A Condenação.

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A Condenação.

"Que é confesso é certo, mas que destino tomará?".

Um sugeriu: "Uma bala cravada no meio do peito, quem o negará?".

Outro disse indagado: "Uma corda no pescoço não é uma condenação suja!",

e outro: "O desembarque em uma ilha para que não fuja".

Um quarto ainda: "Sei que no calabouço temos vaga!".

Até que os interrompendo ferozmente, no braço do trono o rei encravou sua adaga.

"Aquela cuja lâmina demole me parece mais competente para tal fado",

"Suplico-te irmão! Livrai-me desta pena, já que não posso ser perdoado".

A guilhotina sugerida foi para eles punição inesperada,

ninguém imaginaria um irmão exigir do outro a cabeça decepada.

Entreolharam-se vagarosamente e chegaram à conclusão,

"Quero que me digam depressa, qual é a pena que terá meu irmão?".

Uníssono soou o júri que o condenou,

"Cortem-lhe a cabeça!" e satisfeito, assim o rei ordenou.

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