*Sombra da Infância*

14 3 0
                                    

Assim que meu pai foi dado como morto pela bomba eu e o Zero procuramos um local para que a gente se escondesse. Ele achou um local bem destruído pelas naves, era uma estação de trem. Abrimos uma porta de metal suja de poeira dos destroços e entramos em uma espécie de sala, pelo menos era grande. Zero fez o circuito elétrico funcionar novamente e naquela escuridão podia se ver as luzes ascendendo e iluminando tudo lá dentro.

Por sorte tinha uma máquina de refrigerantes e uma de salgadinho lá dentro, fiquei tão contente que não ia morrer de fome, claro que naquele momento não mas a comida iria acabar a qualquer instante. O Zero me disse - Temos que buscar comida e um braço novo para mim - é claro que concordei. Dôminus tinha lançado alguns robôs para capturar as pessoas e alguns foram destruídos na luta. Saímos para patrulhar e aquele cenário de fora era assustador de carros destruídos, pessoas mortas despedaçadas, pegadas de C-9 por toda parte e sangue pelo chão. Achamos lá perto um robô, ele estava ativo procurando mais pessoas, me escondi atrás do Zero e ele me disse - se esconda atrás desse carro, eu cuido dele- então eu me escondi e observei o Zero indo em direção do outro robô. Ele deu uns 3 tiros no outro que caiu no chão, então o Zero autorizou que eu saísse de trás do carro. Eu e ele trouxemos o robô para o nosso esconderijo, ele era estranho mas tinha um braço que servia no Zero - acho que posso ser a estilista dele -, ele disse que eu deveria aprender mecânica para ajudar ele em situações críticas.

Com o tempo eu aprendi a mexer nele, saber como funcionava. Quando ele tentou repor o braço novo foi muito difícil fazer só com um braço, eu queria ter ajudado ele, mas ainda bem que deu certo. Quando ele precisava de reparo em regiões aonde não podia alcançar eu ia ajudar ele, até hoje faço. Aquele chapéu que ele usava eu guardei na minha gaveta, era necessário ele ter um capacete por cima do cérebro dele para não danificar. As vezes eu usava aquele chapéu, ficava engraçado.

O Zero me pedia para não ir lá fora sozinha, ele tinha visto rastros de C-9 pelo metrô - Deviam estar caçando algo - disse o Zero pra mim. Mas com o tempo eles pararam de passar por lá, passou uns 5 meses que tinha diminuído a frequência, era raro ver rastros por lá.

Mas com tais aparições,Zero teve a ideia de fechar o metrô de todos os lados possíveis, mas para isso era necessário algumas coisinhas, como um carro inteiro ou 10 mesmo. Eu ajudei ele à pegar materiais e até armas derrubadas, ele começou a fechar os trilhos do lado Norte colocando 4 carros lá, fez a mesma coisa no trilho Sul. Além disso ele me disse para colocar explosivos ao longo dos trilhos, eram vários espalhados nos trilhos, buracos nas paredes, no teto e até na calça de um cadáver. Também fechamos as escadas do metrô, todas sem nenhuma facilidade de abrir, somente uma que ele deixou como entrada.

No meu aniversário de 7 aninhos o Zero me deu um celular, mas não era qualquer celular, era um aparelho com tecnologia alienígena, sou a primeira pessoa na Terra à ter um desses - Uhuuulll!!!! - ele tinha muita coisa, e podia bater foto. Eu curti muito e a melhor parte, ele podia armazenar até 900 GB, eu sou muito sortuda.

Lara & ZeroOnde histórias criam vida. Descubra agora