Doce como Mel {4}

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A realidade chegou em mim como um soco no estômago assim que eu abri meus olhos e me vi aninhada nos braços de Benjamin com tão pouca roupa que parecia algo puramente indecente

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A realidade chegou em mim como um soco no estômago assim que eu abri meus olhos e me vi aninhada nos braços de Benjamin com tão pouca roupa que parecia algo puramente indecente. Benjamin tentou me proteger do frio e até mesmo cuidou de mim, e eu serei eternamente grata por isso, pois eu estava me sentindo tão desesperada quando perdi minhas forças no meio da tempestade sem saber por qual caminho seguir. Mas agora estou à salvo. Ele me salvou, e mesmo que eu esteja ardendo de vergonha eu irei agradecê-lo. Mas agora ele parece tão tranquilo me segurando em seus braços. Nem parece que enfrentou o frio por uma noite.

Cuidadosamente para ele não acordar, eu retiro o casaco que usei durante toda a noite, conformada com o sol que esquentava a minha pele, e logo ponho por sobre o seu corpo, tentando o máximo aquecê-lo. A fogueira claramente já se apagou, pois já não sinto mais o seu calor por detrás de mim, e por mais que já fosse manhã, ainda fazia um frio considerável. Claro que nada comparado ao frio que passei ontem à noite.

Benjamin não iria acordar por agora, e isso é compreensível já que ele deveria estar bem cansado. E por esse motivo e pelo próprio cansaço do meu corpo, que eu me viro de costas para ele, ainda sentindo seu corpo colado ao meu e seu braço me apertando contra ele. Isso estava completamente fora dos meus princípios, mas eu ainda sentia frio e era agradecida demais à Benjamin para acordá-lo. Por isso me aninhei novamente em seus braços e me deixei levar pelo sono.

~~

— Eu ruiva...

Ouço sua voz ao longe, mas não sei dizer ao certo se é apenas um sonho.

— Mel, acorda; — Abro meus olhos sentindo o meu coração saltitar em meu peito e meu corpo suado. — Temos que voltar, está bem?

Olho para Benjamin que está agachado ao meu lado, mas como acabei de acordar a minha visão não está das melhores, sem falar no pesadelo que eu acabei de ter. Assinto enquanto ele me ajuda a sentar, sentindo um gosto amargo e seco na minha boca, talvez por conta da desidratação e frio.

— Você se sente bem o suficiente para irmos? Eu acho melhor voltarmos logo, mas se não estiver se sentindo bem... — Benjamin sugere analisando a minha feição e eu somente balanço minha cabeça para os lados.

— Não, eu quero ir.

Ele assente um pouco receoso e logo levanta, me puxando junto com ele, mas logo sinto minhas pernas fraquejarem, o que faz com que rapidamente me apoie nele.

— Ruiva, tem certeza? — Ele reforça a pergunta e eu assinto, ainda apoiada em seus braços enquanto suas mãos apertam a minha cintura, e só é nesse momento que eu lembro que estou com a calcinha à amostra, fazendo com que eu sinta meu rosto corar violentamente.

— Ai meu Deus! — Me solto dos seus braços enquanto o mesmo me olha parecendo confuso e eu passo o olhar ao redor, procurando pela minha calça e torcendo para que ela não esteja molhada. — Benjamin, vira de costas. — Peço timidamente não conseguindo o encarar, e após alguns segundos me encarando, ele se vira de costas.

DOCE COMO MEL (Série No Antro Da Colmeia- Livro 01) DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora