Decisão

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Capítulo 5

Decisão

“Uma decisão errada pode mudar todo percurso de sua vida!”

- Mateus Manholér.

XxX

Todos no recinto olhavam para Kagome, a mesma continuava de pé, aguardando algum parecer dos presentes. Era inadmissível que ela fosse subjugada daquela maneira, não era uma marionete que seguia a tudo sem se impor, ainda mais por um moleque como Inu-Yasha. Não fora ela quem escolheu trair, não foi ela quem não deu a mínima para aquele casamento, deu até demais, se não desse a mínima não aguentaria tanto tempo! Levou em consideração, até demais, o bem estar dos pais e da empresa. Por longos e torturantes dois anos.

— Eu tenho a minha própria reputação, papai — Kagome continuou, olhando raivosa para ele, mostrando ao pai o quanto aquele inferno a fez sofrer — Não vou mentir por Inu-Yasha, não fui em quem decidiu fazer desse casamento um inferno, não fui eu quem escolheu traí-lo, para que agora eu tenha que passar pano para as ações dele — a mulher deu um passo a frente, apoiando o dedo indicador no tampo de vidro da mesa de centro — Ele que seja homem e lide com o que fez, com o que me causou!

— Kagome... — sua mãe sussurrou, como se sentisse pena dela, e isso era a última coisa que desejava.

— Eu não quero pena. Eu quero solução! — a mais nova respondeu irritada com a situação — Tenho provas suficientes para provar que ele me traiu, por anos, enquanto eu fazia meu papel de boa esposa. — Kagome suspirou, sentando-se ao lado de Sesshoumaru novamente, o mesmo afagou-lhe às costas em sinal de apoio — Entendam, eu não tenho do que me envergonhar, fiz o que pude até onde aguentei, então não irei mentir, quanto a Sesshoumaru... — ela suspirou novamente, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha — Não vou escondê-lo também.

— E o que vai fazer? — o Senhor Higurashi a questionou, olhando o quão determinada a filha havia ficado novamente. Kagome sabia se impor e isso era do agrado do pai — Me diga o que pensa.

— Vou fazer o que sempre quis, como eu sempre desejei... — Kagome começou, cruzando as pernas enquanto se apoiava em Sesshoumaru, a expressão ficando sonhadora — Construir uma casa do jeito que eu quero, com uma varanda e um grande quintal, alugar aquele apartamento em que moro, pois ele é meu e continuar com minhas coisas, como vinha fazendo.

— E onde Sesshoumaru se encaixa nisso? — o pai a questionou. Estava claro que a filha se sentia à vontade com o rapaz, além de que eles realmente tinha um ar apaixonado. Em todo aquele tempo, nunca havia a visto tão relaxada com alguém. Nem mesmo com o marido.

— Ele vai estar comigo como deveria ter sido, como meu companheiro, um amparando o outro... — a garota olhou para o pai, enquanto sorria e juntava às mãos — Criando nossos filhos e vivendo com toda a felicidade que os deuses podem me proporcionar. É nisso que ele se encaixa.

— Pai, — Souta atraiu a atenção do mesmo, todos se voltaram para ele — acho que podemos levar em consideração a vontade da mana, — os olhos chocolates se voltaram para ela, brevemente, retornando ao pai — a empresa pode aguentar uma imagem negativa, porém, expondo da maneira correta, as coisas podem acontecer de forma diferente — o menor se ajeitou na poltrona, apoiando-se nos joelhos enquanto continuava seu raciocínio. 

“Teremos que conversar com o Senhor Taisho sobre o que ele acha, mas devido às circunstâncias, ele deve aceitar — Souta suspirou antes de continuar — Iremos colocar toda a culpa em Inu-Yasha sobre o motivo da separação, afinal ela é mesmo dele — todos assentiram e ele continuou — E ele vai ter que sumir da linha de frente da advocacia, já que ele terá uma imagem negativa, dando assim, continuidade a ida dele ao exterior…”

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