HARIANY POV
Paula: Hari eu.. eu não sei se tenho a resposta que você espera. — meu celular toca, maldita hora. — Não vai atender?
Me levanto a contra gosto, vejo quem é e desligo na mesma hora, agora não.
— Não é nada importante. — deito ao seu lado, olhando para o teto que pintamos de laranja em um surto da Paulinha sobre como deveria mudar sua vida, do nada ela decidiu que começaria pelo teto do quarto. — Nós iríamos pintar as paredes de branco com listras marrons. — lembrei tentando quebrar o silêncio.
Paula: Eu ainda tenho as tintas guardadas mas perdi a vontade de pintar. — ela faz uma pausa breve, suspirando fundo. — Quem era no celular? — sinto que ela me olha, mas eu ainda presto atenção no laranja.
— Minha assessora, eu avisei que não estaria disponível por três dias, então não vou atender.
Paula: Mas deveria. — sinto sua mão na minha fazendo um leve carinho, acho que temos um avanço.
— Eu deveria estar tirando sua roupa agora. — dou risada, ela me acompanha gargalhando.
Paula: Você é muito atirada. — me viro de lado e encontro seu olhar. — Senti falta do seu sorriso. — mais um avanço, acho que até amanhã consigo um beijo. — Não vai dizer nada?
— Tô aproveitando o momento. — me aproximo e a loira não recua, o que me dá liberdade de fazer carinho em seu rosto. — Eu senti falta de tudo em você, uma ligação não mata 2% da minha saudade, sem falar que você me ignorou por 12 dias e 4 horas pra ser mais precisa.
Paula: Você contou minutos e segundos também? — diz rindo, droga de mulher linda que me tira do eixo.
Tomo coragem, coloco uma perna sobre a sua, ela não recua. Ótimo. Sem perder tempo estou por cima dela, sentada sobre sua barriga, uma perna de cada lado do seu quadril.
Paula: Você adora fazer isso, acho que a sua posição preferida. — o sorriso largo ainda presente em seu rosto. Ela senta na cama, encaixando minhas pernas em sua cintura, nossas bocas muito próximas. — Eu queria tanto resistir a você!
Não perco tempo e colo nossos lábios, e eu não tinha ideia do quanto precisava disso. É um beijo calmo, quando os seus lábios encontram os meus, eu sei que poderia viver muitos anos, realizar sonhos e projetos, mas nada iria se comparar a poder beijá-la, nada seria melhor. Quando enfim perdemos o ar, ela me um beijinho no nariz como fiz mais cedo, eu porém queria muito mais, precisava tê-la mas sei que se não ir de vagar posso estragar tudo novamente.
— Isso significa que me perdoa? — deixo minha testa colada a de Paula, minha respiração ainda descontrolada. Ao abrir os olhos vejo seus seios fartos pois a blusa que usava era larguinha, só sinto vontade de tocar. Droga de pensamento Hariany, ela não é um objeto!
Paula: Um beijo só não vale pra eu te perdoar. — Isso é um jogo comigo?
Agora é ela quem me beija, sinto a loira se levantar e me seguro em seu ombro, ela aperta com vontade minha bunda. Eu só posso estar sonhando. Minhas costas encontram o colchão, ela tinha invertido nossa posição, sua mão adentra minha blusa, arranhando levemente minha barriga, eu tento fazer o mesmo mas ela impede.
Paula: Fica quietinha. — obedeço, não quero estragar nada.
PAULA POV
— PAULINHA, JÁ CHEGUEI. — ouço Nancy gritar da sala. Não me importo. Já transamos antes com alguém em casa, para ser mais exata na sala enquanto meus pais dormiam.
Tiro a blusa da Hari que está ofegante, posso sentir o calor do seu corpo. Como eu fui capaz de resistir tanto? Essa mulher é minha perdição. Distribuo beijos por seu pescoço ela se arrepia inteira, não perde tempo e tira minha roupa para logo em seguida passar a língua por meus mamilos quase expostos por conta do tecido fino de renda que estou usando, a carícia me faz cravar as unhas em sua coxa. A excitação já tomou meu corpo de forma avassaladora, a morena deitada embaixo de mim não está diferente, seus olhos queimam e suas mãos percorrem o meu corpo. Sinto ela passar a mão em minha intimidade e solto um gemido baixo... É sério isso?
Nancy: Paula, vamos abre a porta preciso pegar meu estojo de maquiagem no banheiro, anda logo. — minha irmã gira a maçaneta, Hari trava, dá um pulo quase me fazendo cair da cama, tira a chave do seu sutiã e me entrega, procurando por sua blusa. — Mas que demora mana, parece até que morreu. — se Nancy tivesse noção do quanto a estou xingando mentalmente.
— JÁ VOU, CALMA. — grito, afinal ela estragou meu melhor momento do dia, tenho esse direito.
Em uma rapidez tremenda Hari pega a manta, deita na cama e se cobre enquanto eu visto minhas roupas, as colocando de qualquer jeito.
Nancy: Até que enfim, já ia atrás da chave reserva. — entra no quarto indo em direção ao banheiro sem se dar conta de que Hari estava deitada na cama, somente quando voltou reparou na morena. — Desculpa, não sabia que ela estava aqui. — disse sussurrando, realmente achando que a mesma está dormindo.
— Não sei como meu grito não a acordou. — minto, talvez eu seja boa nisso. Provavelmente não pois Nancy me olhou com aquele sorriso que conheço bem.
Nancy: Novamente eu. — a olha sem entender. — Sua blusa está ao contrário Paulinha. — e simplesmente sai do quarto, soltando uma gargalhada alta. Fecho a porta passando a chave novamente, quando me deito Hari também está rindo.
— Não tem graça, a culpa do meu mico é toda sua. Falei pra ficar quietinha. — ela ri e senta na cama, pelo visto não achou a sua regata pois está somente com o sutiã.
Hari: Na verdade é, quase todas as vezes é a Nancy que nos pega ou atrapalha. — a morena se aproxima tirando a peça que causou risos, sem pretensão, a conheço e sei que perdeu o clima. O que não é tão ruim afinal eu já estava perdendo o resto de sanidade que me restava. — Vem quero uma conchinha e carinho, mas prefiro você sem essa roupa.
— Ainda bem que minha irmã nos atrapalhou, assim recobro a sanidade. — me deito a puxando junto a mim, nossos corpos quase formando um só.
Hari: Eu te amo, não quero ficar sem você. — diz fazendo carinho em minha mão. Não consigo responder.
— Senti sua falta. — dou um beijo em seu ombro e ficamos assim por algum tempo.
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