Bárbara Garcia
Rio de Janeiro, RjO ruído alto do meu celular me desperta. Bocejo alto afastando a mão de seja quem for de cima da minha barriga para poder engatilhar e pegar o celular.
—Alô?
—Bom dia, com quem falo?
—Com quem deseja falar? — Limpo os cantos dos olhos enquanto tento focar minha visão.
— Bárbara Garcia, é da Clínica de Repouso Viva bem, posso falar com ela? —Me sento abruptamente no sofá cama.
— Sou eu mesma, está tudo bem com a minha Tia Sofia? — meu nervosismo desperta Agatha.
— Sim, querida. Sofia está ótima, nesse instante ela está na estufa plantando flores mas eu não liguei para isso, ontem você veio aqui e eu não consegui falar com você a tempo a respeito da mensalidade da Clínica.
— Como assim mensalidade da Clínica Holanda? Pensei que o saldo caísse automaticamente na Conta da Clínica assim que o meu salário caísse na minha conta, é uma transferência automática não pode está errada.
— Infelizmente nos dois últimos meses o dinheiro não chegou até nos, Maitê. — Levo a mão até o peito temendo o que ela possa falar — Não gosto de dar essas notícias pelo telefone mas é necessário que você atualize o pagamento com urgência ou teremos que mandar a Sofia de volta para casa.
—Não!— Declaro com destreza —Não será necessário, eu vou conseguir o dinheiro logo. —Esfrego a têmpora sentindo aquele mesmo desespero de ontem a noite surgir novamente.
— Certo, lembrando que por conta dos dois últimos pagamento, será necessário pagar ambos com urgência.
—Obrigada por me avisar Holanda, não se preocupe que eu vou arranjar o dinheiro.
— Tudo bem, Obrigada e tenha um bom dia. — Encerro a ligação, largo o aparelho entre os lençóis e seguro minha cabeça com as mãos.
O que eu ia fazer, meus Deus? Sofia não pode sair da Clínica de jeito nenhum.
— O que aconteceu? — Agatha pergunta preocupada.
— Era da Clínica da Sofi. — falo desolada — Eles acabaram de me avisar que os dois últimos pagamentos não foram processados.
— Como não? —Ela e Bruna perguntam ao mesmo tempo.
—A minha conta é corrente, o Banco deve ter pego o dinheiro assim que caiu para quitar a minha dívida pendente e..— Inspiro fundo procurando uma saída.
Não posso continuar assim, não posso correr o risco da minha tia perder o lar de idosos, muito menos posso deixar a Malu sem um lugar para morar, não posso os decepcionar dessa forma, as duas precisam de mim e elas não têm culpa se eu fui burra em me deixar levar por encantos de um homem que só queria me usar e acabar sem emprego. Estou em uma situação de caso extremo, preciso arranjar logo a grana ou às duas únicas pessoas que amo ficariam desamparadas.
— Bruna. — Chamo me ajoelhando de frente para as duas.
Ela esfrega os olhos logo bocejando.
— Preciso que me fale mais sobre aquele cara que empresta dinheiro.
— Bárbara..—Agatha avisa em um tom duvidoso.
— Não tenho outra escolha, Agatha. —Falo com firmeza — Eles vão mandar a minha tia embora da clínica, eu preciso do dinheiro.
— Quando é?
— Cada mensalidade da Clínica? — Indago, ela confirma com a cabeça — Cada uma custa em torno de novecentos, tô com duas atrasadas. — Me viro para a Bruna — Me fala, Bruna.
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Golpe Duro - Mafia Italiana | Disponível na Amazon |
Roman d'amourDesempregada, desamparada e sem muitos amigos Barbara Garcia está prestes a cair em um poço de dividas. Com as prestações do seu empréstimo atrasada corre o risco do banco tirar o seu veículo, o síndico está de tocaia todos os dias na porta do seu p...