Go Home

6

E em um dia, o caos tomou conta.

Tudo se erguia calmo, lentamente, cada coisa em seu lugar. Derrepente tudo desmoronou.

Não sabia o que fazer. Sem avisar, corri.

Parks Moon era uma floresta um pouco afastado, mas diversos adolescentes frequentavam, e eu odiava aquilo.

Tomara que esteja vazio.

A direita e em frente, por entre as árvores, após os pinheiros e enfim, o rio Yellow Storm.

Os adolescentes não iam ali, não os chatos. Mas eu sorri ao perceber que estava vazio.

As árvores em todo lugar se encarregavam de deixar o clima mais fresco, e embora próximo ao rio não houvesse árvores, a luz do sol não refletia na maior parte do local. Não naquele ponto, talvez mais para cima, mas eu não costumava caminhar muito para lá.

Me deitei sobre as diversas folhas espalhadas no chao, sem me preocupar se iria ou não sujar-me. Passei a observar o céu em busca de algo, qualquer coisa.

Falar enquanto penso as vezes me ajudava, então fiz.

Claro que a resposta não surgiria assim, mas o som de Yellow Storm me acalmava, e era como se pudesse entende-lo e ele se comunicasse comigo.

Na verdade, parece louco, mas sentia que muitos de meus anseios apenas Yellow Storm entendia e talvez ele se sentisse assim.

A muito tempo, assim que descobri o rio eu decidi nadar no mesmo. Quase me afoguei.
Yellow Storm era muito fundo, e eu nadava mal. Naquele dia contei com ajuda da correnteza para me aproximar de um árvore que tinha caído atravessada no rio.

Senti que iria me perder naquelas aguas. Fiquei com tanto medo que demorei a frequentar o local novamente. Decidi ficar vagando por outras regiões: Red Valley, Forest Grey, e Brown Place que eram regiões da floresta, e Purple Rain, que era apenas um bairro próximo.

Agora, o dia do meu quase afogamento havia ficado para trás, e eu não me atrevía a tentar nadar novamente, mas isso não significava que eu não poderia usar galhos, ou outras coisas para recolher o lixo que os adolescentes idiotas jogam e ficava preso em suas bordas; isso não me impedia continuar conectada a ele.

Conexões vão muito mais além do que podemos compreender.