E cada vez que eu olho nos teus olhos
Te espelho com desejo, eu te beijo e me vejo decretando o fim
Tão simples como o fogo, eu tão novo não sabia, só queria
E de novo, era um novo início pra mim
- Poesia Acústica #2: Sobre Nós / Delacruz
Obs: Não a...
Eu quero que ele feche os braços em volta de mim e jogue as chaves fora, porque aqui é onde ele pertence e estou com medo de que ele me deixe novamente.
Ellie:
Se eu cheguei até aqui com marido e filha, não importa mais como ela foi gerada, por mim ela só vai saber quando for mais velha, quase ninguém no morro sabe mesmo, enfim, só estou aqui formada, iniciando a minha especialização na oncologia, trabalhando no morro mesmo contra o Guilherme, que já aceitou que nessa guerra, quem ganha sou eu, porque enquanto a Rosa pode me ajudou, me incentivou, me deu colo, como amei aquela mulher.
Ver ela partir foi muito dolorido, chorei e muitas vezes escondido, meses depois ver sempre que havia estrelas no céu a Aisha falando com a vó, me fazia mais emotiva, passamos por tantos desafios, ver o Guilherme marido e pai dentro de casa e coringa lá fora, eu sabia o quão desafiador era criar minha menina nesse meio, as missões que o pai saia e não sabia se voltava.
Não romantizo o crime, mais apoio meu marido, aprendi que o sistema não defende comunidade, da forma errada o Coringa tem o carinho dessas pessoas, policia entra em morro matando inocente com uniforme, morador que está na rua e chama de fatalidade, um meio para o fim, quando toma posse de um morro, assusta morador, mais a mídia diz que agora povo anda livre, não é verdade, o buraco é muito mais embaixo, se acha a família de bandido, quer matar, esposa, filho, enfim, como eu disse não romantizo, mais isso é branco no preto, morador se sente mais seguro com o bandido do que a polícia.
Saio dos meus pensamentos enquanto arrumo a mesa, o Gui insistiu de cantar parabéns pelo menos para a Aisha, papai babão é com ele mesmo, sei que daria a vida por nós duas sem pensar duas vezes, tanto que faz questão que ambos apenas retirasse a menina da escola, entendo ele, a vida que ele leva trás muitos inimigos. Escuto os dois entrar discutindo, sim a Aisha discute como se fosse mais velha, ninguém merece, a menina definitivamente puxou o gênio do cão do pai.
- Papai, eu não gosto delas e não sou obligada. – Seis anos, ela tem seis anos.
- Não disse para gostar, para respeitar, Aisha as coisas nem sempre são como você quer, vou cortar essas suas asas mandada. – Esse é o Pai educando.
- Papai ...! – Imagino as mãos na cintura.
- Olha, já falei, não vou repetir. – Ele encerrou o assunto.
Silencio, acendo a vela e assim que eles apontam na entrada cantamos parabéns para ela, que sorri alegre, sim foi surpresa para ela, vem correndo perto da mesa onde está o bolo, terminamos o parabéns, encho minha menina de beijos com o pai nos abraçando, ela sopra a vela fechando os olhos, igual sempre fez, faço uma foto nossa. Ajudo ela a cortar três pedaços.
- O plimeiro pedaço é para vovó, que faz muita falta. – Eu e o Gui se olhamos e sorrimos, deu aquela mexida no coração.
- Sim, filha ela merece! – O Pai da um beijo na testa dela.
- Agora me conta, por que chegaram brigando? – Olho para ambos.
- Mamãe, já falei que aquelas plofessolas, ficam falando do papai, a senhora sabe que eu não gosto, aí papai tá falando que tenho que ficar quieta, não gosto poxa! – Pode rir será?
- Filha, ouvi muito bem seu pai falar que tem que respeitar e isso mocinha você sabe. – Toquei no nariz dela.
- A senhora tem que ir lá raspar o cabelo delas, talarica morre cedo. – Cruzou os braços bicuda.
- Aisha, onde se aprendeu isso? – O palhaço do Guilherme virou de costa para rir, idiota!
- A tia Amanda mamãe! Por quê? é verdade ué! – Vou matar a Amanda.
- Filha, não é assim que funciona, papai é marido da mamãe, ele sabe que o dia que ele aprontar, mamãe raspa o cabelo da mulher e castra o papai! – Expliquei olhando pro meu marido.
- Tinha que sobrar para mim! – Ele reclamou!
- O que é castrar? – Ela olhava para um e depois para outro!
- Daqui uns anos nós conversa sobre isso filha! – Dei risada. – Mais te garanto, que seu pai pensa algumas vezes antes, ele sabe o que significa.
- Queria saber, vou perguntar para tia Amanda ou tia Elisa. – Ela saiu correndo.
Nisso entrou a tropa, o meu príncipe foi o primeiro que eu vi, o Elias com a mesma idade da Aisha, e a Babi com três anos, meus afiliados, o casal número 1, Elisa e Pezão, casal 2 Playboy e a Amanda, sim finalmente minha gente, aquilo sempre foi amor, inclusive a Babi é dos dois, nem precisa dizer de quem é o Elias né.
- Quem convidou vocês? – Receptivo meu marido.
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♡ Olá pessoal, turo bom?
♡ Vim agradecer a paciência de vocês, reta final e estamos nessa loucura juntos.
