outras opções... - Paige diz com um sorriso.

- Sim, e o Liam já tem o Dan. - respondo, encolhendo os ombros.

- Tens tempo para pensar nisso, querida. - Ruth dá-me um piscar de olhos. - Quando quiseres, conheço um médico excecional.

- Acho que é cedo demais... - suspiro. - Ainda não estou acostumada com a ideia de que casámos, quanto mais de procurar um médico.

- Amiga, mas que ele tem ar de ter o amiguinho grande e de ser bom no sexo, lá isso tem. - Será que a Paige não tem filtros? A Alana é que costuma ser mais assim.

Eu rio com vontade.

- Meu deus, ele é meu irmão e eu estou aqui. Não preciso, nem quero essa informação. - Ruth abana a cabeça, rindo divertidamente.

Continuo a rir, sem parar. Já me dói a barriga de rir e os meus olhos ficam húmidos.

Assusto-me quando sinto um toque familiar nos meus ombros.

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