Insana

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- Eu vou pegar você!

- Não vai não! - digo rindo.

- Te peguei! Quer dizer... Pegamos você! - disse meu pai, em seguida me fazendo cócegas, enquanto minha mãe via a cena sorrindo.

Depois de brincarmos, fomos para a sombra de uma árvore, para montar nosso piquenique.

Tive a brilhante idéia de chacoalhar o refrigerante do meu pai, e quando ele abriu, ficou me olhando.

- Você vai me pagar! - disse ele, com uma torta em sua mão e jogando na minha cara.

Mas o que?

Que tipo de pai joga uma torta na cara da filha?

Ríamos sem parar! E minha mãe deu a idéia de brincarmos de esconde-esconde. E quem contaria era ela.

Fui me esconder em uma moita que havia perto do local, assim que entrei na moita, tudo se expandiu, parecia uma floresta, era tão linda.

Fiquei um tempinho ali, até minha mãe me achar, e assim aconteceu. Ela já havia encontrado meu pai, eles estavam de mãos dadas e sorrindo.

De uma hora pra outra, tudo escureceu, a floresta que era verde e alegre, se tornou negra e assombrosa, não conseguia enxergar ao redor por causa da forte neblina. A única coisa que eu vi foram silhuetas.

A neblina desapareceu, e minha mãe estava jogada no chão, e logo em frente estava meu pai junto a uma mulher, nos deixando, sem ao menos olhar para trás.

Minha mãe já não estava mais lá, e eu estava sozinha na floresta negra...

----- X -----

Acordei sem ar, depois desse sonho/pesadelo, e me surpreendo com um rosto perto do meu, perto demais.

- AAAAAAAAAH! -gritei, caindo da cama.

- Qual é? Sou tão feio assim? - disse o Steffy e eu ergui uma das sobrancelhas.

Esse idiota quer levar um soco!

Não faz isso! Ele só estava admirando seu brilho!

Sei disso!

Essa nem é convencida!

Cala boca!

Fiquei encarando ele, deitei na cama, parei de encarar ele para encarar o teto branco, e fiquei pensando sobre meu sonho. Senti mãos acariciando meus cabelos.

- Qual o seu problema? - digo confusa.

- Só estou lhe fazendo carinho. - disse ele como se fosse óbvio.

- Por quê? - digo, e ele revira.

- Por fazer mesmo! Todo mundo necessita de carinho. - diz ele e eu reviro os olhos.

Não gosto que toquem no meu cabelo, quando não estou triste!

Você sofre!

Vai pastar!

- Eu não necessito de carinho, necessito de distância! - digo, colocando a mão em seu rosto, e empurrando, fazendo ele cair da cama.

- Sua... - disse ele, e eu queimei ele com olhos

- Linda! Vamos tomar café! - disse ele, tentando fugir de levar um chute.

Ou seja, meu chute foi em vão!

----- X -----

Ao chegar na cozinha tinha vários pratos com panquecas sob a mesa, então peguei um que tinha calda de chocolate.

Nothing fairer (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora