capítulo 5 - final

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Rio de Janeiro como eu te amo. - penso assim que eu respiro o ar carioca.

A chuva fina que caia como em todos os natais não me incomodava por ao contrário trocar neve por chuva é maravilhoso. Levantei minha cabeça para receber as finas gotas d'água, respirei bem fundo até meu pulmão doer o ar quente da cidade maravilhosa, por mais que estivesse chovendo o ar quente ainda se fazia presente por aqui.

Senti alguém pegar minhas mãos e não precisei olhar para saber de quem é esse toque quente.

- E agora? - ele pergunta.

- Não faço a mínima. - olho para sua direção e vejo-o me observando.

Passar cada minuto ao lado do Gabriel foi perfeito, pensar que agora cada um vai para o seu lado bate- me uma estranha sensação, acho que tristeza.

Ele me puxa em sua direção e beija- me lentamente, em poucas horas acho que fiquei viciada em seus lábios. Seu beijo é lento como se fosse o último, me bate uma tristeza. Afasto-me lentamente quando percebo que estamos no meio de muita gente. Encosto minha testa na dele e fecho meus olhos só sentindo sua respiração.

Eu fiqui o voo todo pensando o que aconteceria quando nós tocássemos o solo brasileiro e não cheguei a nenhuma conclusão.

- Há alguem te esperando? - pergunto depois de um tempo.

Gabriel parece receoso antes de responder.

- Não, irei para o meu apartamento. - ele parece estar um pouco invergonhado.

- O que acha de ir comigo passar o natal com a minha família? - pergunto.

Sei que vai parecer loucura eu levar um estranho comigo, por mais que passei mais de 16 horas em sua companhia não significa que eu o conheça, por mas que gabriel me passa segurança e eu sinto que posso confia nele, porém continua sendo perigoso Eu levá-lo para passar o natal comigo. Mas não quero deixá-lo passar o natal na companhia da televisão, claro que não, o natal é muito mais que isso e eu quero que ele volte a ter isso com ele.  

Vejo sorriso brotando em seu rosto, ele parece ser um menino  em defesa e eu só quero cuidar desse menino.

- Sabe Srta. Melo esse foi um dos melhores convites que já recebi e olha que já recebi vários. - ele sorri e vejo um sorriso sincero.

Sorrio também sem conseguir esconder minha animação.

- Será perfeito, devemos chegar a Angra dos Reis rápido, não deve ter trânsito.

Ele sorrir e me beija, um beijo lento, mas posso sentir o desejo que germina de nós dois. Sorrio ainda em seus lábios.

- Acho que estou viciado em seus lábios. - ele diz.

- Achei que eu fosse a única. - ele sorrir e volta a me beijar.

Vamos em direção aos milhares de táxis que se encontram na frente do aeroporto.

Sei que minha família irá receber Gabriel de braços abertos isso posso ter certeza que não haverá problema, porém meu irmãos me preocupam. Já contei pra vocês que meus irmãos são ciumentos? Pois bem eles são e muitos, quando eu comecei a namorar o inseto do meu ex noivo ele sofria com os meninos. Mas não reclamo, me sinto protegida por eles, eles são o máximo.

- Oi mãe. - digo assim que ela atende o telefone.

- Oi querida já está chegando? - ela pergunta e eu consigo escutar o falatório.

- Sim mãe e estou levando alguém comigo. - digo.

Gabriel me olha meio receoso, mas eu dou um sorriso para tranquilizá-lo.

- Não é o seu noivo não né?

Minha mãe não tinha nada contra o meu ex noivo, mas não gostava muito dele.

- Não mãe, conheci outra pessoa. - agora eu estou receosa.

- Que bom minha filha, estamos esperando vocês.  Pessoa a Lena está trazendo um namorado novo. - ouço minha mãe gritando e de repente o telefone ficou mudo. E logo depois um estrondo de vozes ao mesmo tempo.

"Que merda de namorado novo Lorena?" " Que bom que você não está mais com aquele rapaz, qual era mesmo o nome dele?" "Isso ae cunhadinha parte pra outro." "Tia tá 'tazendo' os 'pesentes' ?" "É foda esse negócio de Lorena namorar o tempo todo, mãe nós deveríamos interná-la."

Minha família diz tudo isso ao mesmo tempo e eu não aguento e começo a rir. Essa é a minha família, eu não disse que eles iriam receber o Gabriel muito bem. Como o telefone estava no viva-voz Gabriel conseguiu ouvir tudo.

- Você deve estar assustado, mas eles são boas pessoas. - digo por fim.

- Não tenho duvidas. - ele sorrir - Acho que você foi o melhor presente que papai noel poderia ter me dado esses anos todo. O meu desastre perfeito. - ele começa a me beijar e eu sorrio o tempo todo em seus lábios.

Desastre PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora