2. Sombras e Escuridão

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Quando a luz do sol atravessou as cortinas do quarto, o despertador de Sam tocou.Ele notou que a namorada já havia levantado, então foi atrás dela.
Natasha estava bebericando uma xícara de café enquanto olhava as notícias do telejornal.Ela tinha a mesma idade de Samwell, e era loira com olhos e peles claras.Sam não tinha conhecido nenhuma garota mais bela que ela.
-Está na hora do trabalho? - perguntou ela.
-Sim.
- Eu também tenho que ir ao trabalho - continuou ela -Te desejo boa sorte no novo emprego.
-Obrigado. - disse ele, com um sorriso, e em seguida beijando ela.
Sam voltou ao quarto para colocar suas roupas de detetive da polícia de Nova York.Ele parecia elegante, com exceção das olheiras nos olhos por causa dos pesadelos.
Vinte minutos mais tarde, embarcava no seu carro e saia da garagem do prédio.As ruas de Manhattan eram cheias, como de costume.Pessoas observavam lojas de grife, outras tomavam seus cafés da manhã em padarias.Sam notou em um sujeito estranho, ele usava uma bengala, mesmo sendo novo.Havia dois cortes estranhos no rosto dele, que cruzavam entre os olhos , como se houvesse duas linhas vermelhas no rosto.
Quando Sam parou com o carro no sinal, o homem atravessou a faixa de pedestre.Quando o homem chegou na frente do carro, olhou para Sam e sorriu, mas não havia dentes na boca.Sam se arrepiou.
Em instantes, o sinal abriu e Sam seguiu para o departamento.O homem banguela sumiu de vista, deixando Sam mais tranquilo.Quando chegou no departamento, estacionou o carro por perto e entrou no local.
Havia barulho de pessoas conversando, andando ou gritando ordens.Havia também barulhos de impressões de documentos em enormes impressoras.
-O novato! -Gritou um homem gordo, com a barba curta e olhos castanhos -Samwell Sanders?
-Scott, - Respondeu Sam - Samwell Scott.
-Claro, claro.Me perdoe, tenho a memória fraca.Sou Michael Miller, Comissário de polícia de Nova York.Vamos, tenho que te mostra seu parceiro.
Sam acompanhou o comissário até um local daquele vasto salão.Parecia haver centenas de policiais, andando, conversando ou sentados em suas respectivas mesas de trabalho.Havia um canto vazio, com exceção de uma pessoa. Havia duas mesas de trabalho no local, uma vazia e outra cheia de latas de cerveja e papéis desarrumados.Em frente a essa mesa havia esse alguém sentado em uma cadeira.
-Lhe apresento seu parceiro, - disse o comissário Miller - Matt Taylor.
O rapaz sentado na cadeira olhou para Samwell com desinteresse.Ele parecia ser mais novo que o próprio Sam, em torno de uns vinte anos.Tinha os olhos acinzentados, cabelo negro escorrido e penteado para o lado.Matt era magro e esguio, e parecia tão sonolento quanto Sam.
-Oi - disse o rapaz, voltando a digitar no teclado do notebook.
-Ele é um dos "meninos prodígios" do departamento. - continuou o comissário - Eu achei bom colocá-lo com você, já que são tão jovens.
Matt continuou a digitar em uma velocidade absurda no teclado, sem desgrudar o olho do notebook.O comissário o observou por um momento e depois voltou a se dirigir à Sam.
-Bem, preciso ir.Espero que goste da delegacia, Sanders. - E saiu.
Meu nome não é Sanders pensou Sam, rindo.
Ele se sentou na sua mesa e retirou seu notebook da bolsa que havia trazido.
-À algum caso para gente? - Perguntou Sam para o seu parceiro.
Matt demorou alguns segundos para responder.
-Sempre à casos em Nova York.
-Em qual iremos trabalhar?
-Houve um furto de dois veículos no Queens...
Um grande policial forte e careca se aproximou dos dois.
-Detetive Taylor? Acabei de receber uma denúncia.Homicídio, um homem desconhecido atirou e matou um homem que andava pela calçada.Isso ocorreu a poucos quarteirões daqui.Você e o Detetive Scott irão para lá imediatamente.
-Hm.Que chatice. - disse Matt, depois de finalmente parar de digitar. - Iremos ir agora, Sanchéz.
Em dez minutos, Sam dirigia uma viatura com Matt Taylor ao lado.A rua estava movimentada e interditada por policiais.Quando se aproximou, parou o carro e ambos se dirigiram para a cena do crime.
-Olá, olá, olá. - disse Matt para os polícias, com o mesmo desinteresse que havia sido com Sam momentos antes. - Onde está o corpo?
-Me siga. - disse um dos policiais.
Eles andaram até a calçada e observaram o homem.Ele havia morrido rapidamente, a bala havia atravessado sua garganta.O corpo jazia deitado de lado no chão, quando Matt virou o corpo, Sam ficou aterrorizado.O homem era careca, tinha curiosas cicatrizes em forma de linha sobre os olhos até o queixo.Mesmo depois de morto, ainda sorria, o mesmo sorriso banguela que havia assustado Sam horas mais cedo.

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Entre Sonhos e PesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora