Dois

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Quando voltaram à Mansão Malfoy Harry tremia, deixando os três alfas preocupados. O moreno recusava-se a dizer uma única palavra a quem quer que seja, não olhava para ninguém e haviam lágrimas em seus lindos olhos esmeraldinos. Contia sua vontade de chorar tão intensamente que seus companheiros tinham medo dele quebrar a qualquer momento.

Perdido em seu ódio Harry não viu para onde iam até ser obrigado a se sentar. Olhou ao redor vendo um grande quarto de paredes claras parcialmente iluminado, pois longas e pesadas cortinas de cor preta cobriam metade das portas de vidro que também serviam como janelas. A cama onde Harry havia se sentado era alta e tinha os cobertores e almofadas de tonalidade tão escura quanto as cortinas. Havia também um tapete felpudo no chão e um espelho gigante que cobria completamente uma das paredes. Duas portas escuras eram as saídas do recinto, embora Harry não pudesse dizer onde elas iriam dar.

— Harry, doce, nos diga o que te aflige. — Lucius se sentou do seu lado direito e pegou sua mão, a acariciando e depositando um beijo leve em sua palma. Harry corou, abaixando o olhar para seus pés, que não alcançavam o chão e por isso balançavam a cinco centímetros do piso. Uma cena adorável, na opinião dos três Lordes.

— No meu teste dizia que Dumbledore bloqueou muitas minhas coisas, meus poderes, e me deu várias poções ao longo dos anos, para que eu confiasse nele e odiasse vocês. — começou a contar o ômega, timidamente. — Como meu guardião mágico ele pôde pagar para os Weasley e Hermione fingirem serem meus amigos, além de roubar muito, muito ouro dos meus cofres.

— Isso é horrível! — Severus exclamou, furioso.

— Se você me pedir, meu doce, uma única palavra, e eu juro que Dumbledore vai apodrecer em Azkaban. — Lucius ofereceu, apertando sua mão e ganhando a atenção de seu parceiro.

— Faria isso por mim? — perguntou Harry esperançoso.

— Harry, meu príncipe, eu já te disse. — Tom se ajoelhou diante de seu menino e acariciou seu rosto. — Faríamos de tudo por você.

Harry pensou, mordendo o lábio e não vendo a luta voraz que os alfas travavam para simplesmente não possuírem seu corpo delicado. Ignorando tudo isso um plano se formou na cabeça do ômega, e ele esperava com todo o seu ser que desse certo. Ele ergueu o olhar, rosto lindamente corado, olhando fixamente para Tom por baixo dos cílios, voltando a morder sua boca e vendo como o alfa gemia com a visão. Harry sorriu internamente.

— Tom... — sussurrou baixinho de maneira manhosa, sua voz doce saindo como um miado, que combinado a sua aparente timidez, fez o Lorde se esquecer de tudo ao seu redor.

— Sim, meu príncipe? — perguntou se aproximando e apoiando as mãos em seus joelhos. Harry usou sua aparente rendição para descer da cama e escorregar para dentro de seus braços fortes, que o cercaram com força provocando um gemido de satisfação do pequeno ômega.

— Mate Dumbledore. — olhos verdes encararam sem piscar os vermelhos, um biquinho adorável em sua face angelical. — Por favor, por mim? — pediu manhoso.

— Eu... — sentindo sua sanidade se esvaindo aos poucos com a linda visão de seu pequeno, Voldemort sorriu para ele. — Como você quiser, meu príncipe.

Espantados pela facilidade com que Harry controlou o Lorde, Severus e Lucius se entreolharam. Estavam completamente perdidos se o ômega simplesmente decidisse voltar sua atenção para eles, seriam fantoches em suas mãos delicadas e pequenas, sem vontade nenhuma a não ser lhe obedecer. E eles iriam fazer tudo com o maior prazer, iriam servir aquele sorriso lindo para sempre e nunca iriam - nem iriam querer - se libertar.

Harry se levantou. Fora fácil até demais, ele não conseguia acreditar. Olhando de novo para a cama ele tirou seus sapatos e pulou no colchão macio, se arrastando pelo móvel até estar deitado confortavelmente. Harry poderia se acostumar fácil aquele tratamento de rei. Olhou para seus companheiros e com um gesto de sua mão tinha os três deitados consigo, Severus ao seu lado esquerdo, Lucius do direito e Tom por cima de si, o queixo apoiado suavemente em sua barriga. Fechou os olhos e, pela primeira vez na vida, não escondeu seus feromônios. Na verdade, desta vez, ele os espalhou pelo cômodo vendo como os três alfas passavam a lhe cheirar, seu pescoço e peito sendo os principais alvos dos descontrolados dominantes.

Our Little BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora