"Talvez amanhã eu acorde sem você, vamos garantir que a noite não acabe"
Quando Park Jina volta dos Estados Unidos para passar suas férias da faculdade na Coreia do Sul, tudo que encontra é o seu lar de cabeça para baixo.
O motivo foi sua irmã, Dami...
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Eu não tinha palavras para descrever como era agradável acordar em uma manhã de domingo e ver Bae Taehee.
Tinha me levantado para ir ao banheiro e beber um copo d'água quando eu ouvi a porta abrir. E lá vinha ela, com seu cabelo perfeitamente preso em um rabo de cavalo, estalando seus salto altos no chão do apartamento, se atrapalhando ao tentar abrir uma pasta enquanto falava ao celular, que estava entre sua orelha e pescoço.
Ela depositou tudo que tinha em suas mãos na mesa de jantar e desligou, me ignorando completamente, que estava parada quase a sua frente, com os cabelos bagunçados segurando uma xícara do Mickey. Eu limpei a garganta, como uma forma de tentar chamar a atenção — e funcionou.
— Ah, bom dia. — ela me cumprimentou. — Que surpresa te encontrar acordada essa hora.
— Eu caí da cama. — respondi cinicamente. — Você tem calendário no celular?
— O quê? — ela perguntou, abrindo um sorriso mais por educação do que vontade.
— Eu perguntei se você tem algum aplicativo de calendário no celular. Acho que não, porque se tivesse saberia que hoje é domingo. — larguei a xícara sobre a bancada da cozinha e cruzei os braços. — O que faz aqui, diretora Bae?
— Eu e a diretora Kang precisamos organizar tudo para a reunião de amanhã. — respondeu, aproximando-se da cozinha. — Nós, junto com a diretora Han, vamos no encontrar com possíveis investidores amanhã, ou seja...
— Ou seja, minha irmã tem que passar o dia todo trabalhando hoje. — completei, suspirando. — Olha, eu sei que isso é super importante, mas não tem como começarem um pouco mais tarde? Quero dizer, você simplesmente madrugou para estar aqui...
— Já são dez da manhã. — ela me interrompeu, procurando uma xícara para poder colocar na máquina de café expresso que tínhamos.
— Que seja! — bufei. — Hani passou dois dias inteiros no escritório e voltou parecendo um zumbi. Ela precisa de um descanso para não surtar completamente.
— Entendo, srta. Kang, eu também passei os dois dias com ela. — Taehee espremeu os lábios um contra o outro. — Também acho que a Hani- — arregalou os olhos e se virou de costas — quero dizer, a diretora Kang merece um descanso, mas foi ela que insistiu que eu viesse o quanto antes.
— Taehee, — me aproximei dela, apoiando-me de costas para a bancada que ela encarava — a gente está sozinha. Pode chamar ela de Hani.
Pelas famílias Kang e Han sempre tentarem criar seus filhos longe das influências de classes mais baixas, é uma surpresa que Bae Taehee esteja em nossas vidas. Não contavam que a escola do Ensino Médio na qual estudamos, que distribuía poucas bolsas de estudo, escolheria logo a garota que acabaria com a rivalidade adolescente entre Hani e Yoona, transformando-as num trio inseparável.
