Jeon... Jeon...

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Os meus olhos se sentem incomodados com o ambiente repleto de luzes, com paredes alvas demais e isso me parece famíliar. O que houve dessa vez? Ergo minha cabeça e me apoio nos dois cotovelos na tentativa de sentar sobre a cama, mas tentativa essa que me fez sentir uma dor perfurante em minha cabeça e ao colocar uma das mãos na mesma, sinto panos a rodeando. Me dou por vencido e volto para a posição inicial a encarar o teto.
Diferente da última vez, não avistei ninguém ao meu lado, nem mesmo o cara bonito de roupa branca, bem que ele poderia aparecer e me dizer o que houve. Será que se eu pensar demais nele, ele aparece? Vamos mentaliza Park Jimin... Jeon, Jeon, Jeon... Penso no nome dele apertando bem os olhos mas quando volto a abrir, nada acontece. Devo estar pirando, só pode ser isso.

- ok, Doutor Kim. Muito obrigada. - minha tia surge detrás de umas cortinas que separavam os leitos, junto com um médico que aparenta ter uns 40 anos mais ou menos. - Querido, você acordou! - ela se aproxima pondo sua mão sobre a minha perna coberta por um lençol branco.

- o que houve, tia? Porquê minha cabeça tá assim? - olho pra cima sinalizando a faixa na minha cabeça -

- depois que você chegou em casa e foi tomar banho, eu subi para lhe chamar e convencer de que precisava comer alguma coisa. Eu bati na porta mas você não atendeu, então abri e lhe encontrei caído próximo a sua cama e sua cabeça sangrava. Você não sabe o quando eu me desesperei te vendo daquele jeito. - sinto sua preocupação na dificuldade de me dizer tudo aquilo -

- eu realmente não sei o que aconteceu. Eu estava me sentindo tonto mas pensei que não seria nada. - viro o rosto um pouco desapontado -

- você deveria ter me contado. - ela diz se aproximando ainda mais e mexendo nos fios de cabelo livres que há em minha cabeça -

- desculpa, só vivo causando problema. - meus olhos se enchem de água prontas para rolarem sobre o meu rosto - sou incapaz de cuidar de mim mesmo, sou apenas um peso na vida das pessoas.

- não diga isso, por favor. Eu amo você, pequeno - mania de me chamar assim mesmo eu sendo maior que ele alguns centímetros - descanse um pouco, daqui a pouco você terá alta.

Me viro para o outro fazendo as lágrimas caírem sobre o travesseiro. Porquê ainda assim eu me sentia tão só e inseguro? Eu estava com medo e fragilizado, só de pensar nisso uns arrepios vinham sobre a minha pele. Justamente agora o Jeon não aparece, ele diz não ter me deixado nenhum minuto da minha vida, mas parece que isso não era bem uma verdade. Mas anjos podem mentir?


Uma semana se passou depois do tal incidente no meu quarto. E uma semana também que o Jeon não aparece. E não sei o porquê, mas eu acho que sinto falta dele me assustando quando aparecia do nada. Os meninos vieram aqui ontem querendo que eu voltasse logo para a escola mas eu realmente sinto que vou desmaiar só de pensar em chegar perto do portão. Depois daquele dia eu tive que começar a tomar remédios para dormir, pois tinha pesadelos quase todos os dias e acordava apavorado e não dormia mais.

Me sinto sufocado por meus próprios pensamentos e nem tentando pensar em algo bom, eu me desligo das coisas ruins. Estou uns 3 kg mais magro e minha aparência já não é tão agradável como antes e isso me deixa ainda mais inseguro em relação a sair de casa.

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Olho para a garrafa ao lado do abajur e que ótimo, não tem água. Levanto preguiçosamente e vou até a cozinha, eu estava sozinho em casa, minha tia tinha ido ao centro fazer compras. Encho a garrafa e subo novamente, ao chegar na escada tenho a sensação estranha de estar sendo observado, paro olhando em volto mas não há nada, sigo subindo e ouço um barulho vindo do meu quarto.
Antes de descer não lembro de ter deixado a janela aberta e as cortinas entregavam a ventania que estava lá fora, corro até ela para fechá-la e quando ponho ergo as mãos, sinto algo tampando minha boca, eu me debati derrubando algumas coisas que estavam em volta, tentei gritar mas nada saía, aparentemente a pessoa era bem maior que eu e consequentemente mais forte. Após algumas tentativas de me soltar eu sinto meus olhos pesados.

Never Not  jjk - pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora