Capitulo 4: Sunset Paw

22 2 1
                                    

A chuva continuava. O dia escureceu tanto que parecia estar de noite, mas naquela escuridão havia algo brilhando, algo que chamou a atenção dos garotos. Paulo ainda estava no chão, mas levanta assim que vê as criaturas:

- Um cachorro...? – Ele se pergunta

- Um urso...? – Mark se pergunta

De repente uma forte ventania se inicia. Os garotos protegem os olhos com os braços e ao mesmo tempo sentem algo luminoso envolvendo eles. Porém do mesmo jeito que começou, a tempestade vai sumindo rapidamente e o sol radiante começa a aparecer novamente:

- O que foi que acabou de acontecer? – Mark se pergunta virando para Paulo

- Eu não faço a menor ideia. – Paulo responde com o mesmo olhar de choque de Mark

Mark observa o local. Tudo parece normal, mas ele estava sentindo algo diferente:

- O que é isso no seu bolso? - Paulo aponta

Mark levanta os braços surpreso. Em seguida, coloca uma das mãos no bolso marcado e tira uma espécie de pedra:

- Mas o que é isso? Não é meu. – Ele analisa a coisa – Será que não caiu no meu bolso quando a gente estava brincando com as ondas?

- Não sei. Parece um fóssil, daquele jogo dos Monstros de Bolso. – Paulo diz se aproximando do amigo

- Monstros de bolso? – Mark pergunta

De repente, uma voz feminina se junta aos dois:

- Isso é meu!

- Quem é você? – Mark pergunta

- Não interessa para vocês, eu perdi e quero de volta!

- E como a gente pode ter certeza que é seu, hein? – Paulo se vira a ela com um rosto furioso

Ela era uma garota magra, quase da altura de Mark. Ela era um pouco mais alta e era loira:

- Só me devolvam. Não preciso responder nada!

Paulo e ela trocam olhares de ódio, porém Mark se intromete no meio:

- Toma! – Ele entrega – Não é meu. Então pode ficar.

- Eu deveria agradecer? – Ela pega e vai embora

Paulo e Mark também se viram e vão embora. Paulo ainda olha para trás com um olhar furioso.

Enquanto isso, num reino muito distante. Numa padaria local, uma garota baixa, ruiva e com bochechas salpicadas, com sardas, está varrendo o chão, enquanto uma mulher gorda, com um lenço na cabeça e um avental está abrindo a loja:

- Eu mal posso esperar para entrar no castelo! Como será que é lá? Faz tanto tempo que eu não vejo que eu nem me lembro! – Ela fala com entusiasmo

- Minerva, você tem certeza de que a rainha vai deixar você entrar lá? – A mulher pergunta a ela

- Claro que vai, Tia! Eu sou uma princesa, de Helgard! Eu tenho direito. Além de ser da família real. – Ela fala com um brilho em seus olhos – É isso o que me move todo dia, Tia.

- E eu tenho muito orgulho de você. Mas você sabe como a sua irmã é... – Tia anda até ela e acaricia seu rosto – Espero que dê tudo certo.

- Vai sim! – Minerva sorri

June caminha para um lado mais calmo e menos movimentado da praia. Ela observa para ver se não foi seguida ou tem alguém em volta:

- Pode sair! – Ela alerta alguém o mais baixo possível, mas alto o suficiente para o alguém a ouvir

Logo, dentro das profundidades da montanha, um brilho se aproxima da garota. Era um garoto, ou parecia um. Ele era vermelho e seu cabelo eram chamas. Ele era menor que June, até mesmo menor que Paulo:

- Você conseguiu? Conseguiu ver eles? – Pergunta o garoto que já está próximo dela

- Eu consegui, Flame. Eu consegui mesmo! – June animada, mostra a pedra para ele – Ela está aqui.

- Uau! É ela mesmo.- Depois de olhar atentamente, Flame coloca a mão na cintura e faz uma pose - Agora, nós poderemos derrotar juntos todos os vilões que amedrontam todas as pobres criancinhas que estão sem lar e que sofrem bullying dos amiguinhos!

June olha pra ele com um olhar de estranhamento:

- Ok, né. Vamos lá. – Ela segura a pedra bem forte com as duas mãos, respira fundo e fala com clareza – Guardiã Unida!

De repente, de sua mão voam partículas pequenas como a areia e vão embora juntas com o vento. A pedra sumiu de suas mãos. June olha com elas indo embora com uma cara de desentendimento, enquanto Flame está muito animado, achando que aquilo tudo faz parte do espetáculo.

Os garotos estão andando ainda. Mesmo que estejam perto de onde eles estavam com o Tom e a Mih e o sol já tenha voltado a brilhar intensamente, não tem ninguém na praia:

- Cara, tem gente que não se enxerga! – Paulo está tão revoltado que seu rosto está vermelho – Não sei porque você deu a pedra para a garota, ela não merecia! Ela era totalmente mal-educada.

- Pra quê discutir? Não era minha e nem sua, eu não tinha porquê ficar com ela, então eu dei. – Mark se aproxima de Paulo e dá um tapinha em suas costas – Esquece isso e esfria a cabeça! Você precisa.

Paulo vira o rosto. Uma leve brisa passa por eles e Mark estende os braços, relaxando, demonstrando para o amigo o que ele precisa fazer. Ao ver aquilo Paulo o imita, mas uma leve tempestade de areia passa por eles, que começam a tossir e os raios de sol ficam mais intensos, dificultando a visão.

Depois que aquilo passa e eles conseguem ver e respirar bem, Mark grita para o céu:

- Caramba, a gente não tem um minuto de paz nesse- Ele se vira para Paulo e arregala os olhos chocado – Paulo, você está azul! 

ELEMENTO ÔMEGAOnde histórias criam vida. Descubra agora