FINALLY

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Diante de lágrimas derramadas por todo o meu rosto, sujando cada pedaço do meu corpo, estou a espreitar cada sigla do meu vocabulário. Crises e soluços cortantes, rasgam cada pulsação, veia, monumento do meu ser. Me pergunto quando as pessoas serão mais solidárias, quando elas irão começar a prestar mais atenção nos detalhes de um outro alguém. Sei mais do que ninguém, o poder que é cada palavra, ela machuca, corta, rasga, queima, fortalece, aquece, protege. Por saber da importância disso, elas machucam mais em mim do que qualquer outra pessoa. Quando machuca, ela entra em câmera lenta como uma faca, bem devagarinho, para que possa perdurar mais, queimar mais, machucar mais. É difícil se sentir impotente, não conseguir ajudar mesmo conhecendo tantas palavras acolhedora, mas a outra pessoa precisa querer também, precisa aceitar de coração aberto as boas ações do outro. Aprendi que nem sempre dias felizes duram mais do que, 20 minutos , 30 minutos, 1 dia. Aprendi que os meus batimentos tendem a descer a linha da vida, porque cada dia, é um batimento a menos. São poucas pessoas que olham de verdade o que tem dentro de você, e ajuda a segurar um pouco da carga, mas, mesmo que tenham esse alguém, sentem -se sozinhos. É difícil entender o quão doe, o quão machuca, como se você estivesse perdida, não conseguisse respirar, é como se tivesse caindo dentro da água, em um mar qualquer, sem saber nadar. Essa dor é como se fosse um afogamento, por mais que você saiba nadar, você se afoga, porque é uma dor que te faz perder o ar para respirar. Ela te desmaia, te afoga, te trás dor pelo o corpo inteiro, e você consegue pensar em como tirar isso de você. Ela te corta por dentro, cada veia sanguínea, mas, apenas seja forte, você consegue, porque, tudo que acontece de ruim na vida da gente, é pra melhorar.

- Giovanna Jady

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