CAPÍTULO 1

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♡  Revisado! 

Ellie:

"Só eu sei o que eu passei e o que eu vou ter que passar." – Dina Di

Era uma noite qualquer, esse horário todos já estavam dormindo, eu senti muita vontade de ir no banheiro, droga eu não ia aguentar até de manhã, levantei e fui no escuro mesmo, não era longe da onde eu estava, a ala feminina das adolescentes, geralmente ficavam uma ou duas mulheres dormindo por perto, os corredores estavam vazios, fiz o que tinha que fazer e voltei pelo mesmo lugar. Ele estava no canto encostado a onde só dava para ver sua sombra, ele não deveria estar ali, a ala masculina ficava do outro lado.

- Não é seguro andar no escuro, por ai! – Ele me falou com um sorriso de canto, eu me arrepiei completamente, naquele momento me senti nua, com meu pijama curto, olhar me queima e não é do jeito bom.

- Eu já estou voltando, fui ao banheiro. – Baixei a cabeça e tentei passar por ele, mas pegou no meu braço e me prensou na parede, eu não conseguia ver muita coisa apenas a sombra, porem de perto dava para ver os olhos escuros e vi algo que não estava acostumada, o desejo.

- Shiu, não grita, que quando isso acabar, você não vai contar para ninguém e mesmo que tente, acha mesmo que alguém vai acreditar? – Sua mão desce pelo meu corpo, me apertando, me presando contra a parede – Vai ser minha putinha até eu cansar e não vai ser a única vez, - Sua mão apertou a minha garganta, eu não sabia o que fazer, congelei naquela parede gelada, sem reação. – Que corpo, maravilhoso, hm, quem sabe você até não goste, vem.

Ele me puxou pelo corredor, passando pelo quarto que eu deveria entrar, continuo andando até o seu quarto, não havia ninguém ali com ele, as lagrimas desciam pelo meu rosto em silencio, será que eu sou a primeira? Isso nem me importava, no fundo eu sabia que iria perder a minha inocência, que o meu inferno estava prestes a iniciar. Ele fechou a porta, nem do lugar eu saí, por trás de mim, desceu meu short e me fez sair dele, puxou a minha blusa por cima, eu estava sem sutiã.

O meu corpo estava ali a sua disposição, me colocou no meio da cama e para tampar as lagrimas colocou um travesseiro no meu rosto, fechei meus olhos com força, ele passava as mãos imundas pelo meu corpo, se demoravam na garganta, nos meus seios ele apartava com força, descia me lambendo, era como uma adoração estranha, abriu as minhas pernas dobrando o joelho no máximo, deixando a minha intimidade exposta pra ele, começou a passar a língua no centro esfregando ao máximo.

Senti a movimentação da cama, quando jogou o corpo por cima sem colocar todo o peso, eu fechava os olhos ao máximo que conseguia, as lágrimas escorriam como rios que corriam, senti as estocadas que me rasgavam, a dor era pior que eu imaginava, me virou de bruços e mais estocadas, começou a pincelar o meu buraco, ai sim, eu queria morrer, estocadas, assim que senti o liquido quente dentro de mim, ele me mandou sair e quando levantei vi o sangue, as lagrimas nunca me abandonaram, vesti o pijama e sai de lá depressa.

Assim foram 7 anos até que eu completasse meus 18 anos, durante esse tempo descobri que ele deixava notas na carteira, mais de mil reais, como cada vez que ele me chutava do quarto ele capotava antes que eu saísse, comecei aguardar algum valor para que ele não notasse que era roubado, no começo me senti mal, mais considerei um pagamento do filhinho de papai, que fazia isso para ganhar atenção da mídia, nunca tentei descobrir se eu era única, mais na última noite ele me ameaçou me achar assim que eu saísse dali.

Juntei o máximo de dinheiro que pude, fazia isso, porque eu sabia que ficaria sem onde ir, as roupas largas que ele trouxe para esconder as marcas, pois nem sempre eu conseguia ficar quieta e me movimentava feito louca pra sair daquele aperto e apanhava por isso. Foi durante sete anos que passei meu inferno, prometi a mim mesma que nunca mais seria assim, eu não aceitaria mais isso.

O orfanato ficava numa chácara afastada da cidade, nossa escola era ali mesmo, pois era uma fundação de alguma empresa em particular, então nosso ensino não era todo ruim, muitos professores de escolas particulares faziam isso para gerar uma certa emoção na mídia, sabe bons samaritanos, na realidade todo o orfanato em si era premio da empresa, sabe para exibição, não digo que foi ruim, porem quem fez isso comigo, nunca sofreria nenhum tipo de consequência, eu estaria morta antes disso.

Normalmente ao completar 18 anos, você é convidado a se retirar do orfanato, eu sempre me dei bem com a maioria das psicólogas do orfanato, apesar de nenhuma delas saber o que houve nesse tempo, elas que me orientaram a ir para o complexo do Alemão, pois diziam que havia vários programas para mulheres, fora que se comentasse que saiu do orfanato, eles ajudariam com a casa e trabalho e é para lá que eu iria.

Como eu havia passado na prova da Federal do Rio de Janeiro, nas últimas semanas eu havia ganhado de uma das psicólogas todos os livros para a faculdade de medicina, como presente do curso que passei em primeiro lugar. Nunca me senti tão realizada, parecia que meu inferno me daria descanso.


♡  Assunto sério aqui, pessoal denunciem sempre qualquer tipo de abuso, força estamos aqui com vocês, não deixem que o medo te empeça de fazer o melhor para si mesmo

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♡ Olá pessoal, 

♡ 2/3 

♡ Me sinto muito boazinha, com maratona logo de cara em kkkk

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E se cuidem, use máscara e lave bem as mãos, vamos ter fé para esse momento acabar logo.♡..♡

A Imperatriz da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora