(Re) started [EM REVISÃO]

20. Dessert

 Carol adentrou o restaurante com o coração acelerado. Seu olhar perdido entre as mesas buscava o de Thor. Ele estava sentado na mesa 28, próximo a uma das enormes paredes de vidro. Com as mãos inquietas, batia a ponta dos dedos na mesa. Numa das revistas que fez por todo o ambiente, viu Carol parada à porta. Sentiu uma corrente fria percorrer cada centímetro de sua pele.

*Thor*

  Rapidamente arrumei minha postura e ajeitei a camisa social preta que vestia. Pela centésima vez naquela noite, certifiquei-me de que todos os botões estavam corretamente agrupados. Soltei todo ar de meus pulmões e reuni forças para chamar seu nome.

  —Carol! – minha voz saiu trêmula. Espero que ela não tenha percebido

  Assim que ela me ouviu, sorriu e caminhou em minha direção. Durante seu percurso até a mesa, não consegui conter meu sorriso completamente desconcertado. Cada passo mais próximo que ela dava, mais sentia meu rosto avermelhar-se e minhas pulsações aumentarem. Por Odin, eu não posso desmaiar agora! Aquela era de longe a mulher mais linda que havia visto. Em todos os meus 1500 anos de vida, de todos os reinos e galáxias que já visitei, jamais encontrara alguém minimamente comparável a ela. Tentei ao máximo conter minhas emoções para que meus sentimentos não fossem tão óbvios. Como se adiantasse né? Perto dela sou transparente como o vidro.

* * *

 Thor a acompanhou com o olhar até que ela se sentasse à mesa.

  —Você está linda! – pensou alto ainda balançado

  —Obrigada. – diz um pouco sem graça —Você também está... –suspira– lindo!

  —Ah Obrigado! Mas eu comprei essa blusa na promoção, não é nada demais!

  Carol riu. Sabia como Thor acelerava com as palavras quando ficava nervoso. Ele, por sinal, acabava de jogar ralo abaixo todo seu plano para manter-se tranquilo. Duas das duas frases que dissera já fugiam do plano. Teria que improvisar.

  —Você já pediu alguma coisa? – Carol

  —Na verdade não. Estava te esperando.

  —Não precisava, mas obrigada! – sorriu fazendo com que Thor sentisse sua respiração falhar

  Chamaram o garçom. Em meio aos seus olhares tímidos, fizeram o pedido. Ainda engessados, iniciaram alguns assuntos rotineiros. Deixavam os tópicos mais delicados para sobremesa.

  —Como você tá? Faz tanto tempo que não te vejo... – havia um pouco de tristeza na fala de Carol

  Thor pigarreou.

  —Sobre isso... Eu sinto muito. Não era minha intenção te preocupar. Devia ter dado algum sinal de vida.

  —Não foi uma situação muito legal, mas eu te entendo. Apesar de tudo, foi o melhor...pra nós dois. Mas nem uma mensagenzinha?! – riu