Entre Sonhos e Pesadelos

3. Encontros e Desencontros

    -Levem ele para autópsia - disse Matt- E rápido.
   Sam ainda olhava para o morto.
    -Você conhece a vítima? -Perguntou Matt, reparando na expressão assustada de Sam.
    -Não.Eu havia visto ele um pouco antes de chegar no departamento.Só isso.
   Os dois se viraram e entraram no carro.
    -Parece que o homem que atirou usava uma pistola parecida com as nossas.Isso não indica que ele seja um policial, pois há várias armas em Nova York igual a nossa. - disse Matt Taylor com ar sério.
    -Por que alguém mataria ele? - disse Sam, apontando para o morto através da janela do carro.
    -Bem, há  vários motivos.E esse cara aí é bem estranho.
   Matt ligou o carro e adentrou as ruas movimentadas da cidade.

  Horas mais tarde, Sam pensava no homem morto enquanto preparava a comida.E se o homem já sabia que ia morrer? Então foi na frente do carro e sorriu propositalmente?
    -Aí - O dedo de Sam sangrava depois de a faca atingir o dedo em vez da cebola.
    -Parece nervoso - disse uma voz feminina.
    -Nat - Disse Sam, depois de colocar um curativo no dedo. - Estou cansado por causa do trabalho, não precisa se preocupar.
    -Tudo bem.

   Tudo estava escuro.Sam sentia o vento lhe tocar a pele, enquanto olhava para um mar de escuridão.Inexplicávelmente, Samwell se encontrava em um pequeno morro em frente ao mar.Conseguia ouvir as ondas baterem nas pedras.
    Havia uma senhora fazendo crochê sentada no banco em frente à Sam.Quando ele se aproximou ao banco, ela sorriu.
    -Vamos, sente ao meu lado. - disse a senhora bondosamente - Receio que me conheça.
    -Sim, Mãe.
    -Foi aqui que conheci seu pai.Ele vinha com alguns amigos, quando nos vimos foi amor a primeira vista. - A senhora lançou um olhar apaixonado para o horizonte.
    -Hoje teve um dia difícil, bem sei. - continuou ela - Mas não desista.Talvez   isso tudo passe, talvez não.Precisa aceitar seus defeitos, para ver suas qualidades, não esqueça disso filho.
   Ela olhou para o mar por um tempo, depois olhou para o relógio que tinha no pulso.
    -Está na hora de ir, querido.Ela precisa de você.
    -Ela?
    -Você saberá em breve.Agora adeus.
   A mãe de Sam se levantou e se dirigiu para o mar e desapareceu.Sam de se sentiu sozinho, até uma grande luz aparecer.Sam se levantou lentamente e tentou tocar a luz, quando isso ocorreu, sentiu alguém puxa-lo para a dentro da luz.
   Samwell viaja em um túnel de luz.Conseguia ver algumas imagens, a maioria era de Natasha chorando ou de policiais atirando.Sam queria que aquilo acabasse logo.E acabou.
   Quando acordou do pesadelo, sua visão estava embaçada, mas percebia que seu corpo tremia.
    - Nat.
   Ela não respondeu.Sam tentou toca-la, mas ela não estava deitada ao seu lado.
    - Nat?
   Ele se levantou e correu para a sala, mas ela não se encontrava ali, nem no banheiro e nem na cozinha.
    - Nat!
   Ele correu pelas escadas em busca dela.O porteiro deu um olhar assustado quando viu Sam gritando.
    -O que foi senhor?
    -Natasha, ela sumiu.
    -Eu não vi ela senhor.Sinto muito.
   Sam estava desesperado. "Ela precisa de você". O que aquilo significava?
   Tudo estava estranho, muito estranho.Sam correu para o meio da rua.
    -NATASHA!

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