ELEMENTO ÔMEGA

Capitulo 5: Water Fluids

O sol brilhava no céu, o vento movia as folhas das palmeiras e as gaivotas voavam por cima das nuvens, mas lá embaixo, na areia, Mark enlouquecia, perplexo:

- Paulo, você tá azul!

- Hã? O quê? – Paulo não parecia ter percebido, o sol continuava a brilhar

- Você parece um tipo de... Líquido... – Mark toca em Paulo – Tá frio!

Além de azul, Paulo estava com uma aparência um pouco diferente do usual. O garoto olha para si, estende suas mãos e se assusta:

- O quê? – Ele começa a se analisar – O que aconteceu comigo?

Ao som das gaivotas, se junta um grito de garota. Os meninos olham para a direção de onde acabaram de vir e veem June, correndo até lá e pulando em cima de Paulo:

- Eu sabia que era tudo culpa sua! – June grita

- Sai de cima de mim garota maluca! – Paulo grita desesperado

De repente, uma bola de água cresce entre os dois e ao explodir fez com que ambos, obrigatoriamente, se separassem. Mark correu até Paulo e ajudou o amigo caído a se levantar:

- Você tá bem Paulo? O que foi aquilo?

- Eu não sei!

June se levanta:

- É claro que não sabe! Você só se mete onde não é chamado, garoto!

- Espera, garota. – Mark se vira para June – Você sabe o que está acontecendo aqui, não sabe?

- É óbvio que eu sei. Eu vim para essa praiazinha atrás daquela pedra que você pegou! Mas parece que alguém já tomou posse dela. – Ela encara Paulo

- Mas o Mark deu ela para você, como poderia estar comigo?

Uma expressão de falta de conhecimento toma conta do rosto de June. Ela põe uma de suas mãos na testa:

- Argh. Venham comigo! – June vai em direção à montanha

- Antes temos que avisar o Tom e a Mih! – Mark comenta, ele olha ao redor deles– Mas... Cadê todo mundo da praia?

Eles estavam tão distraídos até o momento que não tinham reparado na praia vazia ainda. Mark toma liderança da situação e resolve ir a fundo saber o que está acontecendo. Paulo ia se recusar a ir, porém, apenas com um olhar, Mark o convenceu. Paulo já sabia que aquele olhar significava que ele, apesar de tudo, estava confiante do que estava fazendo.

June levou eles para um local da montanha que eles nem imaginavam. Primeiro, entraram numa caverna que por fora era quase impossível de ser visível, além do mais, ela era muito maior por dentro do que parecia:

- Uau! – Mark estava admirado

- Eu estava procurando uma maneira de conseguir aquela pedra há meses, mas de repente, dois pirralhos conseguem ela em menos de um segundo! – June está decepcionada

Os garotos a observam com atenção. Ela chega até uma porta. Era grande e roxa, de um material desconhecido pelos garotos. Havia alguns detalhes nela, desenhos e escrituras. June vira pra eles:

– Eu descobri essa localização. É importante! – Ela aponta para a porta com as mãos – A partir de agora, só vocês são capazes de abrir essa porta!

Paulo e Mark se aproximaram para ver melhor, nisso as escrituras começaram a brilhar sutilmente, e logo a porta estava desaparecendo, revelando uma passagem. Os garotos, encantados, continuaram a entrar. Observando tudo a volta deles. Enquanto isso June resmungava por trás:

- Eu não acredito que eu fiquei tentando abrir essa porta por meses e, facilmente, vocês conseguem abrir! Eu ia tentar até TNT, só não tentei porque poderia chamar atenção, além de poder destruir toda caverna. – June não parava de falar, mas os garotos estavam ignorando totalmente ela

No fim da passagem havia uma porta marrom, esta já era completamente normal. Os garotos bateram:

- Será que alguém vai atender? – Mark e Paulo olham para June

- O que é? Eu não sei! Eu não cheguei nessa parte!

Eles ouvem passos do outro lado e o som de uma fechadura sendo destrancada. A porta se abre e um homem é revelado:

- Não pode ser! – Com uma expressão de surpresa

Tia está assando a última fornada de pães daquela manhã, enquanto Minerva está atendendo uma pequena fila de pessoas no balcão. Um cliente faz o seu pedido:

- Aqui está! – Minerva entrega a ele, que depois de pagar, sai da fila, revelando assim o próximo cliente, um cara bem conhecido dela

Esse homem era um colega de trabalho de Minerva, era pouco mais alto que ela, já que ela era baixinha, usava macacão azul com uma camisa vermelha. Tia estava trazendo os pães frescos, ao ir ajuda-la, Minerva não havia visto que Adão era o próximo da fila. Ele vai até o balcão e com um olhar de charme, faz o seu pedido:

- Ei, sua Tia é padeira? Porque você é um sonho!

Minerva o olha com indignação. Ela solta uma risada leve e bondosa:

- Bom dia, Adão! – Ela vai até o balcão

- Desculpa, eu não consegui me segurar! – Ele ri sutilmente

– Tudo bem! Toda vez que eu te vejo de uniforme, me lembro de um personagem de jogo. Só falto um boné vermelho!

- Que personagem?

- Eu não lembro do nome.

- Bom dia, Adão! – Tia o cumprimenta indo em direção à cozinha novamente, mas antes de entrar ela pergunta – Já vai ir trabalhar, minha filha?

- Vou sim, Tia! Só vou terminar de atender os clientes e já estou indo! – Minerva a responde

- Eu já preparei o seu almoço, ele está em cima da geladeira.

- Tudo bem.

Barr, o homem gordo de regata e roupas caseiras, puxa todos para dentro:

- Eu pensei que fosse conhecer você um dia, mas eu pensei que eu estaria preparado para isso! – Ele comenta

Enquanto os garotos entram, reparam na sala que, não está bagunçada, mas sim cheia de livros, revistas, caixas, acessórios:

- Não reparem na bagunça. Eu preciso me arrumar! Um momento. – Ele entra num outro cômodo

Além de Barr que murmura algo do quarto, nenhum deles fala nada, estão surpresos por haver uma casa dentro de uma montanha. Barr volta rapidamente com uma camisa listrada. Seu rosto parecia corado desde o início:

- Vamos ver. – Ele examina Paulo debaixo a cima – Então... Parabéns! Você é o novo Elemento Ômega!

- O quê? – June solta um grito baixo, mas ninguém presta atenção nela

- Elemento Ômega? É tipo o Elemento X? – Paulo questiona

- Daí só iria faltar duas garotas, já que já temos essa aqui! – Mark aponta para June

- Falando nisso – Ele se dirige a Mark e June - Fora o menino azul, quem são vocês?