Capitulo 4

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BIANCA ANDRADE

Maldita seja a pessoa que está me ligando à uma hora dessas. Bufei irritada levando minhas mãos até meu rosto. Senti um peso em meu peito e abdômen e abri um sorriso ao olhar para baixo. Era sempre maravilhoso acordar com Rafaella toda encolhida agarrada a mim. Toda vez ela me agarra com tanta força, parece ter medo que eu vá fugir ou algo assim durante a noite.

— Deixa tocar... e para de ficar me encarando.

Ouvi seu resmungo manhoso e sonolento, ela não estava dormindo como eu suspeitava. Rafaella suspirou e se agarrou mais em mim, me apertando com força. Sorri ao constatar mais uma vez quão fofa ela fica quando faz birra por ter sido acordada e ainda estar com sono.

— Como sabia que eu estava te olhando?

Perguntei fingindo surpresa e ela deu um apertão na minha cintura, soltando uma risada baixa.

— Eu sempre sinto quando você fica me encarando, Bia.

— Seu amor por mim é tão grande assim? – Brinquei e acabei ganhando um tapa na coxa, bem forte por sinal. Fiz uma careta, encolhendo-me por reflexo. — Ai, Rafa...

Choraminguei levando minha mão até o local que ela bateu e alisei minha pele, tinha certeza que ficaria vermelho. Rafaella abriu os olhos e olhou para mim com um sorriso travesso, obviamente ela iria debochar de mim.

— Doeu foi, bebezão?

Debochou com uma vozinha de neném só para me provocar, rolei os olhos ainda esfregando minha coxa que estava ardendo na área que ela havia batido.

— Você vive me batendo.

Reclamei dramatizando.

— Isso é amor.

Rebateu, rindo.

— Que relação masoquista é essa? Entre tapas e beijos?

— Sim, exatamente assim.

— Hm. Bom... O tapa já foi, agora falta...

Deixei a frase no ar e ela me olhou com uma sobrancelha arqueada.

— Falta...?

Fez-se de desentendida, mordendo a pontinha da língua. Era nítido em seu olhar que ela havia entendido o que eu deixei subentendido.

— O beijo... Oras.

Falei como se fosse óbvio, erguendo minhas sobrancelhas e encarando-a com uma falsa expressão de incredulidade.

— Oh...

Ela subiu em cima de mim e me deu um beijo na testa.

— Mais para baixo, Rafa.

Ela me olhou por uns segundos com um sorriso safado no rosto e assentiu. Pensei que iria ganhar um beijo na boca, mas Rafaella sempre me surpreendia. E nem sempre era do jeito bom. Seus olhos brilharam travessos quando ela se abaixou e me deu um beijo sobre os dois olhos, fazendo-me rir de sua provocação.

— Aqui?

Sussurrou baixinho e eu continuei com os olhos fechados, inalando seu delicioso aroma.

— Mais para baixo.

Sussurrei no mesmo tom que ela e pude ouvi-la soltar um suspiro pesado. Senti-a escorregar sobre o meu corpo, indo mais para baixo. Mantive meus olhos fechados, apena usando a imaginação para visualizar suas ações. Rafaella beijou meu queixo com uma delicadeza e sensualidade que me deixou toda arrepiada, intensificando a sensação quando ela completou aquele ato com uma mordida.

A Melhor Amiga da Noiva - Adaptação RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora