A felicidade me corroía e tudo o que eu queria era comemorar apenas em minha própria companhia. Acredite! Não é egoísmo ou solidão. Não há nada de errado em almejar a própria companhia. Eu estava certa do que queria fazer e convicta de para onde iria; são raros os momentos em que somos tomados por desejos próprios e por certezas próprias - plagiamos com frequência uma certa quantidade de desejos e convicções -. Naquele momento, eu estava em total concordância com os meus próprios desejos, eu estava em mim por completo, não havia interferência de terceiros e a liberdade latente que pulsava em minhas veias só me prendia à um lugar: o mar. Eu não podia ter escolhido uma comemoração mais plausível! Ouvi a voz da liberdade e me locomovi rapidamente àquele lugar que desde a infância me amava e que eu amava também. Nem em L encontrei tamanha reciprocidade. “Helena e o mar.”. Éramos uno.
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Helena
RomanceTudo começa quando Helena, uma jovem bailarina carioca de 23 anos é assassinada pelo seu próprio namorado na véspera de Natal. Helena narra os acontecimentos precedentes à data de sua morte diretamente do mundo dos mortos.