Roberta

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Há uma certa mágica em bailes de qualquer tipo, não? Eu sempre gostei de eventos onde há aquela excitação, preparação das pessoas, carga emocional...

Houve esse baile que aconteceria em uma cidade do sul do Brasil, no qual uma das minhas melhores amigas morava. Ela havia me convidado a ir com ela quando descobriu que eu estaria na cidade devido a uma das minhas viagens. O traje era de gala e se tratava de um evento militar, profissão da minha amiga. Aluguei roupa no mesmo dia do baile, faltando horas para este. Eu de terno e gravata, sabia que estava bem bonito. Postei foto em stories de redes sociais e ganhei cantadas de algumas mulheres, alimentando meu ego. Sou uma pessoa de fácil diversão e com tendências ao exagero alcoólico e fui ao baile com a intenção de me divertir ao lado de uma das pessoas mais divertidas que conheço, aquela minha amiga. Rimos muito, relembramos histórias do passado, mandamos fotos nossas para amigos em comum. Logo, eu estava alterado pela bebida e pelo cansaço da viagem, sono me veio. Como, de costume na vida, dormi ali mesmo, por algum tempo, em algum lugar confortável. Não sei por quanto eu dormi, mas sei que acordei com a festa já na metade-final e eu revigorado. Dormi e acordar em qualquer ambiente é uma característica de vida, que quem me conhece já acostumou.

Quando desperto, o baile já está no meio pro final, algumas pessoas já tinham ido embora e haviam outras dançando na pista. É para lá que vou, dançar, ouvir marchas antigas, músicas que sei cantar, volto a beber, a interagir, farrear. Lá no meio da pista; vejo-a dançando, uma mulher que julguei ter uns trinta e alguma coisa, cabelo liso cortado ao ombro, branquinha, nariz reto e fino, boca média e dois olhos azuis brilhantes. Estava linda em vestido preto que a cobria até pouco acima dos joelhos, tinha um corpo bem chamativo, bunda gostosa, seios bonitos. Vou me aproximando da mulher que tanto me chamou a atenção. A música é despacito, danço olhando-a nos olhos até que dançamos juntos e ficamos naquela troca de olhar, ela com um copo de champanhe na mão e eu com uma cerveja, ela estava visilmente feliz e alcoolizada, sorrindo e dançando comigo.

Não houveram palavras trocadas, apenas nosso beijo, no meio do salão, intenso, dançante, com nossos corpos se movimentando à música e às nossas línguas no céu da boca do outro. A música muda para uma balada dos anos 90, que nós dançamos juntos, com passos que iam dela indo longe de mim e com apenas uma mão dada, a trazia de volta a mim e voltávamos a nos beijar, inclinando-nos quase ao chão, em beijos quentes.

Acabamos iniciando nossa conversa, seu nome era Roberta e trabalhava como psicóloga na cidade, estava ali, tal como eu à (convite) de uma amiga. Afastamos um pouco e minha amiga me disse sorrindo:

- É, arranjou uma bêbada no seu nível. Ela riu para mim, disse para que me divertisse e que voltasse ao meu par. E para Roberta, voltei.

Dançamos bêbados e ao minha barba roçar o pescoço dela, mordi sua orelha.

- Você voltará comigo hoje! Ela me disse.

Vamos conversar em um canto mais escuro, instigados por beijos intensos.

- Estou com uma vontade enorme de te chupar. Digo-a, demonstrando na orelha dela o que movimento que gostaria de fazer em outro lugar.

- Que delícia, isso será gostoso demais. Diz ela, passando a mão pelas minhas calças e sentindo minha pica.

Ajeito minha rola dura para ficar mais a vontade dentro das vestes.

Dom Rafael - Confissões De Um Sado.Onde histórias criam vida. Descubra agora