- 𝖡𝗈𝖺 𝗆𝗈𝖼𝖺 -

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Noah's pov

Eu acordei um pouco tarde, depois dessas noites mal dormidas no hospital, não estou reclamando.

Levantei fiz minhas higienes e fui comer alguma coisa.

Fiquei um tempo de bobeira e fui para meu estúdio para tentar compor. Mas sou interrompido por batidas na porta.

— Filho, tem uma menina lá em baixo querendo falar com você. - minha mãe diz e eu estranho, pois não estava à espera de nenhuma pessoa hoje. - Parece importante.

Dito isso eu fui. Descendo as escadas dou de cara com Sina. Ela estava com a barra da saia rasgada, seus olhos vermelhos, o rosto inchado, maquiagem um pouco borrada.

— Noah. - ela diz assim que me vê, e se joga em meu colo chorando. - Desculpa por você me ver nesse estado.

— Não tem problema, afinal, o que aconteceu Sininho? - pergunto depois dela se acalmar.

— E-eu fui estuprada, de novo. - ela diz tão baixo que sai igual a um sussurro.

Pera, como assim de novo? E por quem?

Mil perguntas e coisas se passavam pela minha cabeça nesse momento. Mas não fazia questão de nenhuma resposta. Só me preocupo com ela agora.

— Como assim de novo, Sina? - vi ela respirar fundo. - Olha, não precisa contar se não quiser.

— Não, eu vou contar. - respirou fundo de novo e começou. - Quando eu era mais nova, eu namorei um menino chamado Charlie, conheci ele numa boate, namoramos por 6 meses , no começo ele era um amor, era carinhoso e atencioso. Mas semanas depois ele mudou, nisso eu descobri que ele traía, terminamos, ele se mostrou arrependido, pelo menos eu achava. Ele voltou a me tratar mal, me batia frequentemente e sempre tocava no assunto para termos relações sexuais, mas eu não estava preparada, até que um dia ele me levou na casa dele no dia do nosso aniversário de namoro e me estuprou, junto de mais dois caras, sem dó nem piedade. Terminei com ele, e agora ele voltou a me perseguir. - ela já estava chorando de novo. - Hoje eu estava entediada lá em casa e decidi sair pra desenhar, sentei num banco na praça aqui perto, ele se aproximou de mim e me provocou, me levou para um beco e aconteceu o que você já sabe. - chora mais ainda.

Se eu fiquei em choque com tudo isso? É claro. Minha missão agora é proteger a Sina. Não sei o que acontece, mas eu tenho a necessidade de vê-la bem e fazer de tudo para protegê-la.

— Sininho, a partir de hoje eu vou cuidar de você, e nunca vou te abandonar. - digo acariciando seu cabelo.

— Não prometa coisas que você não pode cumprir, Urrea. - ela levanta a cabeça do meu colo e me encara.

— Eu prometo. - digo convicto.

Ela não disse nada, apenas me abraçou forte, que não dava vontade de largar. Percebi que sua respiração estava calma, deduzi que dormiu.

A levei para o quarto de hóspedes e fui conversar com a minha mãe.

— Você gosta dela né filho? - minha mãe pergunta e eu desvio o olhar. - Não adianta desviar o olhar não. Está escrito na sua testa. Nunca vi você tão cuidadoso com alguma menina, você a olha com um brilho no olhar. Ela parece ser uma boa moça. - ela termina de colocar algumas coisas em sua bolsa.

Sem querer amei você - Noart ( Concluída )Onde histórias criam vida. Descubra agora