17/05/2020

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Perambulando pela minha cabeça estão.
É incrível a imensidão.
Tão sombria ela se nega a mostrar qualquer coisa, disfarça tudo, me entrega em enigmas.
Perco a noção do certo e do errado, esquecidos se tornam seus significados.
Essas vozes não saem da minha cabeça.
Uma tenta me lembrar e a outra esquecer.
Qual seria a mais fácil a mim ceder?
Dúvidas, críticas, julgamentos e até sacrificamentos, à quem pertence a razão?
Será a razão real ou apenas a voz assombrosa da mente que muda para cada pessoa?
Todo mundo tem um passado, um passado que condena, tortura e ordena à ti fazer tudo para se livrar da culpa.
Aí me perguntas, que culpa? Aquela que te faz companhia a tanto tempo.
Ou vai me dizer que não a notasse?
Sua presença se tornou tão rotineira que vista como visita ela não é mais.
Dúvidas e mais dúvidas.
Fantasmas que não me deixam pensar sozinha.
Como é pensar sozinha?
Por que me assombras tanto?
Como faço para parar?
Tentei de tudo.
Diferentes jeitos e maneiras de me livrar delas.
Me foco em alguns sussurros.
Mas me perco novamente.
Não sei o que ei de fazer.
Devo fazer algo?
ME DIGAM MALDITAS VOZES!
APENAS EU LHES OUÇO, MAS NÃO GANHO NEM UMA RESPOSTA?
QUE TIPO DE PARASITA ÉS TU?
Pare de tentar me dominar.
Eu imploro.
Deixe-me pensar sozinha.

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