Capítulo 2

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Puta merda!

Droga de tempestade, droga de Estados Unidos, que merda eu fui me meter. Depois de passar quase o dia inteiro ouvindo minha ex namorada choramingar no meu ouvido porque terminamos, meu vôo ainda é cancelado.

Também seu burro foi terminar com a moça justo no natal agora está pagando por todos os seus pecados. Vou passar o natal no aeroporto, nunca liguei em passar o natal sozinho já que minha mãe morreu quando eu tinha 9 anos e meu pai simplesmente esqueceu que tem um filho, mas eu costumo passar no meu apartamento e na companhia de alguma foda. Mas parece que esse ano as forças da natureza estão contra mim.

Tenho vontade de sair socando tudo que encontrar pela frente de tanta raiva que eu estou.

Abaixo minha cabeça e apoio­ a nas mãos. Suspiro e respiro fundo para não perder a cabeça e jogar algum funcionário no chão e começar a socar cara dele.

Por que eu tive que arrumar uma namorado justo que morasse nos Estados Unidos?

Malditas modelos.

Ouço alguém discutindo com a atendente que está sentada no balcão pelo jeito eu não sou o único que está nervoso nessa sala irritante.

Observo a garota que está discutindo a atendente ela é alta com cabelos pretos, seu corpo está coberto por um enorme casaco bege. Fico observando­- a por um tempo a garota é linda seuvrosto formam caretas engraçadas de acordo com a irritação. Ela volta para o lugar e joga os cabelos de um lado pro outro como um tique nervoso. Por um momento observando­ a consigo esquecer todo esse dia fatídico. Até que meu dia talvez não se torne tão desastrante.

Sorrio com esse pensamento e começo a montar um modo de me aproximar da tal garota, o que tem que ser bem elaborado já que ela é bem nervosinha. Olho meu celular e vejo que ainda são 20:17 na Carolina do norte, daqui a poucos minutos será natal no Brasil e eu ainda aqui nessa droga de aeroporto preso por causa de uma tempestade. Volto a olhar para a garota e não a vejo mais, droga perdi­- a de vista. Olho em todo ao redor da sala. Um garçom passa na minha frente oferecendo algo para comer e atrapalha a minha caça. Quando ele sai vejo- ­a voltando com um monte de sacolas. Ela coloca tudo em cima da mesa e observo- a até um presépio ela comprou o que me faz rir com a tentativa de montar uma pequena ceia. Até que ela é bem criativa. Olho em toda a sala e percebo que ela é a mais bonita de todas as mulheres.

Resolvo me aproximar o máximo que pode acontecer é eu ganhar um fora, mas meu dia foi tão ruim que um fora vindo da parte dela seria a melhor parte.

Vou caminhando lentamente ate a sua direção não faço mínima do que eu vou falar pra ela só quero me aproximar. Ela está de cabeça baixa analisando uma mini torta que aparenta ser de limao e não percebe eu me aproximando.

- Poço sentar? – pergunto, Ela olhou­- me dos pés a cabeça e eu não pode deixar de sorrir pela sua pequena avaliação, quando ela chegou até meu rosto percebi que de perto é ainda mais bonita possui olhos castanho escuros, mas que não são sem graça por ao contrário deu- ­lhe um ar selvagem, a pele bronzeada de uma tipica brasileira, não consegui não ficar exitado com o suspiro que ela dera ao me olhar nos olhos, pelo menos não sou o única afetado por aqui.

­- Claro, fique a vontade. ­ ela disse depois de um tempo.

Sentei­- me ao seu lado e olhei a sua tentativa de ceia. Havia pão, pudim, bolo, algumas tortas tudo em porção pequenas. Percebi que ela sorria enquanto eu analisava sua ceia.

-­ Foi minha única saída pra eu não me sentir tão deprimente nesse fatídico natal. ­- Sorri, a ideia dela foi muito criativa.

-­ Bom agora posso lhe fazer companhia, se você aceitar claro. ­- digo jogando todo o meu charme.­ Ah claro será muito melhor com você. ­ ela sorri de um jeito meio doce fazendo uma careta engraçada, mas bonitinha.

­- Prazer meu nome é Gabriel Amaral. ­ estedo­lhe minha mão para que possamos nos comprimentar.

­ Sou Lorena Melo. ­ ela estende sua mãe e imitando o meu gesto e nos cumprimentamos com o velho gesto.

­- E então Gabriel quem é você no jogo do bicho? -­ ela pergunta com o tom de piada, sorrio também.

-­ Acho que não posso me considerar alguém do do jogo do bicho, mas alguém do jogo da

vida. ­- sorrio e ela também. ­- sou um humilde advogado do rio do janeiro.

-­ Olha um advogado, meu pai sempre disse, "não confie em advogados." ­- ela diz imitando uma voz engraçada.

Sorrio com o seu comentário, Lorena é uma pessoa bem espontânea, sinto­ me a vontade ao conversar com ela.

-­ Mas eu garanto que você pode confiar em mim, palavra de escoteiro. ­- cruzo os dedos e os beijos.

Ela sorri com o meu gesto o que me faz sorrir também, na verdade é muito fácil fazê­- la sorrir.

-­ E Você o que faz?

­ - Sou formada em jornalismo.

-­ Uma jornalista, as pessoas sempre me disseram que jornalistas são todos mentirosos. ­-digo para irritá­la.

-­ São pessoas que não sabem de nada, e bom eu trabalho por contra própria. -­ ela diz fingindo estar irritada.

-­ Faltam vinte minutos para o natal no Brasil. ­- ela diz olhando para o celular. ­- Daqui a pouco minha mãe liga. -­ ela olha pra mim e sorrir. ­- E então senhor Amaral fale- ­me de sua família. ­ela sorrir de um jeito doce.

Falar da minha família não é um assunto que eu goste de falar, na verdade não tem nada para falar. Minha mãe morreu quando eu ainda tinha 9 anos e me pai se distanciou, não tenho irmãos, a mãe da minha mãe morreu 5 anos depois dela e não tenho contato com a família do meu pai, não é um assunto que eu gosto muito de discutir.

­ - Não há nada o que falar. ­- digo.

­ - ah não é possível deve ter alguma coisa, você tem irmãos, sobrinhos? Qualquer coisa? ­- ela insisti.

­ - Minha mãe morreu e eu e meu pai não nos falamos muito. -­ olho- ­a e o que eu não queria aconteceu, ver a pena nos olhos da pessoa.

­ - Eu sinto muito. -­ ela diz.

-­ Tudo bem foi a muito tempo, mas e Você conte da sua familia. ­- tento afastar o clima ruim.

E o brilho de seus olhos voltam com tudo, ela conta de toda a sua família dos sobrinhos, os 5 irmãos a mãe e o pai, sua relação com eles, das cunhadas, quem é casado ou não de tudo.

Não consigo deixar de sentir uma pontada de inveja.

É palpável o amor que Lorena sente por eles, ela sorri com cada coisa que conta, de todas as suas aventuras em família que são muitas.Lorena é uma mulher incrível é quase impossível não se sentir atraído por ela, de depende bateu uma vontade imensa de provar de seus lábios grossos, e é isso que eu faço Lorena para de falar quando ver o que estou prestes a fazer.

Desastre PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora