ESTA OBRA ESTÁ COMPLETA NA PLATAFORMA BUENOVELA
"Ela queria a sua liberdade, porém mal sabia que no preço dela, havia o nome do seu corpo e alma."
Reprimida por sua família religiosa, Mel se vê numa encruzilhada quando uma proposta surge num momento...
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Eu não sei o que deu na minha cabeça para aceitar aquela proposta, mas Cristina parecia tão desesperada para dividir o mesmo quarto com Tadeu, que eu imaginei que ela mesma teria os seus propósitos. É claro que em meus pensamentos eu poderia imaginar o que ela queria e eles poderiam fazer por estarem sozinhos em um quarto, mas não queria ficar pensando sobre isso, e então logo aceitei a sua proposta. Mesmo que eu meu peito eu estivesse receosa e com o medo de dormir ao lado de um homem que eu mal conheço. Mas tentei pensar positivo, e isso funcionou por ora.
Logo após isso, comemos algo leve e fácil de ser preparado, fazendo com que eu perdesse a chance de mostrar o quão eu sou boa na arte de cozinhar. Mas deixei para lá e logo pensei em descansar já que a viagem foi longa, mesmo que ainda fosse o meio da tarde.
Nesse momento eu estava contestando uma outra decisão por um outro motivo. Por que eu aceitei fazer essa trilha quando eu estava exausta? Cristina estava muito animada e convenceu Benjamin a nos mostrar uma parte da sua floresta, e eu não entendi qual era a graça de ficar vendo árvores e árvores cobertas de neve sem motivo algum. Mas Benjamin parecia entender...
— Tem certeza que não vamos nos perder? — Pergunto logo após longos minutos de caminhada, já sentindo a minha respiração pesar.
— Tenho, conheço esse lugar como a palma da minha mão. — Ele responde levantando um galho de uma árvore que estava bloqueando o nosso caminho, para podermos passar.
Então imagino que ele já possui esse lugar há um tempo considerável.
— É logo ali na frente, não tem erro. — Ele avisa assim que Cristina e Tadeu passam por ele, e eu logo em seguida.
— A quanto tempo tem este lugar? — Pergunto esfregando meus braços cobertos pela jaqueta de frio, enquanto sinto a presença de Benjamin logo atrás de mim.
— Comprei quando ainda era adolescente. — Ele responde rapidamente como se não quisesse prolongar o assunto e logo se põe ao meu lado, ainda caminhando.
Ergo minha sobrancelha, o observando de lado.
— Adolescente? Como alguém tão novo conseguiria comprar um lugar como esse? — Pergunto realmente intrigada.
Eu não sei quase nada sobre o mundo, só o que meus pais me dizem, portanto conhecer alguém que comprou uma casa quando ainda era adolescente é totalmente novo para mim, a não ser que tenha sido pelo dinheiro dos seus pais. Olho para ele, notando como de repente sua expressão se tornou mais dura.
— Tive que dar um rumo à minha vida mais cedo que o normal. É por aqui. — Ele murmura se adiantando em seus passos, sem dar mais espaços para perguntas.
Mas ainda assim... em dar um rumo à vida cedo, ele quer dizer que teve que trabalhar desde muito novo? E pela forma que ele diz não parece ser um trabalho comum. Talvez tenha muito mais coisas que eu não saiba sobre ele...