2. De chicletes que crescem e lobos que ainda se surpreendem

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Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling, com exceção de Elizabeth Trinket. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "El trato de Remus ¡Tonks no lo olvidara facilmente!" postada em 2014 no Potterfics por Tony Trinket. O link da fanfic original está na sinopse.

De chicletes que crescem e lobos que ainda se surpreendem

"Porque, Remus, tem coisas que mudam... E outras que não"

Tonks caminhava alegremente, sem nenhum tipo de cuidado pela calçada. Estava tão contente que, sinceramente, poderia pular... se não fosse tropeçar e cair. A mulher sentia vários olhares acompanhando-a a medida que caminhava, já que seu cabelo rosa chiclete e suas roupas "retrô" não se encaixavam entre os trouxas. Em um certo momento, a rosada ouviu murmúrios dizendo coisas como "Os jovens de hoje em dia..." ou "Certeza que é fã de alguma dessas esquisitas bandas de rock..."

Mas Tonks não prestava atenção (exceto na parte de "bandas de rock"... Teria que averiguar o que era isso). A única coisa que parecia importar-lhe era chegar. A emoção a invadia. Depois de tanto tempo se veriam outra vez... Grimmauld Place se localizava a umas duas ruas do parque, no qual a mulher tinha parado para tomar um ar.

Caso se perguntem o porquê que nossa querida Dora decidiu caminhar ali em vez de aparatar e pronto, responderei com simplicidade: Tonks não era de sair muito.

Podia ser porque era auror e tinha que trabalhar muito, mas isso não era bem verdade. Dora sabia que era desastrada, assim como o mundo inteiro, por essa razão não queria sair. Nymphadora Tonks não gostava de ser julgada e quando vi que alguém a olhava mal por cair, esbarrar ou qualquer outra atrapalhada, sentia-se triste, por mais ridículo que isso pudesse ser.

Uns garotos passaram à sua frente, correndo e rindo alegres. A mulher sorriu inconscientemente, lembrando dos dias de sua infância. Uma família passou à sua frente, todos tinham cabelos pretos e olhos castanhos, exceto pela mãe ruiva e de olhos cinzentos. E então se lembrou: Grimmauld Place, 12. Era ali onde se encaminhava.

A jovem metamorfomaga se dispôs a caminhar novamente. Várias quadras distante, a encontrou, escondida entre os números 11 e 13, mas... Como entraria?

— Ei, garota — uma voz áspera a assustou. Um homem a observava com... um olho? — Vai entrar? Ou terei que azará-la para que deixe de ser intrometida? — um olho, o normal, a olhava fixamente. O outro estava dando voltas, parecia que olhava dentro de seu crânio — Pelo que vejo, não parece uma Comensal.

Tonks não soube se deveria sentir-se ofendida ou intimidada. Sacudiu a cabeça lentamente, tentando parar de olhar para aquele olho.

— Não, senhor. Não sou Comensal. Sou Nymphadora Tonks, uma auror — respondeu um pouco nervosa.

— Ah sim — o olho estranho voltou-se para olhá-la completamente — Você é sobrinha de Sirius Black... — ela concordou com um sorriso, lembrando-se de seu tio — Sim, me disseram que era um pouco... chamativa — ele olhou para o seu cabelo e ela se ruborizou um pouco irritada.

— Sim, ela sou eu... Quero dizer, sou eu.

— Bem, entre. Antes que um Comensal nos ataque — ordenou um pouco mal humorado.

— Oh... Hã... Claro, mas...

O homem pareceu um pouco exasperado.

— Deixe-me adivinhar... Não sabe como fazer... — disse como se já esperasse por isso.

— Eu... Hã...

— Os aurores de hoje em dia — ele se queixou.

Alguém apareceu atrás de... Olho-Tonto? No Departamento de Aurores, Tonks tinha escutado chamarem-no assim, mesmo que nunca tivesse falado com ele. A pessoa atrás de Moody, uma mulher, estava séria. Com os cabelos pretos e olhos prateados reluzentes.

A promessa de RemusOnde histórias criam vida. Descubra agora