Capítulo 5

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Ren acordou com o despertador do celular vibrando em cima da mesinha ao lado da cama, o que significava que hoje tinha aulas, porém sempre acordava antes do despertador porque hoje havia sido diferente?


Porque sua cabeça estava doendo tanto?


Apalpou o travessei do seu lado e arregalou os olhos.


― Haru?


Porque ele não estava na cama?


Se sentou, ele também não estava no quarto.


Será que...


Se lembrou da noite anterior, de como o havia beijado e de como ele retribuiu o beijo.


Porque diabos havia feito aquilo? Ele não poderia ter gostado daquilo de verdade, é claro que ele não havia gostado! Que homem gostaria de sair beijando um cara quando podia beijar a garota que quisesse.


Saiu apressado, seu pé estava melhor,mas não sabia se resistiria a outra corrida atrás dele. Porém soltou um suspiro de alivio ao vê-lo deitado no tapete da sala. Suas roupas estavam dobradas em cima do sofá.


Ele havia saído apenas para não assusta-lo com seus gritos de dor?


Ou porque ele não queria dormir no mesmo quarto com o cara que o havia atacado a noite?


Será que poderia fingir que nada havia acontecido?


Colocou a expressão mais impassível que podia e foi para


Respirou fundo e foi para cozinha o café estava pronto, e havia um antiácido em cima do balcão, junto com uma aspirina.


Havia um bilhete lá também.


"Eu fiz o café da manhã, mas se não estiver se sentindo bem para comer vou deixar o remédio aqui em cima. Se eu soubesse que você era tão ruim para beber realmente não teria te convidado.


Bom apetite.


Haru."


Tomou apenas o leite e logo a aspirina. Era melhor fingir que nada havia acontecido, estava bêbado, por dois copos de cerveja.


Era vergonhoso demais usar aquilo como desculpa.


Foi tomar um banho e se arrumar para ir a faculdade.


Vestiu uma blusa branca, calça jeans e blazer. Era quase seu uniforme de ir para aula.


Pegou o notebook e colocou dentro da bolsa.


― Estou saindo Haru - avisou ele levantou a cabeça e olhou dos pés a cabeça - Hoje eu tenho aula e mais tarde estagio, eu só vou voltar a noite.


Ele gemeu.


― Você quer que eu ligue a televisão? Coloque uma música pra você?


Ele rosnou.


― Um livro talvez?


Ele continuava com cara de desagrado e não sabia o que fazer.


Suspirou.


E se ajoelhou na frente dele.


― Eu sei que vai se sentir entediado, mas fique em casa. Eu acabei cometendo um erro aquele dia no hospital. Não devia ter dado permissão para que ninguém fizesse matéria alguma sobre você agora eu percebo que isso pode te colocar em perigo. Me desculpe.


Ele lambeu seu rosto, parecia que nada do que havia falado lhe afetou.


― Haru, eu estou falando sério. Fique aqui até eu voltar.

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