Capítulo 2

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O lobo arregalou os seus olhos quando ouviu o estalo do galho se partindo e logo o baque quando ele caiu no chão.
Olhou para trás e o viu estirado sem se mexer.
Não, não! Não tinha prometido a si mesmo que não iria deixar que ele morresse?
Rosnou e mordeu a pata daquele alfa infeliz, não queria deixa-lo aleijado, mas que fosse embora e os deixassem em paz.
O alfa ficou atordoado, ele rosnou mais uma vez, e ainda tentou ataca-lo. Lhe deu uma serie de mordidas no focinho que finalmente o fez correr com o resto de sua alcateia.
Sentiu que sangue que escorria em seu pescoço e entre suas presas, mas nada disso importava agora.
Foi até ele preocupado.
Dessa vez havia mais sangue ele estava pálido.
Não, não.
Uivou.
Lambeu seu rosto, mas ele não acordou, não acordava de maneira alguma.
Uivou de novo.
Você não pode fazer isso comigo.
Choramingou encostando a cabeça em seu peito. Ele estava vivo, seu coração estava batendo, mas não serviria de nada se não acordasse.
Já estava escuro, e ele não iria sobreviver a uma noite ao relento.
Uivou mais uma vez.
Acorde.
Ouviu sons de pegadas. Haviam pessoas por perto?
― Ren! Onde você está? Ren!
Ren? Seu nome era Ren?
Que bom que ele tinha pessoas que sentissem sua falta.
Uivou mais uma vez. Esperando que eles o seguissem o som, se temessem que um lobo pudesse devora-lo seria melhor.
― Você ouviu aquilo?
― O garoto já deve ter virado comida de lobo - a voz masculina disse insensivelmente.
Rosnou.
Só por cima do seu cadáver.
As vozes foram se aproximando mais. Viu as luzes das lanternas.
― O que é aquilo?!
Viu dois caras se aproximarem com cautela.
― Pegue a arma ele vai mata-lo - o gordinho disse ao outro.
― Se eu me mover agora ele vem atrás de mim - o outro apontou.
Medrosos demais para um resgate, pensou.
Então se deitou ao lado de Ren.
― Ele não vai deixar a gente pegar o garoto.
― Ren! - o gordinho gritou - Ren Abe!
Ah então ele era realmente japonês.
Talvez fosse uma boa ideia se afastar dele, para que pudessem ajuda-lo, mas como conseguiria viver depois sem saber o que havia sido dele.
Lambeu de novo o seu rosto.
― Santo Deus ele vai come-lo - o gordinho gritou.
Rosnou para ele por instinto.
― Alguém vai vir com a arma - disse o outro depois de ter digitado algo no celular.
― Não é crime matar um lobo, ainda mais esse? Você já viu um lobo assim?
― Crime vai ser deixar o lobo devorar o garoto, idiota.
Mesmo que eles estivessem falando em armas e matar não saiu do lado dele e continuou o lambendo.
Gemeu.
Acorde, queria ver os seus olhos de novo.
Ele abriu os olhos.
Ergueu a cabeça surpreso.
Ele olhou assustado para os lados.
― Ren! Ren? Fique quieto os reforços estão chegando, não se mexa o lobo pode te atacar - o socorrista gritou.
Ele olhou confuso então o encarou.
E deu um longo suspiro de alivio.
― Você está bem - disse passando os braços ao redor do seu pescoço.
Ele não fazia ideia do quanto sentia falta de um abraço, e quanto estava feliz por ele estar bem e que esteve preocupado por ele.
― É aquele lobo? - um terceiro homem chegou com a arma nas mãos - Se afaste rapaz eu vou atirar!
― Não vão atirar em ninguém! - ele gritou se colocando na frente dele sentado - Eu não estaria vivo se não fosse por ele! Não façam mal a ele...
Ren desmaiou de novo.
O que aqueles idiotas ainda estavam fazendo que não o atendiam logo?
Pelo menos, dessa vez eles foram até lá mesmo que estivessem com medo.
Se sentiu aliviado quando viu que eles estavam cuidando dele. Ren iria ficar bem.

― Eu sempre achei essa sua atitude meio desligada um charme mas ultimamente está um saco - Susan havia lhe dito com indignação.
― O que você quer que eu faça?
― Que seja mais carinhoso que se importe comigo.
― Eu me importo com você - apontou, achava que isso era obvio, mas para ela não parecia estar muito claro.
As definições de se importar deles pareciam completamente opostas. Ele, não lhe mandava mensagens a cada minuto, mas sempre lhe perguntava se estava bem e lhe ajudava a estudar quando ela pedia.
― E porque nunca me convida pra jantar? Porque nunca me manda flores.
Muito diferentes.
― Por que eu acho isso ridículo, mas não sei porque estou te explicando isso se você já sabia.
O rosto dela se pintou de vermelho.
― Eu sabia, mas achei que você fosse mudar com o tempo.
― Então você não gosta de mim de verdade - foi mais duro - e se isso não vejo por que de estarmos juntos.
Ele a deixou no café onde estavam. Todos sempre se queixavam que era muito voltado para si mesmo e que não dava chance para que as pessoas se aproximassem. Não era verdade tinha amigos, Juuzen, Kiri, Enomoto. Eram os mesmíssimos e fieis amigos de infância, não eram muitos, mas eram seus amigos não vivia numa bolha como todos diziam.
Sua mãe lhe ligou apenas meia hora depois porque Susan havia lhe contado o quanto ele era mal e insensível.
Ela se metia demais em sua vida para alguém que nunca estava com ele.
E agora onde estava?
Onde estava?
Escutou um som distante de um bip, que se repetia constantemente.
Bip, bip, bip.
Abriu os olhos devagar, não estava mais frio, mas tudo parecia continuar branco ao seu redor, mas logo percebeu que estava em um quarto de hospital.
Arregalou os olhos, estava em um quarto de hospital.
Procurou o botão para chamar a enfermeira o apertou seguidas vezes.
― Oh meu deus como eu vou passar? - Ouviu a feminina e aflita voz do lado de fora.
― Ele não saiu dai, duvido que irá sair, mas é inofensivo aparentemente. - uma voz masculina a acalmou.
A porta se abriu e junto com a enfermeira entrou seu lobo Salvador.
Ao que parecia também haviam tratado das feridas dele. Ele estava limpo e o olhando naquele lugar totalmente naquele quarto pequeno, ele parecia mais incrível e gigante.
― Você é um bom garoto - sorriu levemente para ele que pulou na cama e encheu de lambidas.
― Ah meu Deus, saia dai por favor cachorrinho - a enfermeira choramingou.
Ren fez uma careta, qual era o problema dele ficar? Sabia que só receberia aquele tipo de carinho quando chegasse em casa com o Tanuki, seu Pomerânia.
Mas precisava deixar a pobre mulher trabalhar.
― Você pode descer? Ela está com medo de você.
Ele gemeu, mas desceu se deitando no chão ao lado da cama.
― Ele já era seu? - ela perguntou.
― Não, ele me ajudou quando cai durante a nevasca, talvez tenha um dono não sei.
― Sua mãe e sua namorada estiveram aqui ontem, mas como você estava dormindo foram embora. Está tudo bem, você levou duas boas pancadas na cabeça, mas não foi nada de muito sério.
― E ele? - apontou para o lobo.
― Bom, ele entrou na ambulância com você, rosnou para quem tentou impedi-lo, mas quando chegou aqui não podia entrar no quarto como estava, o mais impressionante é que ele pareceu entender isso - ela disse com espanto - Todos acreditaram que o sangue que havia nele era seu, mas o veterinário confirmou que foi uma briga de lobos.
― Talvez ninguém acredite quando eu disser, mas ele entrou numa briga contra outros cinco para me salvar e isso é impressionante.
― É realmente inacreditável, ou talvez não - ela sorriu - Ele parece gostar muito de você, vai adota-lo?
Não tinha pensado nisso.
― Ele pode ter um temperamento muito dócil, mas não acho que ele se acostume a ser um animal de estimação. Não seria correto trata-lo assim.
― Eu tenho a impressão de que ele irá com você aonde quer que vá.
Se ele realmente fosse não pensava em impedi-lo, mesmo porque não acreditava que ele fosse ficar por muito tempo.
― Um lobo com o temperamento de um Golden - ela disse espantada e saiu.
Se encostou no travesseiro mais uma vez e sentiu as lambidas em sua mão.
Quase sorriu para ele, mas se espantou quando abriram a porta num rompante.
― Ren! - Susan se jogou em cima dele.
― Você está me machucando - disse.
― Desculpe eu fiquei tão preocupada, achei que você fosse morrer.
― Eu estou bem. Graças a ele.
Apontou para o lobo e ela arregalou os olhos soltou um grito.
― Você realmente não viu um lobo de 80 quilos no do lado da cama.
― Não, eu só conseguia pensar em você. - ela choramingou.
Ele suspirou. Porque não acreditava nela?
― E você deveria agradecer a sua mãe também, ontem ela foi na sua casa, por isso percebeu que havia algo errado e chamou o resgate.
Respirou fundo, e perguntou de maneira mais suave.
― Onde está minha mãe?
― Na recepção pagando a conta, o medico disse que você pode sair ainda hoje - ela disse com doçura não parecendo nada com mesma Susan do dia anterior - Hum, Ren nós não vamos terminar não é?
Estreitou os olhos.
― Eu não quero falar sobre isso agora.
Não deixou espaço para que ela dissesse mais nada.
Pouco tempo depois sua mãe entrou no quarto acompanhada por um homem.
Ela olhou para o Lobo, mas não disse nada foi direto até ele.
― Ren querido que bom que está bem - ela lhe deu um abraço e beijo no rosto.
Todos diziam que ela se parecia com ele. E de fato, ele não havia herdado nada do seu pai ocidental, seus cabelos e o formato dos olhos eram todos dela.
Rin Abe já havia sido uma mulher muito bonita, mas agora a amargura havia tirado muito do seu brilho.
― Esse senhor gostaria de falar com você - ela disse apontando para o desconhecido.
Era alto, tinha os cabelos loiros e ondulados e um olhar de cobra astuta que não estava gostando nem um pouco, desde o instante que entrou não tirou os olhos do lobo, e não tinha um olhar de cautela, mas de interesse.
Ele usava uma roupa informal então não poderia ser um funcionário do hospital.
― E quem é esse senhor?
― Me desculpe, sou Bryan Courtney. Sou repórter, ouvi sobre sua história ainda ontem a noite e gostaria de escrever uma matéria sobre o que aconteceu se não se importar.
Agora começava a entender.
― Eu me importo - foi contundente - não quero falar sobre isso, menos para um jornal. Se quiser perguntar aos médicos e enfermeiros sobre a versão deles eu não me importo.
― Ren, porque está sendo tão grosso com o senhor Courtney? - sua mãe perguntou.
Porque não gostava dele, não precisava que ele falasse muito para perceber que ele movido por ambição.
― Eu estou cansado não quero falar com ninguém agora - disse seco.
― Então mais tarde talvez você...
O lobo se levantou rosnando para ele.
Todos os três deram um passo para trás.
― Não disseram que esse animal era manso? Ele certamente não pode ficar aqui do lado do meu filho. - Rin se queixou.
― Ele pode e vai ficar, se não gostam disso podem ir embora.
Susan estava quase chorando e sua mãe ergueu a cabeça.
― Definitivamente você está impossível esses dias - disse indignada. - Vamos Susan, deixe ele pensar em suas péssimas atitudes.
Ela fazia parecer que ele era uma criança ou apenas um adolescente birrento, mas que culpa tinha se ela apenas lhe procurava quando precisava ou quando era conveniente.
Esperou que todos fossem embora e se levantou, pegou sua roupa para vestir, estava se sentindo melhor só teria que usar uma muleta.
― Você vem comigo? - perguntou ao lobo.
Ele se levantou e foi atrás dele.
― Rapaz, rapaz - a enfermeira veio atrás dele - não pode sair o medico não assinou sua alta.
― A conta está paga? - perguntou.
― Sim, mas...
― Então diga a ele que poder mandar a alta pra minha casa.
A deixou sem palavras para trás.
O único problema ao sair foi encontrar um taxi que aceitasse levar o lobo no carona, despois de alguns minutos e tentativas de suborno depois, conseguiu.
Quase beijou o chão de sua casa quando chegou. Pegou a chave em cima do batente da porta e o Tanuki veio correndo feliz até ele, mas tomou a direção contraria ao ver o lobo.
― Você não pode brigar com ele, o Tanuki é muito menor que você - disse seriamente a ele antes de abrir.
Ele bufou como se estivesse fazendo pouco caso dele. Também não acreditava que ele fosse machucar o Tanuki, mas precisava ter certeza.
Tirou o casaco colocou a ração para o Tanuki e separou outra parte para o lobo que a ignorou com sucesso.
Não tinha carne para dar a ele, de qualquer maneira se ele sentisse fome estaria livre para sair e buscar sua própria comida.
― Eu preciso de um banho.
Foi tirando a roupa enquanto ia ao banheiro e o lobo atrás dele.
Ligou a torneira da banheira e tirou a calça, quando estava cheia tirou a cueca e entrou.
O lobo continuava lhe encarando.
― Você quer tomar banho também?
Era impressão sua ou o lobo estava quase sorrindo enquanto vinha na direção da banheira.
― Não, só depois de mim - disse antes que ele entrasse na banheira.
Ele se deitou no chão parecendo desanimado.
Mediu a banheira com os olhos ele iria caber ali dentro?
Saiu de lá e pegou uma toalha para se secar.
― Pode entrar ainda está quente - permitiu.
Ele foi feliz da vida pra banheira.
Pegou uma calça de moletom no armário e vestiu. Procurou um shampoo neutro e passou um pouco nas mãos para ajudar a limpar o seu amigo peludo. Enquanto esfregava suas costas ele estava com os olhos fechados e língua pra fora, o que não podia deixar mais óbvio o prazer que estava sentindo.
Observou infeliz, os machucados em suas costas em seu pescoço. Tudo por sua culpa.
― Me desculpe - pediu.
Ele o olhou no mesmo instante parecia confuso.
Ren realmente estava ficando louco. Aquele lobo não podia entender tudo que ele dizia podia?
― A culpa foi minha por ter se machucado sinto muito - disse mesmo assim.
Ganhou uma lambida e o lobo apoiou a cabeça em seu ombro como se estivesse o abraçando.
Ren sorriu e lhe deu um beijo no topo da cabeça.
― Tudo bem já pode sair - mandou
Ele gemeu, mas saiu.
O mais interessante foi que saiu para sacudir os pelos molhados e só depois voltou para casa.
Jogou um cobertor velho em cima dele para ajuda-lo a se secar e ligou a lareira. Enquanto fazia isso viu em cima do console seu exemplar surrado de White Fang.
― O que acha do seu nome ser Caninos Dourados? - perguntou.
Ele estava olhando, mas não pra ele, parecia estar encarando o livro nas suas mãos.
― White Fang também é um lobo como você - se ajoelhou na frente dele mostrando a capa do livro.
Ele continuou encarando como se já tivesse lido aquele livro antes.
Que bobagem estava pensando.
Ouviu o choro do Tanuki e o viu escondido atrás do sofá.
― Pode vir aqui rapaz, ele não faz nada.
Ele não veio.
Precisariam de tempo para se adaptar.
― E você não come ração espero que não queira me comer no meio da noite.
Ele agarrou a sua mão entre os dentes e sacudiu de brincadeira.
Pegou o celular para ver o que tinha perdido. algumas chamadas e mensagens dos seus amigos. Respondeu preguiçosamente. Apesar de tudo que havia acontecido estava se sentindo bem, o calor da lareira um amigo de verdade ao seu lado... dormiu com os as ultimas fagulhas de luz do sol tocando o seu rosto.

O lobo observava o garoto dormindo tranquilamente encostado aos pés do sofá.
Quando entrou na ambulância junto com ele, não era sua intenção segui-lo até a sua casa, mas quando ele lhe perguntou se queria ir com ele, a reposta lhe pareceu muito óbvia.
Estava cansado de ficar sozinho, cansado de não ouvir uma voz humana, cansado de não receber um gesto de gentileza e ele havia feito tudo isso.
Sua casa era um chalé afastado da cidade e perto da estrada, as paredes eram de madeira Rústica, com janelas e portas de vidro e por dentro era pequeno e aconchegante. A cozinha era separada da sala apenas pelo balcão e uma mesa de quatro cadeira. Na sala de estar havia um único e enorme sofá em frente a lareira, do outro lado havia uma televisão pequena em hack simples e logo ao lado uma estante bem organizada com livros e cds, Havia o banheiro grande e o quarto, mas não sabia como era, pois não havia entrado lá.
E apesar de se sentir confortável ali, estava um tanto frustrado. Gostaria tanto de conversar com ele, perguntar qual era o problema dele com a mãe e a namorada, pois percebeu que havia algum. Não gostou de nenhuma das duas. Não precisava conhece-lo muito para se dar conta de que ela não tinha nada a ver com ele.
Seu novo amigo também parecia bem inteligente, gostaria de perguntar seus gostos, mas só por ele também gostar de White Fang já lhe parecia a melhor pessoa.
Ainda achava estranho achar o rosto dele tão atraente, mas era fato. O cabelo castanho escuro que caia grosso e liso em sua testa, os cílios espessos de seus olhos grandes também eram muito bonitos. Entendia porque a tal Susan estava atrás dele.
Ele foi caindo devagar para o lado e deixou seu corpo na frente para que ele caísse no "macio".
Suspirou, seria bom ficar ali com ele. Mas sabia que não poderia ser pra sempre...
Acabou dormindo também, sentindo o cheiro agradável dele.
Quando acordou mais tarde estava sentindo mais frio do que o normal, mas ainda podia escutar o fogo da lareira estalando.
Sentiu a mão dele em suas costas... Mas espera, havia algo muito diferente agora. Ren estava com a cabeça encostada em seu peito enquanto ele próprio o estava abraçando também, coisa que não seria possível com patas.
Abriu os olhos e viu seus braços ao redor dele.
Braços humanos.
Braços humanos?!
Arregalou os olhos.
Não podia acreditar.
Tocou o rosto dele com a ponta de seus dedos, dedos sensíveis e longos que podiam sentir direito o calor e a maciez da sua pele.
Estava completamente extasiado.
Viu as pálpebras dele se mexerem ao sentir seu toque, ele abriu os olhos devagar, mas então os arregalou de repente.
Seu momento de fascinação acabou no momento em que levou um soco na fuça.

Notas da autora: O lobo finalmente se transformou em homem, mas o Ren não gostou muito da mudança 😂Como será que eles vão interagir daqui pra frente?E ai, gostaram? Eu espero que sim hahahaha ❤ Até a próxima pessoal o/

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Notas da autora: O lobo finalmente se transformou em homem, mas o Ren não gostou muito da mudança 😂
Como será que eles vão interagir daqui pra frente?
E ai, gostaram? Eu espero que sim hahahaha ❤
Até a próxima pessoal o/

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