Avenger

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Olá! Aqui estou com uma nova história! Para os que já me conhecem (Elvish Song, do Spirit e Nyah) de outra fics, não me matem, que vou continuar!
Bem, essa fic se inicia imediatamente no final de Capitão América: O Soldado Invernal, e se estende pelos eventos que se seguem. Aqui irei utilizar linhas temporais tanto das HQs, quanto dos filmes, mas prometo não deixar confuso. Ademais, espero que seja uma leitura agradável!
Beijos, e bom divertimento!



Nuremberg, 2010

Natasha acordou com o frio da mesa metálica em suas costas, e por um momento a confusão mental levou-a de volta à Sala Vermelha. Isso acelerou momentaneamente sua respiração e pulsação, denunciando a consciência para quem quer que estivesse ao seu redor através dos sons dos monitores.

- Ah, está acordada! – Disse uma voz feminina, em alemão. – Finalmente. Eu diria que isso é bom, mas claramente depende do ponto de vista.

A espiã tentou virar a cabeça, mas foi incapaz de fazê-lo: seu queixo e testa eram firmemente travados por peças de metal, os pulsos envoltos por algemas apertadas, assim como os pés, com cintos de couro atravessados sobre suas coxas e peito, tão justos que era difícil inspirar profundamente. Ah, não... Vacilara, e acabara alvejada com dardos tóxicos. O que significava que, agora, fazia parte dos "experimentos"... Fury ia acabar com sua raça.

- Melhoramento genético em seres humanos. Os países soviéticos trabalham nessa droga há mais de 70 anos, com um fracasso atrás do outro. – Disse a agente imobilizada, testando as algemas. – A Corporação X não sabe quando o jogo acabou.

- Ah, agente Romanoff... O jogo não acabou. – A mulher alemã entrou no campo de visão de sua vítima, e de imediato uma agulha grossa perfurou a perna de Natasha. Uma broca, na verdade, pois perfurou o osso até a medula. A vontade de gritar foi grande, mas a Viúva Negra não daria essa satisfação a ninguém, emitindo apenas um gemido alto, as mãos cerradas em punho. - Na verdade... Está apenas começando. - Através da abertura da broca de 3 mm, foi inserido um cateter para sugar a medula óssea. - Veja que estranha sorte: agora temos você, um dos maiores, se não O maior sucesso da Operação Black Widow. Decifrar seu código genético e a composição do soro em seu corpo elucidará melhor do que nunca como uma mutação pode ser infligida a todas as células de um indivíduo adulto. Mas é claro... - A cientista inseriu outra broca, na outra perna de Natasha, cuja respiração ficou descompassada ante o esforço de suportar a tortura. - Precisamos de uma grande quantidade de material genético de boa qualidade. De todos os tecidos, apenas na remota hipótese de você sofrer de quimerismo.

Quimerismo era uma condição rara, em que diferentes partes do corpo de uma pessoa apresentavam diferentes conjuntos genéticos. Um evento que afetava poucas dezenas de pessoas no mundo, o qual a ficha médica de Romanoff apontara como inexistente em seu organismo. E a Sala Vermelha fora meticulosa ao procurar, a fim de ter certeza dos resultados. A Corporação X sabia disso, portanto, o procedimento não era senão tortura pura e simples. Bem, se havia ainda alguma dúvida quanto à psicose de sua algoz, desapareceu quando ela utilizou a lâmina automática para remover um longo retângulo de pele na barriga da outra, camada por camada, até alcançar os músculos. Agora Natasha lutava e se debatia, até mesmo gritava, para a satisfação da Dra. Krasser, como seu crachá a identificava, cujo rosto estampava pura aprovação em relação ao próprio trabalho.

- Que pena. Eu esperava bem mais da Viúva Negra. Talvez não seja tão boa quanto...

A loira nunca terminou a frase, pois os gritos e contorções não haviam sido mais do que uma distração criada pela russa, que conseguira soltar a mão direita e apanhar um bisturi sobre a mesa de instrumentos. Lâmina essa que agora jazia cravada na têmpora do ora cadáver, enquanto Romanoff se livrava das restrições. Sua mão direita tinha um polegar fraturado na base, e a pele do dorso arrancada pela manobra de escapada, mas ao menos a agente estava livre. Estar nua e desarmada era um problema menor: removeu as brocas de suas pernas, xingando mentalmente, e pegou as vestes da mulher a quem matara, envergando-as. Cuidou de destruir o equipamento e contaminar as amostras retiradas de si, antes de ir atrás de continuar a missão para a qual fora enviada: roubar todas as informações do laboratório, e passá-las à SHIELD. Ela completou a missão, é claro, mas não antes de perceber que a corporação injetara algo extremamente agressivo em si. Quando retornou ao ponto de coleta, seu corpo queimava em febre e dor como se ardesse em uma fogueira...

A Aranha na TeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora