A Melhor Amiga da Noiva - Adaptação Rabia

Capitulo 9

Rafa Kalimann

— To em frente à sua casa, madame, será que dá para se apressar aí?

— Já estou saindo, impaciente.

Ouvi ela resmungar alguma coisa e desliguei o celular.

Bianca quando quer, consegue aparentar ter uns duzentos anos. Dei uma última olhada no espelho e sorri com o resultado.

Bianca, as meninas e eu iríamos na Marquee, só porque a Marcela pediu e me garantiu que a Bárbara piranha não estaria lá, não suporto aquela mulher. Ô mulher insuportável, e coitada, se acha dona da Bianca, nem eu me sinto dona dela, quem dirá essazinha aí.

Eu não sei porque, mas estou com a sensação de que eu não deveria ir hoje, até tentei convencer Bianca a não ir, mas ela pareceu bastante determinada em ir. Tive que concordar, não teria como mudar isso mesmo.

— Até que enfim, margarida.

Apenas revirei os olhos para não dar uma resposta bastante malcriada a ela.

— Oi para você também meu amor, tudo bem contigo? Ah claro, comigo está tudo bem.

Falei ironicamente abrindo a porta do seu carro e entrando em seguida.

Elogiou-me agora mais calma quando entrei em seu carro, eu sorri em agradecimento.

— Você também está linda, rabugenta.

Provoquei-a e ela riu.

— Vamos lá.

Quinta-feira, meu último dia no Rio antes de eu ficar ausente por seis semanas, agora sim eu estou literalmente pirando, eu não sei como vai ser ficar longe de tudo aqui e longe das meninas, principalmente da Bianca... mas eu preciso provar para os meus pais que eu consigo me virar sozinha.

Assim que paramos em frente à boate, Bianca começou a fazer aquela expressão desolada por saber que alguém iria dirigir seu carro sem ser ela.

— Bianca, pelo amor de Deus, é só um carro.

Brinquei e ela me olhou furiosa.

— Não é só um carro, é o meu...

— Bebê, eu sei desse blá blá blá todo aí.

A cortei antes que ela começasse a discursar sem parar, ela bufou saindo do carro.

Tpm é um problema mesmo viu?

— Essa sua tpm é um saco, sabia?

Falei para ela depois que já estávamos quase na porta da Marquee, ela bufou outra vez.

— Não estou nos meus dias, Rafaella.

Falou irritada e quem bufou agora fui eu.

— Não parece.

Murmurei baixo, porém sei que ela escutou, mas pelo menos não falou nada dessa vez.

Assim que nos avistou, Daniel veio até nós animadamente como sempre.

— Meninas, que prazer revê-las.

Sorriu para nós que sorrimos de volta. O segurança abriu a portinha e nos deu passagem.

— É um prazer também, Dani.

Bianca o saudou agora menos rabugenta, eu a olhei incrédula... essa tpm é só comigo?

— Bárbara perguntou por você.

Ouvi ele contar bastante sugestivo para Bianca, saí dali antes que eu matasse aquele magricela somente por tocar no nome dessa... coisa.