Abro os olhos lentamente e com a respiração um pouco pesada, os meus sonhos não foram dos melhores dessa vez. Olhei no despertador no criado mudo ao lado da cama e faltava 5 minutos para às 14:00hrs. Ouço meu estômago fazer barulhos sinalizando minha fome. Tiro o cobertor de cima de mim e sento na cama, passando as duas mãos no rosto e em seguida colocando os cabelos para trás. Em seguida vou em direção ao banheiro, fazendo todas as minhas necessidades e ao terminar, desço as escadas já ouvindo algumas vozes vindo da cozinha.
- Jimin! - diz minha tia desligando o telefone, dando a volta no balcão e vindo até mim -
- oi, tia. Bom di... Boa tarde - falo fazendo careta ao lembrar do horário -
- venha, vamos comer alguma coisa para irmos comprar suas coisas. - ela passa um dos braços na minha cintura, me impulsionando a dar o primeiro passo em direção a mesa -
- que horas vamos nos despedir? - pergunto sentando ao seu lado - eu... eu não sei se vou conseguir ir. - baixo a cabeça já com as lágrimas embaçando a minha visão -
- será às 16hrs, meu bem. Não se preocupe, se você não estiver realmente bem, eu fico com você. O restante da família estará lá, acabei de falar com a sua avó. - ela diz passando a mão nos meus cabelos castanhos e molhados -
- tudo bem... Depois das compras eu aviso se vou, ou não - pego uma fruta no cesto que tinha na mesa -
- eu sei que é difícil, Jimin. Você perdeu sua mãe e eu uma irmã e pode ter certeza que aqui dentro está doendo também - ela olha para mim, pegando na minha mão que estava livre sobre a mesa -
Sigo comendo a fruta sem muito apetite. Termino tudo e vou para o quarto, para mais uma vez usar uma roupa do meu tio. Ele não está em casa porque ele é médico do exército e estão viajando a trabalho, então não deve se importar em me emprestar.
Entro no carro e sigo em silêncio todo o caminho até o centro de Busan, com apenas o rádio ligado passando algo que eu não lembro. Entramos no grande estacionamento do Shopping, procuramos por alguns minutos uma vaga vazia e encontrando, descemos e seguimos para o elevador.
Minha tia tentava me animar com outros assuntos mas eu só estava fingindo interesse, pois obviamente não estava no clima para isso. Compramos algumas coisas e fomos na loja de celulares, o meu ficou na casa e não deve existir nem as cinzas dele mais. Peguei um do mesmo modelo, eu gostava do meu anterior, e voltamos para casa. Fui o caminho todo pensativo, sempre com as lágrimas insistindo em cair ao pensar nos meus pais e no que eu poderia ter feito sem precisar deixar eles lá dentro. Perdidos nesses pensamentos nem percebi que já estávamos estacionados em frente a casa da minha tia.- Vamos, Jimin. Precisamos nos apressar. - ela sabia que mesmo que seja difícil, eu não iria deixar de me despedir dos meus pais-
Subo para o quarto tomo um banho, coloco um terno preto, camisa branca, gravata preta, sapatos pretos sociais e penteando os cabelos de forma que minha testa ficasse amostra.
Minha mãe amava me ver assim, ela dizia que eu parecia um CEO vestido com essas roupas. Baixo a cabeça e mordo os lábios, em frente ao espelho lembrando desses momentos. Ouço minha tia chamar e quando desço, me deparo com os meus amigos.- e aí, Jiminie? - Taehyung se aproxima de mim me abraçando forte - meus sentimentos, amigo. Não tivemos como falar com você antes, então sua tia me avisou que você estaria aqui.
Yoongi e Hoseok fizeram o mesmo, vindo me abraçar. Ainda bem que eles estão aqui, eles são praticamente parte da família, cresceram junto comigo e o carinho deles nesse momento, era tudo o que eu precisava.
Seguimos até o local dos memóriais dos meus pais e o caminho todo eu não conseguia conter as minhas lágrimas, eu soluçava de tanto chorar. Taehyung estava do meu lado e com os seus longos braços me abraçou, me fazendo deitar em seu ombro.- tudo bem... Pode chorar e colocar tudo pra fora. Eu sei que está doendo e não pretendo te deixar sozinho nessa. - ele acariciava meu cabelos ao mesmo tempo que falava -
Suas palavras me fizeram desabar ainda mais. Ele não me deixaria, eu não iria me sentir sozinho e vai ficar tudo bem, pelo menos eram o que eu tentava imaginar. Chegamos e me custou muito sair do carro. Eu era muito apegado aos meus pais, nós fazíamos tudo juntos, até conversávamos sobre coisas constrangedoras abertamente. Eu não poderia acreditar que isso estava realmente acontecendo.
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Never Not jjk - pjm
FantasyApós ser o único sobrevivente de um terrível e inexplicável incêndio em sua residência, Park Jimin passa a morar com a sua tia materna. Traumatizado com todo o ocorrido ele entra em uma profunda depressão, despertando a preocupação de quem sempre o...