Parte 3

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Cinco meses se passaram, Mike acordou do coma, está um pouco tonto, com a visão embaçada, mas mesmo assim ele tenta se levantar da cama onde está, no hospital. Ele leva suas mãos aos olhos, e os aperta com a parte de baixo da palma, e quando tira, sua visão já está melhor.
Mike, percebeu que tinham fios em seu peito e em seus braços, que estavam ligados à aparelhos, porém esses aparelhos estavam desligados, ele então tirou todos os fios, e tentou sair da cama, colocando primeiro o pé direito no chão, e em seguida o esquerdo, e então se levantou, mas se desequilibrou e caiu, pois ainda estava fraco.
Ele apoiou, sua mão esquerda na cama, e se levantou devagar, foi até o banheiro se equilibrando encostado na parede. Mike foi até o espelho, e se assustou com o que estava vendo, seu rosto do lado direito estava completamente deformado, e ele começou a chorar, olhando seus braços, barriga, e pernas com cicatrizes das queimaduras que ele sofreu pelas suas substâncias químicas.
Segurando pelas paredes, ele saiu do banheiro, e ao lado de sua cama, no criado mudo, tinha um vaso de flor com um cartão escrito Mamãe, apenas isso.
Mike, saiu do quarto, da mesma maneira que tinha saído do banheiro, e percebeu que não havia ninguém nos corredores, mas haviam macas, cadeiras de rodas, aparelhos hospitalares, e vários utensílios médicos espalhados pelo chão. Ele estava se sentindo o próprio Rick Grimes, no primeiro episódio de The Walking Dead.
Ele continuou andando pelo hospital, procurando a saída, mas ainda estava um pouco atordoado, pois havia acabado de acordar de um coma de cinco meses, mas ele ainda não sabia que fazia todo esse tempo.
Mike, passou pela recepção, e logo avistou uma placa escrito saída, ele então foi até a porta que estava debaixo dela; ele tentou abri-la, mas parecia que algo a estava bloqueando por fora.
Ele então, foi até o quarto ao lado da recepção, que estava aberto, caminhou até a janela, e colocou apenas a cabeça para fora, e viu que um carro estava impedindo sua saída, e quando virou sua cabeça para esquerda, viu que vários carros estavam abandonados no meio da rua, e alguns até batidos.
Mike, viu que a janela não era tão longe do chão, ele então, decidiu pular. Passou pela janela, primeiro a parte esquerda, junto com parte de seu corpo e sua cabeça, depois puxou a perna direta, e se sentou na janela, e então deu um pequeno impulso e pulou.
Ele começou a caminhar, olhando tudo ao seu redor, e se recusando a acreditar que estava vivendo um The Walking Dead na vida real. Ele continuou caminhado, por pelo menos mais 500 metros, até ver um carro intacto estacionado na garagem de uma casa; ele não pensou duas vezes, e foi até o carro, mas estava trancado. Mike, então foi até a janela da casa, colocou as mãos nas laterais do rosto e encostou os dedos mindinhos na janela, para ver se havia alguém lá dentro, mas ele só via móveis destruídos e espalhados pela casa.
Mike, foi para a porta da casa, girou a maçaneta, e viu que estava aberto, ele logo entrou, e fechou a porta devagar; subiu as escadas lentamente, evitando o máximo fazer barulho, pois não sabia se realmente a casa estava fazia. Enquanto subia, ele viu os quadros tortos pendurados na parede, e neles haviam fotos de uma típica família americana, o pai, a mãe e dois filhos, um menino que parecia ser ter seus 20 anos, e uma menina que aparentava ter 16. Ele então, entrou no primeiro quarto ao lado da escada, e abriu o guarda-roupa, para ver se tinha algo que lhe servia, e havia. Provavelmente aquele era o quarto do casal. Mike, pegou as roupas e foi para o banheiro do quarto, onde tomou banho, fez sua barba que estava enorme, e até cortou um pouco do seu cabelo, com uma tesoura que achara no armário do banheiro, junto do barbeador, e vestiu as roupas do homem da casa, uma camisa azul, e uma calça jeans escura; e os sapatos Mike achou um par ao lado do pé da cama, e então os calçou.
Mike, desceu as escadas, foi até sala bagunçada para procurar as chaves do carro, porém no encontrou, ele foi então, para a cozinha, e depois de procurar por uns 5 minutos, viu que as chaves estavam numa fruteira no chão, perto da porta dos fundos. Ele pegou as chaves, e foi até o carro, e para sua sorte o carro estava pegando, e na reserva, porém havia combustível suficiente para que ele conseguisse chegar até sua casa.
Mike, atravessou a cidade, em 10 minutos, até porque a cidade não era grande, tinha cerca de 50 mil habitantes, pelo menos até antes das pessoas desaparecerem, pensava Mike. Ele chegou em sua casa, parou o carro na garagem, e foi até a porta, porém estava trancada, ele procurou a chave no vaso de planta, que havia ao lado; sua mãe costumava deixar uma chave lá, pois Mike as vezes chegava tarde do trabalho, e para se poupar das dores de ir abrir a porta para ele, e o medo de deixar a porta destrancada.Mas não estava lá. Ele então, foi para os fundos da casa, onde lá havia outra porta, que também estava trancada. Mike, pegou uma marreta nas coisas de seu pai, que ele e a sua mãe haviam colocado em um quartinho muito tempo atrás, alguns anos depois do seu falecimento. E com apenas uma marretada, ele quebrou a maçaneta e fechadura, que fez a porta se abrir. Ele entrou, e viu que a cozinha estava toda em ordem, nada fora do lugar, ele logo começou a chamar pelo nome de sua mãe, mas não recebia nenhuma resposta. Mike, foi para a sala, que também não tinha nada fora do lugar, subiu as escadas e passou em todos os quartos, e não havia nem sinal de sua mãe. Então, desceu até o porão, onde ficava seu laboratório, e estava limpo, suas coisas nos seus devidos lugares, provavelmente sua mãe havia limpado tudo.
Quando Mike estava saindo do porão, ele ouviu um barulho, que parecia vir do lado de fora da casa; ele não conseguiu identificar que barulho era aquele, mas parecia um rosnado, um rosnado de alguma coisa grande. Ele saiu devagar do porão, e foi até a sala, pisando em ovos, e olhou pela janela, e se assustou com o que viu no meio da rua.

A Quarentena De MikeOnde histórias criam vida. Descubra agora