Recomeço

Decepção

- Uma humilhação, Raoul. Isso foi !! Christine tinha reclamado o caminho inteiro.

- Claro que não, amor! Você cantou tanto... E o público te elogiou muito. Você é uma estrela, uma cantora reconhecida. Não deixe pessoas insignificantes te magoar, amor. Raoul tentou dar um beijo na mulher.

- Não me toque... Eu não sei quem foi o estúpido que colocou aquela aberração para cantar! Christine tinha recusado o beijo de Raoul.

- Você está sendo muito dramática. Dizem que a jovem é muito rica, ela e o marido. Você me ouviu quando te disse. Eles devem ter comprado um espaço pra jovem cantar... Raoul deu de ombros.

- Incrível... Deixam qualquer um cantar, num espaço sagrado.. você lembra dos tempos que eu fazia minhas apresentações... Christine ficou saudosa.

- E com certeza, agora as propostas vão surgir aos montes, não se preocupe. Raoul tentou se tranquilizar a mulher.

Chegando em casa, Christine se apressou e se trancou no quarto.

- Mamãe! Mamãe! Florian bateu na porta, chorando.

Christine não respondeu.

- Mamãe, estou com medo. Tive um pesadelo feio! Florian continuava a bater.

Christine se irritou, e caminhou até a porta, abrindo de forma brusca.

- Você não viu? Eu estou brava... Não quero saber de você! Vá com a nanny... Christine bateu a porta com força.

Raoul observou a cena, e não disse nada. Florian olhou para o pai, que só entrou no quarto e não fez nada.

- Céus, Florian é tão irritante... Eu culpo a babá por mimar demais ele. Christine estava sentava, observando seu reflexo.

- Calma... Não sei o porquê você se irritou tanto com algo tão pequeno. Você vai mudar de humor quando te disser o que conseguir hoje. Raoul deu um beijo no topo da cabeça da mulher.

- Tem que ser algo muito bom. Christine estava tirando o vestido.

- Bem... Talvez conte depois de te ajudar a tirar toda a roupa, não é melhor? Raoul estava sentado observando a mulher.

- Primeiro me conte o que você tem de tão importante, e se for algo valioso, posso permitir outras coisas. Christine chegou perto do homem, que colocou as mãos na fina cintura da mulher.

- Prossiga... Christine ainda estava brava, mas tentou esboçar um sorriso.

- Conversando com alguns cavalheiros, consegui que eles investissem em mim, você sabe tenho alguns serviços que precisam de pessoas me apoiando. Tive uma queda muito significativa em um negócio que estava indo bem. -- Raoul estava se referindo a clínica, tinha uma amizade com o diretor, e ele sabia achar clientes para seu negócio paralelo dentro da clínica, além do que o nome de Raoul dava uma segurança maior, para não serem pegos, uma grande perda foi saber que tinha tudo acabado.--

- Muito bom, assim posso comprar mais algumas jóias e vestidos... Já que tenho certeza que vou ser chamada para diversas apresentações, sua mulher não pode ir de qualquer jeito, não é. Christine sentou no colo do homem.

- Com certeza meu amor, tudo para você! Raoul a beijou, e a jogou na cama.

- Raoul, você é sempre tão selvagem, gosto disso... Mas não vou me esquecer de fazer uma visitinha para a jovem cantora, e colocá-la em seu lugar. Christine estava em baixo de Raoul, seus olhos estavam furiosos.

- Sim,sim... Você sempre vai conseguir o que quer, mas se você ainda quer causar um pouquinho de dano, que tal conversar com o marido também da jovem? Raoul tinha ouvido que o Senhor Sardou, era um influente e rico arquiteto.

- Posso mesmo? Christine arqueou as sobrancelhas.

- Bem... Eu sempre confiei em você, eu sei que você só tem olhos para mim. Raoul beijou o pescoço de Christine.

- Talvez seja fácil conseguir alguma coisa desse Sardou e de repente magoar a pequena aberração. Christine soltou um risinho.

O casal ali silenciaram, ambos tinham objetivos, mas nenhum tinha conhecimento que Erik ainda estava vivo, e tão próximos deles.