- você sabe que quebrou as regras Jungkook e desde sempre você era conhecedor das consequências.
- mas eu não fiz nada demais e ele também não disse nada a ninguém - levanto me sentindo mais leve e vazio, minhas asas não estavam alí -
- sim, eu sei mas ainda assim você errou. Um anjo da guarda deve interferir sim, mas de modo com que a pessoa não saiba quem é ou a forma que o anjo tem.
- mas ele me via quando era criança - o pressiono
- sim, mas se uma criança diz que viu um bicho papão, ninguém leva a sério - o sub intendente rebate -
Me sinto mais vazio ainda por não conseguir ir até o Jimin. Uma semana sem vê-lo é algo realmente doloroso pra mim, ainda mais na situação em que ele está. De repente sinto meu peito queimar e minha respiração fica mais pesada, logo penso nele e levanto rápido tentando ver algo vindo do Jimin, mas falho.
- Senhor! Está acontecendo alguma coisa com ele! Eu não sei o que é, mas por favor me permita descobrir, ele está em perigo, eu sinto isso.
- Jung...
- por favor, Senhor. Eu imploro. - junto minhas mãos a frente do meu rosto e fecho os olhos com medo da resposta ser negativa -
- eu sou muito mão aberta pra você, garoto. Sou bom demais -
- por isso está no céu - sorrio tentando quebrar o clima tenso -
- sem piadas. Vai e volte rápido. - ele dar as costas e senta em sua mesa devolvendo minhas asas em instantes -
- muito obrigado, Senhor - faço reverência e desço rápido -
Entro em desespero total ao localizar Jimin de olhos vendados e amarrado se debatendo em um porta malas. Eu senti algo que eu nunca fui capaz de sentir, as sensações de proteção ultrapassaram os limites normais e minha mente vai a um pensamento jamais conhecido por mim. Desejei ser um humano, estar com o Jimin e sentir ele, nunca foi algo tão preciso pra mim.
Eu acompanho o carro em que ele estava. Seguiram para um lugar mais deserto e com muita vegetação, avisto uma espécie de galpão com um grande portão enferrujado na fachada. O tiraram do carro, apertando seus braços com brutalidade e o arrastando para dentro do galpão. Ele estava gritando e pedindo socorro, aquilo pra mim foi tão doloroso, sentimentos de angústia tomam conta de mim por não poder fazer nada naquele momento.- por favor, não me mata. Eu não sei o que está acontecendo, mas por favor não me mata. - ele grita molhando o tecido em seus olhos com as recorrentes lágrimas -
- cala essa boca, garoto. Se comporte e nada vai acontecer com você - um dos homens grita com ele o assustando -
Jimin encolhe seu corpo trêmulo e sua respiração se encontra descompassada. Ele está tão frágil e com pensamentos confusos, não faz idéia do motivo daquilo tudo.
- você acha mesmo que isso vai dar certo? Um dos homens inicia uma conversa -
- claro. Eu avisei ao pai dele, ele não ouviu e foi parar a sete palmos de baixo da terra junto com a mulher. Naquela noite deveriam ser os três mas o pirralho escapou, não sei como. - o outro responde sentando em um sofá velho -
- qual vai ser o plano agora? Pedir o valor para o resgate do garoto? - o primeiro se senta também -
- sim. Mas vamos deixar ele desaparecido e sem sinal nenhum por uns dois dias, para o desespero ser maior e a querida tia pagar tudo.
Jimin ouvia tudo e seu desespero interno o agrediu sem aviso prévio. Ele chorava mais que antes, ele não suportava estar passando por isso e ainda mais agora sabendo que tem a ver com seus país.
- o que o meu pai fez? - ele pergunta por impulso aos gritos -
- Seu pai nos deve uma grana e como ele não pode mais pagar, você vai nos ajudar nisso.
- mentira! Meu pai não iria se meter com pessoas como vocês! - ele se ergue e fica de joelhos -
- quanta inocência... Como você acha que conseguiu fazer alguns trabalhos como modelo? Achou mesmo que só sua carinha bonita era o suficiente? Seu querido pai nos procurou para pedir dinheiro e não pagou. Ele sofreu as consequências e já que você se safou naquela noite, pediremos o dinheiro em trocada de você.
Mesmo com toda a tensão, Jimin lembra do dia em que o policial esteve na casa da sua tia dizendo que o que houve não foi um acidente. Ao perceber que tudo se encaixava, ele perde as forças do corpo e cai.
- o garoto morreu? - outro homem entra se deparando com Jimin caído e vai até ele verificando sua pulsação - não, só desmaiou. O que vocês fizeram?
- eu contei tudo a ele e depois ele caiu de repente.
- cuidem de não deixar nada demais acontecer com ele, até o dinheiro estar em nossas mãos.
Os homens pegam o Jimin ainda desmaiado e o colocam em uma sala menor, soltando suas mãos e retirando a venda dos seus olhos. Deixaram água e comida que daria para se alimentar durante dois dias. Eles saem e trancam tudo, deixando o local apenas com um guarda lá dentro.
Narração~~
Jungkook se aproxima do corpo caído de Jimin e faz sinal como se fosse tocá-lo, mas recua. Ele o analisa vendo marcas roxas em sua pele alva, principalmente nos punhos e braços. Jungkook fica por mais uns instantes e percebe Jimin se despertar e logo sai dali.
Ele volta e vai falar com o sub intendente dele decidido e sem pensar que o que desejava poderia mudar completamente a sua vida.- Senhor... - Jungkook entra na sala com um aspecto abatido -
Eu não posso continuar, ele me faz querer ficar pra sempre ao lado dele. Eu não sei o que está acontecendo comigo, mas eu não aguento ver o Jimin sofrer tanto e não poder fazer nada.- Jungkook se acal...
- senhor... - ele o interrompe - eu desejo ser um humano.
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Never Not jjk - pjm
FantasyApós ser o único sobrevivente de um terrível e inexplicável incêndio em sua residência, Park Jimin passa a morar com a sua tia materna. Traumatizado com todo o ocorrido ele entra em uma profunda depressão, despertando a preocupação de quem sempre o...