capítulo 3

205 14 3
                                    

Droga! - murmuro internamente, estávamos quase indo, mas tivemos que parar no quase.

Argh!

Pessoas inconvenientes, provavelmente era minha mãe, mas mesmo assim não deixava de ser empata beijo.

Nos afastamos devagar, tanto eu quanto ele estávamos frustrado com o nosso quase beijo. Pego meu celular e verifico a hora, já é natal no Brasil e claro minha mãe nunca deixaria de me ligar.

- Oi mamãe. - digo tentando afastar a frustração para que ela não perceba.

- Feliz natal minha filha. - tive que afastar o telefone da orelha por causa do barulho, provavelmente a minha "big familly" está toda reunida como todos os anos, dona Júlia não deixa nem um filho e neto passar natal longe dela se caso acontecer ela deserda.Provavelmente ela está arrasada que esse ano não estou com eles. Bom vou contar um pouco da minha família pra vocês, eu tenho 5 irmãos, quatro deles são casados e eu e outro irmão continuamos solteiros. O mais velho tem 36 anos e se chama Bruno, depois vem o Leonardo que tem 31, depois vem eu com 27, tem o gêmeos, sim minha mãe teve gêmeos, Letícia e Arthur eles tem 23 e tem o Lucas o mais novo que tem 19. O Bruno possui 3 filhos, O Leonardo 2, a Letícia 1, o Arthur 3 também. E eu e o Lucas somos os milagres do universo, tudo bem que eu estou falando de um garoto de 19 anos, mas o mundo está tão evoluído que eu e ele somos um milagre.

- Feliz natal pessoal. - ouço ao fundo os filhos do meu irmão do meio gritando.

Quando ele engravidou a minha cunhada Ana, minha mãe os obrigou a casar e hoje estão até hoje, dona Júlia é um tipo de pessoa bem antiga engravidou casou, não importa em que circunstâncias se encontram, mas tem que casar.

- Oi meus amores, feliz natal.

- Tia "voxê" tá "tazendo" "pesente"? - acho que Valentina pergunta.

Droga!

Esqueci dos presentes daqueles pestinhas, droga. Olho ao meu redor e observo a lojinha, tem algumas bugigangas deve ter algo de legal ali não é possível.

- Claro pequena, estou levando muitos presentes. - digo para as crianças esperançosas do outro lado da linha.

- Ooobaaaaaa. - Afasto o telefone para não sair prejudicada com essa ligação. - Querida esperamos você aqui, um beijo. - meu pai diz ao telefone, o telefone fica em silêncio e de repente todos gritam. - FELIZ NATAL!

Sorrio com a minha " big familly" que quase me fez chorar, eu disse quase. Olho para o homem lindo ao meu lado e percebo que está com um semblante triste, pelo jeito falar de família mexe com ele.

Pego a mão dele e dou uma apertada de leva transmitindo forças. Ele sorri de volta.

Lembro que eu preciso arrumar presentes para as milhares de crianças que compõem aquela família. Pego um pedaço de bolo industrializado que ainda estava na mesinha em frente a minha poltrona, e coloca na boca.

- Preciso ir a lojinha comprar algo para as crianças. - digo mostrando desânimo na voz.

Levanto- me de uma vez só para ver se espanto a preguiça que se a ponderou de mim. Olho para as coisas em cima da mesinha e penso o que farei com elas.

- Deixa aí acredito que ninguém venha pegá-los. - Gabriel fala parecendo ler meus pensamentos.

Dou um sorriso fraco em sua direção e começo a pegar minha mala de rodinhas, cor de rosa e começo a caminhar em sentido a loja. Gabriel pega minha mão e entrelaça nossos dedos, fico surpresa, mas não demonstro adorei a sua atitude, viro a cabeça para o outro lado para que ele não posso ver o sorriso bobo que se formou em meu rosto.

Desastre PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora