The Hunter

4 - Parte 1

Acordo cedo e vou direto para a academia, a noite de ontem me deixou com muita energia. Sei que hoje vou ter um dia cheio, mas no momento não consigo ficar parada.

Passo duas horas na academia fazendo todos os exercicios possiveis e mesmo assim não sinto nenhum cansaço, decido que é melhor começar logo o dia, volto para dentro de casa e começo a preparar um café. Deixo a cafeteira eletrica fazer o trabalho e decido tomar um banho.

Tomo uma ducha gelada, desde ontem me sinto eletrizada. Sei que hoje é um dia importante, tenho um trabalho a fazer para Jasper e preciso me encontrar com ele logo depois. Desço para a cozinha e pego meu café, me dirijo para o escritório, preciso conferir as plantas da Sede do Governador. Com os dados que Jasper me enviou começo a traçar um plano para o trabalho de hoje. Jasper me disse que o governador está envolvido em lavagem de dinheiro, meu objetivo é entrar, pegar os dados do seu computador e entregar para Jasper. É uma missão "simples", mas não posso me precipitar, fiz isso com a ultima missão e tudo poderia ter dado errado. Analiso as plantas e me dirijo para meu pequeno arsenal, lembro que vou passar por um identificador de metais para entrar, então tento pensar no que posso levar, pego minhas adagas que foram feitas especialmente para se esconderem em minhas botas de cano alto, como sei que lá vou ter a chance de tirar os sapatos, vejo como uma boa idéia, pego meu chicote de cobre pra usá-lo como cinto, sei que o que estou levando não é muita coisa, mas fico calma por que se eu precisar usar qualquer uma delas é porque já deu tudo muito errado, e por hoje eu preciso que dê tudo certo, preciso de uma vitória.

Vejo que são nove e meia, começo a me arrumar, um tour pela sede do gorvernador começa as onze horas, é tempo o suficiente para chegar lá com tempo. Visto uma calça preta skynni, uma camiseta branca, coloco minhas botas de cano alto e sem salto, faço uma trança em meu cabelo e coloco uma jaqueta de couro marrom, sei que não pareço atraente nessas roupas, mas me sinto bem e elas permitem movimentos livres, o que vou precisar. Pego as chaves do meu carro e me vou para a garagem. Entro no meu carro, eu dirijo um Alfa Romeo 2300 preto e amo esse carro, ele me faz sentir poderosa quando o conduzo, nesses momentos entendo a fascinação dos homens com seus carros. Saio da garagem e aperto o botão no meu painel para que o portão automático se feche, ligo o som do carro e está tocando Chosen One do Valley of Wolves. A musica entra pelos meus ouvidos e me faz me sentir bem automaticamente, começo a cantarolar e meus pensamentos ficam cada vez mais claros, chego ao refrão explodindo com a música, quem me vê de fora nem imagina o que estou a caminho de fazer. Como a música diz "nada vai parar esse fogo, eu nasci para fazer história".

Vou o caminho todo ouvindo músicas no mesmo estilo, me sinto invencivel. É bom essa injeção de adrenalina antes de realizar um trabalho, mas nunca deixo ser maior que meu foco, adrenalina demais pode levar a decisãos inconsequentes e tudo que eu não posso ser é inconsequente. Constantemente coloco minha vida em risco, hoje mesmo estou fazendo isso por mais simples que seja minha missão, ainda é fora das regras. Olho para o banco de tras do meu carro e vejo meu arco e a aljava cheia de flechas, acredito que não vou precisar usá-las hoje, até mesmo por que elas estarão longe de alcance, mas traze-las comigo me dá uma segurança inexplicável, sei que caso nescessário sempre posso arrumar um jeito de chegar até elas. Chego na Sede e antes de me dirigir para o estacionamento, dou uma volta por trás do prédio, estou acostumada com essa parte, procurar uma rota de fuga, vejo uma saída da tubulação, é um pouco alta, mas nada que cause uma queda fatal, vou em direção ao estacionamento e paro o meu carro em uma das vagas.

Saio do carro e me direciono para a entrada da Sede, vejo dois seguranças usando um terno, não consigo identificar nenhuma arma com eles, mas sei que elas estão lá. Entro no salão de recepção que é premidominantemente branco e me direciono a recepcionista, me apresento a ela e ela nem sequer me dirige o olhar. Faço isso justamente porque sei que pessoas na posição dela não gostam de ser incomodados, ela esta trabalhando em um fim de semana e garanto que não ganha o que merece aqui, consigo dizer pelos seus minimos movimentos que ela está entediada e espera que isso acabe logo. Ela me entrega um crachá que diz visitante e me aponta o canto da recepção, onde vejo alguns sofás, me direciono até la e pego uma revista que estava exposta, me sento no sofá e finjo me interessar pela revista que folheio enquanto observo o meu redor, vejo duas portas de metal com travas elétricas, percebo que são destravadas apenas por digital, mesmo assim tem um segurança guardando cada uma, ao lado do balcão da recepcionista tem uma porta basculante ativada por sensor de movimento, com dois seguranças posicionados na frente, ao meu lado esquerdo vejo dois banheiros, um masculino e um feminino. Junto comigo na recepção tem cerca de 12 visitantes, não é um grupo muito grande, mas não vai me atrapalhar. Passam-se alguns minutos e as portas basculantes se abrem, dela saem algumas pessoas, imagino serem o grupo de visitantes anterior. Aproveito que tem várias pessoas no saguão agora e me direciono ao banheiro, entro em uma das cabines, tiro meu crachá do pescoço e o jogo no lixo, olho para a parede e vejo a saida de ar, ela é apertada, eu consigo entrar, mas sei que isso vai atrasar um pouco, aproveito que não tem ninguém no banheiro e começo o processo de abrir a tubulação, pego uma de minhas adagas para desparafusá-la. Quando esta aberto impulsiono meu corpo para cima e entrando na tubulação, quando passo todo o meu corpo pela entrada a grade bate na tubulação, fico alguns segundos parada para ter certeza que esse barulho não chamou atenção, confirmo que ninguem veio e continuo meu caminho, memorizei as plantas e o caminho que preciso fazer, me arrasto pela tubulação, estou em posição de prancha o que vai me deixando cada vez mais cansada, me arrasto por no minimo cinco minutos, pegando divergencias a direta e a esquerda, finalmente chego a sala que eu queria, sei que aqui vou ter que arrebentar a grade de saida de ar, dou um pequeno passo para trás, pego as luvas que estão no bolso da minha jaqueta e visto, isso vai ajudar a diminuir o barulho e não machucar minhas mãos. Jogo meu braço direito para trás e deixo o esquerdo mais pr[oximo ao meu peito, dou um golpe com a direita e em seguida com a esquerda, é o suficiente para a grade soltar, me jogo para a frente e consigo segurar a grade no ar, antes dela cair e gerar mais barulho ainda. Espero alguns segundos para ver se não entra ninguém arrasto meu corpo para fora da tubulação e aterriso no chão, automaticamente me abaixo, as plantas mostravam que aqui não tinha camêras, ma todo cuidado é pouco, coloco a grade no chão e vou para a porta, confiro que está trancada, essa sala não deve fazer parte do tour dos visitantes, vou em direção a mesa que está no centro da sala, pego em meu bolso o pen drive com o vírus ncessário para hackear o computador, Jasper havia me dito que demorava ao menos três minutos para o vírus ser instalado, sei que pode parecer pouco tempo, mas muita coisa pode acontecer em três minutos, escuto alguem tentando abrir a porta que está trancada, mesmo assim desligo a tela do computador e me enfio debaixo da mesa. Escuto o barulho da trava destrancando.