Conclusão

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Capítulo 8

Conclusão

“Apressa-te a viver, porque a vida não lhe dará diploma de conclusão ao final do curso, ser feliz não é opção, é obrigação”

- Soneca

XxX

O albino ainda o encarava, sem dizer nenhuma palavra, a expressão fechada. Não sabia exatamente o que tinha o levado até ali, mas ele foi, talvez fosse por uma certa curiosidade, talvez apenas para saber o que o mesmo desejava… Fosse qual fosse o motivo, Sesshoumaru havia entrado em seu carro, dirigido até ali e agora, estava na mesma mesa que ele. Frente a frente...

— Diga logo o que você quer, pai — o mesmo o respondeu, revirando os olhos. Não estava muito aberto a enrolações.

— Ainda continua insolente, não é mesmo? — InuTaisho o repreendeu, enquanto bebia um gole de seu café, o mesmo sabia muito bem o quanto filho poderia ser genioso quando queria — Porém não foi isso o que me fez procurar por você…

A atendente se aproximou com o pedido de Sesshoumaru, fazendo com que o pai se calasse. A moça sorridente de cabelos vermelhos e olhos verdes o esquadrinhou de cima a baixo, dando um sorriso ladino quando o serviu. O filho parecia não perceber a existência da jovem. 

— Qualquer coisa só chamar — ela disse antes de se afastar rebolando de forma demasiada. InuTaisho sorriu com a cena, seria trágica se não fosse cômica.

— Como eu dizia, antes de sermos interrompidos… — tornou a falar, vendo o filho se servir de sua bebida, o olhando de forma desinteressada. Confessava que aquele tipo de ação do filho o tirava do sério — O motivo de eu tê-lo procurado foi para saber qual a sua motivação em ficar com a filha dos Higurashi?

Sesshoumaru não podia crer no que estava ouvindo, não quando seu pai o fazia sair de sua confortável casa e seguir até ali, apenas para lhe fazer uma pergunta sem cabimento algum?! Sorriu de forma desacreditada, balançando a cabeça de forma negativa, deixando clara a sua descrença para o mesmo.

— Isso é sério? — a voz de Sesshoumaru ainda saiu em meio a risada — Você não ouviu nada do que eu disse ontem? — o Taisho primogênito sorriu de novo, apoiando-se a mesa, enquanto negava com a cabeça novamente, seu pai só podia estar brincando com ele. O sentimento de descrença ainda presente em seu coração — Eu amo Kagome, demorei meses para ter coragem de me aproximar dela, e só o fiz porque vi que nada ia bem no relacionamento dela — os olhos cor de ouro se voltaram para o pai — Não achou que eu me aproximei dela para ferir seu amado filho, não é?

— Eu não sei, você some por anos, não entrava em contato comigo e de repente, a sua “cunhada” — ele disse fazendo aspas com as mãos, revirando os olhos — aparece pedindo divórcio de seu irmão e grávida de você… — Os dourados escuros esquadrinharam a feição do filho mais velho, que continuava descrente — Você quer que eu pense o que?

— Primeiro, foi você quem cortou laços comigo, impedindo-me durante anos de retornar para casa, por medo de eu me envolver com alguém fora do padrão que você desejava viver. Não permitindo sequer uma visita anual como me fora prometido. — O albino passou a listar nos dedos os motivos para ter se afastado do pai, que não se arrependia de tê-lo feito; e consequentemente da família dele. — Segundo, não havia um lugar para mim na sua amada família feliz e eu não aguentava conviver com a mulher que fez com que minha mãe morresse, porque sim, foi por culpa dela que minha mãe se entregou a doença... — Sesshoumaru falava tudo de forma fria, sem deixar transparecer o quanto aquilo ainda lhe doía. Falar da mãe sempre lhe causava dor.

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