Modus Operandi

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-hoje foi encontrado mais uma vítima em São Paulo, um homem assassinado por volta das 3 da manhã. Os policiais da redondeza receberam uma ligação anônima de um telefone público e quando chegaram ao local encontraram apenas a vítima com o coração exposto - Rafa tomava café em sua casa enquanto assistia o jornal e se perguntava porque isso estava acontecendo em um que ela tanto gostava, em menos de 2 semanas houve 3 mortes.

Rafa se endireitou no sofá após perceber oque havia acontecido. Colocou o café na mesa e ligou uma pasta que ele usará para colocar documentos dos casos em que cuidava. Colocou seus óculos e começou a ler. Era isso.

Todos os mortos tinham coisas em comum: Homem entre 20 e 35 anos, sem antecedente criminais, eram mortos em becos ,passaram 9 minutos vivos após a retirada do coração, sem provas, sem testemunhas, hematomas ou  suspeitos . Esse era o Modus Operandi (método particular de cometer assassinatos) do assassino?

Porque o culpado era tão detalhado em matar desse jeito?
Oque ele queria com isso tudo?
Será que era só uma diversão ou algo mais?
Talvez...um assassino de aluguel?
Um fetiche?
Uma dívida?
Vingança?
Isso martelava na cabeça de Rafa e mais um dia ela teria enxaqueca antes mesmo de chegar ao trabalho.

Guardou os papéis e  retirou seus  óculos logo se levantando. Pegou sua caneca com café puro  e colocou em cima da bancada na sua cozinha que ela  tanto adorava estar, mas depois de ter sido promovida teve que parar de cozinhar por causa do trabalho. Foi até seu quarto e retirou seu moletom rosa favorito.
Mesmo Rafa sendo delegada e adorar assassinatos, ela é uma garota doce e sensível, mas ninguém sabe disso além dela e de sua melhor amiga.


Foi até o banheiro e tomou um banho rápido, ou ia chegar atrasado, colocou sua roupa e ajeitou os cabelos castanhos.

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-Bom dia, delegada.

- bom dia Mari, alguma novidade para hoje?

-hum....deixe me ver...ah recebemos uma  ligação de madrugada e-

- eu já vi nos jornais

-Mas na ligação a pessoa disse algo como "Fukushu" ,e eu não sei oque significa.

-Fukushu..? Fuku...Japonês. É vingança em japonês.

- vingança? Pêra, como você sabe japonês?

-então  é isso que ele quer.. Vingança... mas do que? Ou de quem..? - Rafa pensou alto ignorando totalmente a sua secretária que parecia surpresa.

- Ah, o diretor de planejamento quer falar com você

- QUE? Mas porque?

- ele parecia sério, está na sala dele -E assim Foi, apreensiva, toda vez que seu chefe a chamara ,nunca era coisa boa.

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- Mas.... isso não faz sentido.

- Sem mais discussões, Rafaella Kalimann , vamos tirar o caso de você e ponto final.

-Petrix,você sabe que eu sou capaz de finalizar o caso,qual o motivo disso tudo?

- A coisa tá ficando séria, Rafaella,você nunca fez algo desse nível.

- Por favor deixe-me mostrar que sou capaz para o senhor!

-Chega! Fora da minha sala! -Rafa imediatamente se levantou e se inclinou como forma de respeito logo saindo da sala de seu chefe. Hoje não era seu dia.

-como foi com ele? -perguntou mari se levantando da cadeira

-perdi o caso Mari... - Rafa se sentou em uma cadeira na frente da mesa de Mari ,fazendo ela se sentar decepcionada.

- E agora? Para quem ele vai dar o caso?

- Agora nada,não sei para quem,só  sei que eu perdi o caso e não tenho mais nada para fazer aqui

-aposto que você vai pegar um caso melhor

- Caralho Mariana, é um Serial Killer,você tem noção de quando eu vou ter outra oportunidades como essa na vida,

-Eu sei mas...

- não se sinta culpada - se levantou e pegou seu blazer junto com sua pasta- vou para casa não tenho mais nada pra fazer aqui.

-descanse oficial....- E assim Rafaella saiu de seu local de trabalho, acabada, devastada e decepcionada. Ela teria  conseguido o caso dos sonhos  e o perdeu pelo simples fato de seu chefe não confiar nela.

Chegou em casa e jogou as coisas no sofá se jogando no mesmo. Ligou a tv e colocou em um canal de culinária, estava cansada de ver o jornal o tempo todo para ver casos. Se levantou foi até seu quarto,tirando sua fardas colocando um moletom  preto, que  era o maior que tinha, e um short moletom.

Voltou para sala e viu oque passará na TV.  Era o passo a passo de uma torta de morango,e assim ela descobriu oque faria hoje, foi até a cozinha e abriu os armários a procura de algo. Nada.
Rafa passava tanto tempo no trabalho que as vezes comia lá mesmo, então não tinha tempo para cozinhar ou para as compras.
Foi até a sala e mudou de canal para o jornal.

- Mais um caso de assassinato em São Paulo,um homem aparentemente 24 anos, foi encontrado morto em uma rua sem saída. Mas foi encontrado com um papel em sua boca  que aparentemente fora escrito pelo assassino. No papel dizia que - Rafa desligou a TV, já estava com o sangue fervendo por saber que não poderia fazer nada a respeito. Foi até seu quarto e deitou-se em sua cama,logo apagando.

Rafa acordou assustada por já estava de noite,sabia que estava cansada mas não achava que tanto. Pegou sua pasta abrindo-a E pegou sua carteira, logo a colocando no bolso do shorts. Foi até a porta de entrada E se sentou no chão colocando seus sapatos.

Rafa não tinha muitas amizades com os vizinhos,mas os vizinhos a adoravam.
Principalmente pelo fato dela não fazer barulho igual aos outros vizinhos, e também eles se sentiam seguros por  uma delegada morar perto deles.

-Oh,Rafinha, quanto tempo.

-Marcela..

-Nunca mais te vi, por onde andas?
Saudades do cheiro de comida gostosa todas as tardes.

-Ah.. é por causa do trabalho. Ando bem ocupada. Que sotaque americano em.

-pois é ainda não me acostumei de novo com o Brasil. Eu soube que você foi promovida, parabéns Rafa,quero dizer oficial rafa - disse em um tom brincalhão fazendo as duas rirem

- foi boa a conversa,mas eu tenho que ir até mais Mah.- antes que marcela pudesse responder rafa já havia entrado no elevador.

Não é que a delegada não gostasse de conversar, mas quando se é um,sempre tem que falar com suspeitos e testemunhas, e as vezes você se enche de humanos. Antes ela não era assim, ela e Mah eram colegas além de vizinhas,ela a convidava todas as tardes para comer seus bolos, já que não tinha com quem dividir,mas se afastaram depois que Marcela teve que viajar para a França, se afastaram: ela por ser médica,e rafa  por ser delegada ,profissões que sobrecarregam demais.

Rafa saiu do prédio, indo em direção a loja de conveniência,que não era tão longe ,então poderia ir a pé.
O único problema era a escuridão que ele sempre tinha que passar em uma rua deserta e mal iluminada. Parou após sentir um arrepio, um vento forte soprou,fazendo os cabelos voarem para trás, rafa ficou parada atenta, ela sentia a presença de alguém ali.

- Oh ho.... carne nova na área -rafa se assustou ao escutar uma voz doce falando baixo bem perto de seu ouvido e se virou,mas não havia ninguém ,começou a olhar em volta para ver se via algo ou alguém próximo. Nada.

-  É isso que você quer ovelhinha? É o que terá... -aquelas palavras pareciam ecoar na cabeça de Rafa fazendo -a ficar alucinada,a delegada olhava de um lado para o outro tentando identificar quem falará aquilo tão perto de seu ouvido, sussurrando.
Sentiu novamente o vento forte e caiu. Estava tonta. Não conseguia ficar de pé e sua cabeça latejava,as palavras do indivíduo se repetiam em sua cabeça como um disco arranhado. Tudo parecia girar ao seu redor até ver dias pernas perto de si.

- Rafa?

-M-mari?

My Beloved Suspect 《ranu》 Onde histórias criam vida. Descubra agora