— Nós vamos. — Pedro falou, interrompendo Bia. Amanda e Alice se viraram para o rapaz em choque.
— Pedro, sua perna... — Alice ponderou, apontando para a perna engessasa de Pedro com o nariz.
— Não importa, eu fico na retaguarda, usando alguma arma... — Pedro ergueu os ombros e voltou o olhar para Bia — Onde eles estão?
Os olhos da garota brilharam, cheios de lágrimas e um estranho sentimento de esperança misturado com o desejo da vingança.
Amanda balançou a cabeça, e suspirando fundo, entregou a espingarda que carregava para ele antes de se virar para Bia encarando-a seriamente.
— Vamos então. — Amanda suspirou fundo, se encorajando.
Alice pegou o pé de cabra com firmeza neste instante, e Amanda massageou a lâmina do cutelo com a ponta de seus dedos. Bia se dirigiu até a porta gradeada também já se armando, e guiou o trio pelos corredores mal iluminados com cautela.
Após longos minutos, os quatro se viram por fim em frente à uma enorme porta dupla, pintada com escrituras desconhecidas por eles. Amanda sentiu um calafrio subir a nuca ao ver que aquilo era sangue.
— Eles estão...? — Alice sussurrou para Bia, que confirmou com um aceno.
Num passo rápido e sem perder tempo com cerimônias ou qualquer outra coisa que fosse, Bia tomou a frente e abriu a porta com um ombro, atravessando para o outro lado já apontando com sua arma para frente em busca do primeiro alvo.
— O que...? —A mulher de vermelho foi a primeira a avistar a intrusa.
Num movimento instintivo a Mãe se levantou de sua mesa, puxou sua filha para si e se abaixando, cobrindo a garotinha a tempo de protegê-la do disparo efetuado por Bia. Um buraco se abriu no ombro dela, e o sangue espirrou no tapete branco abaixo de seus pés quando ela caiu sobre o corpo da pequena.
Alice entrou logo em seguida, e ao ver que o homem de máscara de gato avançava em direção a Bia, correu rumo a ele interceptando-o com um golpe rápido. O pé de cabra da garota cravou no ombro do homem, que bufou em dor, mas ele rapidamente agarrou Alice pelo pescoço, prensando-a contra a parede.
Amanda, carregando Pedro em seu ombro, entrou por último. Ela encostou o rapaz na parede de tijolos e se virou para dentro do aposento, olhando ao redor. Ela estranhou como aquele lugar tinha um ar luxuoso e ao mesmo tempo macabro. As paredes de tijolos, o piso de madeira velha e arranhada e o teto descascado destoava dos móveis com detalhes dourados. Ela não teve tempo para notar muito mais, o grandalhão de tronco nu a alcançou em passos longos, desferindo um soco em seu rosto.
— Filha da puta...! — Amanda gritou gritou.
O homem preparou para outro soco contra Amanda, mas ela desviou do ataque rapidamente, aproveitando a guarda aberta do homem para desferir um golpe com o cutelo, cortando a coxa de seu adversário.
Com um grito ele recuou, e Pedro atirou contra ele, acertando o homem no peito. O impacto do tiro fez com que o homem voasse no ar, caindo de costas no chão. Pedro, sem hesitar, deu um segundo tiro, abrindo um buraco abaixo do olho de seu alvo.
Amanda se virou, analisando o cenário caótico que a cercava, e viu o outro homem agarrando Alice. Sua irmã lutava bravamente para se desvencilhar das mãos que lhe apertava o pescoço, mas ela era mais fraca que ele, então em um rompante, a mais velha correu em direção a eles, e cravou o cutelo nas costas do homem.
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Noite Sangrenta
Horreur[História interativa] [+18] Um grupo de jovens universitários decidem acampar em uma mata isolada, a fim de comemorar o aniversário de um deles. O que eles não esperavam era que cruzariam o caminho de uma família de assassinos cruéis, que farão de t...