UMA APROXIMAÇÃO

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Naquele dia, eu contei cada segundo para ir à aula de dança. Estava ansiosíssima para encontrar com meus colegas, principalmente, com Amélia. Não sei se já falei mas eu e Amélia mantínhamos uma bela amizade que nasceu no dia em que pus os pés na escola de dança pela primeira vez. Éramos quase melhores amigas, nossa admiração uma para com a outra era inabalável e ouso a dizer que crescia em uma aceleração constante. Se já falei essas coisas, ignore, no entanto, preciso dizer que era sempre um grande prazer estar com minha professora de dança, também preciso dizer que eu queria muito que terminássemos os assuntos que ficaram pendentes de manhã. Naquele dia, Amélia decidiu lecionar uma aula um pouco diferente: separou todos os alunos em pares e fizemos uma coreografia que nunca havíamos feito e para minha surpresa, escolheu o Samuel para que fosse meu par. À princípio, fui tomada por um grande constrangimento pois lembrei da crise de ciúmes que L havia tido por causa do Samuel. Iniciei a dança com Samuel e me senti um pouco retraída, com medo de que L decidisse aparecer novamente, fazer outra visita surpresa. Percebi que minha retração havia sido captada pelos sentidos de Samuel e este não hesitou em descolar os lábios um do outro e falar.

- Está tudo bem, bela moça! Sei que tu namoras, todavia, não te preocupe com isso! Sei que possuo uma beleza incomparável e que teu namorado pode até se irritar. Mas eu sou gay! Diga a ele que não se preocupe.

Fiquei completamente extasiada com a fala de Samuel, porém, sempre fui mole para esconder um riso, quanto mais uma gargalhada. Gargalhamos muito naquele momento, foi divertido deveras, todos olharam para nós. Ao final da dança, Samuel se apresentou e me apresentou um breve resumo de sua história até a vinda para o Rio de Janeiro.

HelenaOnde histórias criam vida. Descubra agora